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Destaque no Globoplay, Gi Fernandes vive um sonho: 'Sempre lutei pelo que acredito'

Gi Fernandes deixou a banda internacional Now United para investir na carreira de atriz e fala da realização desse sonho, em entrevista à Contigo!

Fernanda Chaves Publicado em 27/05/2024, às 14h54

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Gi Fernandes está no elenco de Os Outros e Justiça 2 - Divulgação/TV Globo
Gi Fernandes está no elenco de Os Outros e Justiça 2 - Divulgação/TV Globo

Destaque nas séries Os Outros, no ar na TV Globo, e em Justiça 2, no Globoplay, Gi Fernandes vive um sonho. Segundo a atriz, que deixou de participar da banda internacional Now United para investir na carreira de atriz, ela sempre soube que chegaria aonde desejava e recorda dificuldades.

Depois de estrear em Os Outros, agora você se destaca em Justiça 2. Como reagiu quando soube que faria uma série que já era um sucesso?

"Os Outros era uma série nova e quando começou a bombar nós ficamos assustados, a gente não esperava isso. Mas Justiça, só de entrar já era um ‘Caraca! É Justiça!’, porque já é uma segunda temporada de uma coisa tão grandiosa, que não tinha como ser menor. Por mais que não saibamos a resposta do público, há uma certeza de que é uma série que marcou a vida de muita gente e essa responsabilidade de trazermos essas novas histórias foi muito importante".

Em Justiça 2, a Sandra tem um momento que vive em situação de rua. Como foi sua preparação para viver esse drama da personagem?

"A gente gravou em Brasília, em Ceilândia e, no primeiro dia lá, a gente estava na van, tinha o elenco, a produção e chegou uma menina moradora de rua, pequena, de uns 6, 7 anos. Fiquei olhando aquela menina, fiquei vendo tantas Sandras no caminho até o hotel, tantas Geizas [Belize Pombal], conversamos com uma moradora local lá da casa onde a gente gravou e ela contou a história dela. Eu olhava para Belize enquanto ela contava e falava: ‘É isso que precisamos, é isso que temos de contar’".

São histórias muito comuns...

Quando a gente conta a história dessas pessoas, não estamos contando a história de uma, duas pessoas, é a história de milhares. Vai além do papel, vai além da Giovana, vai além da Belize Pombal, traz muita gente, então teve essa responsabilidade também de observar essas pessoas quando chegamos lá e fazer essa análise respeitosa foi crucial para poder contar a história com mais vigor e realidade.

Qual foi a cena mais difícil de gravar?

"É difícil escolher uma, são muitas cenas, mas a da prisão é a que marca, porque é a cena que dá o estopim a tudo. Foi uma cena que não estava conseguindo me concentrar, estava difícil, eu me cobrava muito, porque queria entregar o que eu achava que tinha que ser e eu tava muito nervosa para fazer a cena. A gente não grava por ordem cronológica, então era uma cena que eu estava esperando há muito tempo e quando chegou o dia de gravar eu nem consegui dormir direito. Na hora, eu não estava conseguindo achar isso e a Belize olhou para mim e falou “Pensa em tantas mulheres que estão passando ou passaram por isso, tantas realidades iguais a essa”. Quando ela falou isso, para mim foi meio que uma cortina caindo. E aí falou ‘gravando’ e fizemos esse take de uma vez. Foi uma cena linda".

Destaque em duas séries, Gi Fernandes vive um sonho
Gi Fernandes - Divulgação/TV Globo

São tantas sequências fortes, isso está te dando uma casca grossa?

"Estamos falando de coisas muito reais, cotidianas, então é muito difícil até para a gente, que é ator, às vezes, ter que entender que foi só uma cena. Essa cena da rodoviária, por exemplo, foi uma cena que eu entrei numa catarse muito assustadora depois que eu gravei, fiquei um tempo ainda chorando, me recompondo, me trouxeram até água com açúcar, só que depois já estávamos rindo, brincando".

Os Outros também é pesada. Espera que seu próximo trabalho seja mais leve?

"Eu esperaria que fosse, mas não é [risos]. O filme que vou fazer é tão pesado quanto. Antes de fazer a Lorraine, de Os Outros, que foi minha primeira personagem, eu ficava pensando: ‘Será que vou começar com uma coisa teen? Filme de adolescente? Não sabia como iria ser. E veio Os Outros, depois Justiça, só tensão, choro, dor, perseguição e sangue. Mas é o que eu amo fazer! Mas já que não faço coisas leves, eu assisto [risos]".

Como entrou para Os Outros?

"Eu fiz muito teste, recebi muito não, eu cheguei muito no quase e não conseguia, mas tudo aconteceu no momento certo, como tinha que ser".

Para quem está te conhecendo agora, quem é a Gi?

"Uma menina que desde pequena se identifica com a arte, que aos 7 anos já bateu o pé no chão e falou para a mãe que não queria fazer balé, queria fazer teatro e faz até hoje. Sou da Penha, no RJ, criada em escola pública, tenho muito orgulho de dizer isso, porque a escolapública acendeu esse sonho em mim também, meus professores sempre me incentivaram. Sou uma menina que gosta de contar história, que gosta de sair de si. Sou aquariana e tenho o meu próprio mundinho. Quando coloco uma coisa na cabeça, falo: ‘Eu vou conseguir!’".

"Desde pequena, tinha essa certeza, falava: ‘Eu vou ser atriz’, e sempre lutei muito pelo que acredito. Claro que sem meus pais, minha família me apoiando, eu não seria nem metade. Tínhamos que escolher o que fazer, porque não havia dinheiro para pagar curso, então ou eu fazia teatro ou fazia balé. Escolhi o teatro e foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Amo muito o que faço! Em 2021, eu participei de uma seletiva com o grupo pop internacional Now United e tive que escolher entre o Now United e Justiça 2 e eu escolhi Justiça 2. Todo mundo falou: ‘Você é louca!’, ‘O que você está fazendo da sua vida?’ [risos]. E eu falei: ‘Vou seguir meu coração, o que faz meu olho brilhar’, e foi isso que fiz".