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Novelas / NOVELA DAS SEIS

Nova fase de Elas por Elas agita remake e abre caminho para turbinar ibope

Na última quarta-feira, 14, Elas por Elas bateu recorde, atingindo a maior audiência de 2024; sequestro e revelações contribuem para guinada na trama

Arthur Pazin

por Arthur Pazin

apazin_colab@caras.com.br

Publicado em 16/02/2024, às 15h02

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Taís (Kesia) foi sequestrada por Jairinho (Francisco Vitti) em Elas por Elas - Reprodução/Globo
Taís (Kesia) foi sequestrada por Jairinho (Francisco Vitti) em Elas por Elas - Reprodução/Globo

Tudo na vida passa, tudo no mundo cresce. Nada é igual a nada não! Nem mesmo a reação do público e a audiência de Elas por Elas. Depois de enfrentar recordes negativos, a atual novela das seis da Globo chega a uma nova fase agitada e abre caminho para turbinar o ibope.

Na última quarta-feira, 14, a novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão bateu recorde, atingindo a maior audiência de 2024. A trama inspirada no original de Cassiano Gabus Mendes marcou 17 pontos na Grande São Paulo, número registrado pela última vez em 14 de novembro, na oitava semana do folhetim, que conclui, neste sábado, 17, sua 21ª semana no ar.

O sequestro de Taís (Késia) foi o principal responsável pelo resultado. No capítulo anterior, terça-feira, 13, a novela já havia conquistado 16 pontos em pleno feriado de Carnaval, número bem acima dos 12 marcados na segunda-feira, 12, e dos 13 pontos anotados nos três capítulos anteriores, ainda na semana passada.

Leia também: Elas por Elas avança de fase e capricha no drama com virada: 'Outro tipo de novela'

Até então, a trama dirigida por Amora Mautner vinha encontrando dificuldade em manter a audiência em alta. Em dezembro, o folhetim chegou a marcar apenas 10 pontos no ibope, o pior índice de uma novela das seis da emissora. A incompatibilidade do horário - uma vez que a história original foi produzida às 19h - já foi apontada, inclusive, como responsável pela rejeição do público.

TUDO QUE VEM, TEM VOLTA

Assim como ouvimos na abertura de Elas por Elas, "Tudo que vem, tem volta. Nada que vive, vive em vão". Depois de um período conturbado na audiência, a trama das seis mostra sinais de que pode entregar um final com mais telespectadores ligados.

Além de elementos clássicos para movimentar um folhetim, como o sequestro desta semana, as revelações que vêm acontecendo após o capítulo 100 também têm contribuido para a guinada da trama. Em entrevista à CARAS Brasil e à Contigo!, Alessandro Marson e Thereza Falcão, autores da novela, explicam que para esta segunda fase funcionar, foi preciso mexer em elementos originais desde o início.

Um deles é o flashback, que no folhetim de 1982 mostrava a infância dos personagens. Dessa vez, o passado dos protagonistas se passa na juventude. "A gente percebeu que a gente tinha essas mulheres na faixa dos 40 que é uma fase da sua vida de questionamentos e era muito importante voltar neste passado", justifica Thereza.

Ainda segundo a novelista, transformar a trama de Bruno (Luan Argollo) em um mistério forte também foi uma das apostas para o desenrolar da trama; "Era muito vivo e muito importante conhecê-los porque você consegue entender essa personagem aos 45 anos quando você olha ela aos 20", pontua.

DRAMA FAMILIAR E PROTAGONISMO DAS MULHERES

Proposta inicialmente para a faixa das 19h, o remake de Elas por Elas acabou sendo encomendado pela Globo para as 18h, de acordo com os autores. A partir daí, eles afirmam que a sinopse original perdeu um pouco de sentido. A solução, então, foi investir no drama familiar e amoroso, o que resultou no maior protagonismo das mulheres.

"Essa é uma novela sobre as mulheres", ressalta Marson, que lembrou que há 40 anos a trama teve repercussão com o público como "a novela do Mário Fofoca". Outro traço pouco investido no remake foi o espírito de crônica, algo marcante no folhetim original.

"A gente tentou fazer crônica, mas sentiu que não estava muito bem, então voltou para a natureza do horário, que é de investir nos embates, conflitos, personagens misteriosos, pra já fazer uma balançada nessa primeira estrutura", conta Thereza.

O maior desafio para a dupla - que atua em parceria na teledramaturgia desde O Profeta (2006) - tem sido, portanto, encaixar a história na faixa das seis. "É um processo pois a novela por ser uma obra aberta vai usando nossa intuição e vai modificando o que é necessário porque senão não teria sentido", conclui Marson.

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