Rachel Sheherazade e Silvio Santos: o momento polêmico que fez a jornalista ganhar R$ 500 mil

A aparição de Rachel Sheherezade no reality A Fazenda 15 fez os fãs resgatarem um vídeo que motivou o processo judicial movido pela jornalista contra Silvio Santos. Para quem não se lembra, o caso foi exibido em rede nacional em 2017, quando ela comandava o SBT Brasil.

Na época, ela foi premiada com o Troféu Internet ao ser eleita a melhor apresentadora de telejornal. Só que ao entrar o prêmio, o "patrão" fez comentários que geraram muita repercussão nas redes sociais. 

"Você sabe que logo vai ter que mudar porque eu estou em negociações com a nova dupla que vai apresentar o SBT Brasil, o Fernando Collor e a Dilma", declarou ele abrindo a conversa em tom bem humorado. A jornalista então fez um comentário que foi rechaçado pelo empresário.

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"Você não consegue falar sem se meter em política?", questiona. "Por que você se mete tanto? (...) você começou a fazer comentários políticos no SBT e eu te pedi pra não fazer mais. Porque você não foi contratada para dar sua opinião, foi contratada pra ler notícias. Se você quiser dar sua opinião, compra uma estação de televisão e vai dar sua opinião", disse Silvio Santos.

Sem deitar, Sheherazade enfrenta e desmente o apresentador. "Quando você me contratou, foi para opinar", dispara. Ele nega. "Chamei pra continuar com sua beleza e ler as notícias no teleprompter, não pra dar sua opinião", insiste ele. 

A jornalista então segue constrangida enquanto Silvio Santos faz comentários sobre sua vida pessoal, chegando a insinuar um romance entre ela e o humorista Danilo Gentili. "Eu tô noiva (...) ele gosta do meu trabalho na televisão", afirmou ela.

Veja abaixo:

ELA VENCEU AÇÃO EM 2022

Naquele ano, Rachel Sheherazade venceu ação que movia por danos morais, estipulada em R$ 500 mil, por uma atitude de Silvio Santos, considerada “misógina e abusiva”, durante a entrega do troféu Imprensa em 2017.

“O referido apresentador, de forma muito deselegante e abusiva, em comportamento claramente misógino, utilizou o seu poder patronal e de figura notória no meio artístico e empresarial para repreendê-la, em público, não somente como profissional, mas, sobretudo – como se pode concluir –, por questão de gênero, rebaixando-a pelo fato de ser mulher, a qual, segundo expressou, deveria servir como simples objeto falante de decoração”, observou o juiz Ronaldo Luis de Oliveira.