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Flávio Nakagima faz denuncia após resgate no RS: 'Não tive suporte'

Em entrevista à Contigo!, o surfista Flávio Nakagima relatou como foram os dias de voluntariado no Rio Grande do Sul após ver de perto a dura realidade do estado

por Surenã Dias

sdias_colab@caras.com.br

Publicado em 20/05/2024, às 18h54 - Atualizado às 18h56

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Flávio Nakagima trabalhou resgatando vítimas no Rio Grande do Sul - Foto: Reprodução / Instagram
Flávio Nakagima trabalhou resgatando vítimas no Rio Grande do Sul - Foto: Reprodução / Instagram

Depois de passar semanas trabalhando como voluntário no Rio Grande do Sul, Flávio Nakagima disse que não teve apoio de órgãos públicos durante os resgates às vítimas das enchentes. Em entrevista exclusiva à Contigo!, o surfista comentou sobre a experiência, que acabou provocando um acidente em meio ao resgate.

"Não tive muito auxílio de marca. Desde o início a gente viu bastante gente se mobilizando e ajudando. Vi muitos voluntários do Brasil inteiro, tanto na parte dos resgates como na parte em terra. Tinha muita gente, a maioria dos voluntários eram de fora, então eu acho que era o povo pelo povo", afirma ele, que levou uma equipe com nove pessoas, entre eles veterinários e auxiliares, para ajudar as vítimas da região.

Na última semana, Nakagima acabou se acidentando quando retornava de um resgate. Ele fraturou uma costela e precisou retornar para São Paulo. Segundo ele, a situação foi provocada por um barco da Polícia Rodoviária Federal, que passou em alta velocidade enquanto ele estava no jet-ski. 

"Vi bastante policiais e bombeiros, mas eles estavam nas operações deles. Eu não tive nenhum suporte de polícia nenhum dia para fazer escolta, eu não vi nenhum bombeiro tirando o cachorro de cima do telhado, inclusive o meu acidente foi por conta do bote que estava da polícia, que estava em alta velocidade. Eles falaram que estava em operação, mas não tinha operação nenhuma, porque eles estavam voltando, era final do dia", conta.

Recém chegado em sua casa, Naka conta que ainda desejava ficar por mais alguns dias, mas acredita que no seu estado atual não iria conseguir ajudar muito. "Vou ter que ficar um tempo de molho para me recuperar, então eu prefiro fazer meu tratamento em casa. não iria conseguir ajudar muito no Rio Grande do Sul, preferi fazer meu tratamento em casa", disse.

Depois de ver a realidade do estado de perto, o surfista acredita que os próximos dias serão ainda mais dolorosos para algumas famílias, por conta do cenário que deve vir à tona com a água abaixando gradativamente. "Acho que tem muita coisa que vai aparecer", avalia. 

"A gente entrou em várias casas que a gente tentava pegar os bichos e acabava quebrando telhado, subia um cheiro muito forte. Com certeza tem muita gente morta dentro das casas. Então acho que agora a parte da recuperação e limpeza, deve demorar bastante", completa Nakagima, que finaliza incentivando as pessoas a se voluntariar: "Quem tiver disposição para ser ajudar, eles vão precisar bastante".