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'Cria' de MC Daniel, trapper Cjota relembra período conturbado na carreira: 'Muito depressivo'

Em entrevista à Contigo!, o trapper Cjota relembra início da carreira na igreja, período difícil em que travou musicalmente e comemora conquistas

Cjota é natural de Serra Verde, em Venda Nova, Belo Horizonte - Divulgação
Cjota é natural de Serra Verde, em Venda Nova, Belo Horizonte - Divulgação

Empresariado pela produtora de Mc Daniel, o trapper Cjota tem crescido na cena do rap nacional e se tornou uma aposta do ex-Dança dos Famosos, da TV Globo. Em entrevista à Contigo!, ele conta que o networking com as pessoas do meio artístico flui hoje com mais naturalidade, porém nem sempre aconteceu dessa forma.

Natural de Serra Verde, em Venda Nova, Belo Horizonte, o trapper relembra o início conturbado na carreira. “Tive um empresário que foi uma pessoa muito ruim na minha vida e dificultou a consistência. Eu parei de ir à São Paulo porque não tinha a atenção que precisava, e na época eu não tinha como investir dinheiro também”, diz. A situação levou Cjota a depressão: “Me afastei das artes, fiquei um período muito depressivo”.

O artista teve o primeiro contato com a música bem cedo, aos 5 anos, quando começou a se apresentar na Assembléia de Deus, onde a família frequentava. Ele cantou na igreja até os 16 anos. “Estava lá todas as terças, quintas e domingos porque fazia parte do coral e cantava como solista. Ao todo, foram onze anos cantando na igreja”, fala.

Aos 17, surgiu o encontro com o hip hop e a relação com a cultura das ruas segue até hoje. Em 2017, Cjota deixou a cidade para seguir a carreira em São Paulo, junto com alguns parceiros que participavam das batalhas de mc’s em Belo Horizonte. “Fui para São Paulo e lá eu gravei algumas músicas, como a Call 911 que se tornou um grande hit”, diz Cjota, sobre a faixa que acumula mais de 44 milhões de plays no Spotify. Durante esse período, o artista se dividia entre os dois estados, ficando cerca de dois meses em Minas Gerais e dois meses em São Paulo. 

Em 2020, o artista se mudou novamente em busca de oportunidades na cidade. "Gravei as minhas melhores músicas que nunca foram lançadas”, destaca ele, acrescentando que as questões empresariais voltaram, fazendo com que ele se sentisse travado musicalmente. “Entre 2019 e 2022 foram poucas as músicas que foram divulgadas. Gravei muito, tem várias soltas e guardadas”.

Depois, Cjota conheceu seus atuais empresários. O encontro com Mc Daniel se deu um pouco antes, mas foi nesse mesmo período que os dois gravaram a primeira música juntos. "Começamos a nossa amizade, gravei a primeira música com ele, lancei meus projetos e músicas solo, alguns feats e tudo começou a dar certo há dois anos”, revela Cjota, celebrando o ano que conseguiu conquistar o que almejava.

Para ele, 2023 também foi bom a partir do momento que lançou novas músicas e feats, mas a criação e o lançamento do seu primeiro álbum solo foi o que o levou ao destaque. “Foi uma virada de chave na minha vida e mudou muita coisa, de fato”, afirma.

'Cria' de MC Daniel, trapper Cjota relembra início conturbado na carreira: 'Período depressivo'
Em maio deste ano, Cejota lançou o single Olho no Olho - Divulgação

O álbum O Menino do Cabelo Rosa conquistou o público com sua versatilidade. Em 24 horas de lançamento, alcançou 2,2 milhões de reproduções e hoje ultrapassa 50 milhões de plays. O artista ainda acumula cerca de 30 milhões de visualizações no YouTube e alcança mais de três milhões de ouvintes mensais nas plataformas digitais.

Em maio deste ano, lançou o single Olho no Olho, feat. com Mc Ph e produção de Pedro Lotto, que tem repercutido e se tornado um grande sucesso. O clipe disponível no YouTube atingiu cerca de 1,5 milhões de visualizações em apenas três semanas. Cjota aproveita para contar que em breve divulgará o lançamento do seu próximo álbum.