Três semanas após morte de Rita Lee, filhos contam como o pai está lidando com a situação: confira
Os filhos da cantora Rita Lee revelaram como está a família três semanas após a morte dela. Nesta terça-feira (29), eles deram uma entrevista e expuseram que o pai, Roberto de Carvalho, está tendo dificuldade em aceitar a perda.
Beto e João Lee conversaram com o jornal O Globo a respeito da morte de Rita. Eles revelaram que ainda estão num momento doloroso, mesmo tendo passado muito tempo já lidando com a possibilidade que ela partisse.
"Tem duas fases: a primeira é atravessar a tristeza e a saudade. A segunda, é refazer a vida. É uma ferida que nunca vai cicatrizar completamente. Mas, é isso aí, é 'keep going', movimento para frente, como ela gostaria que fosse", disseram.
Sobre o pai, eles contam que o luto exige uma atenção especial: "Não tem sido fácil para ele voltar e ver o sofá onde ela ficava, a mesa de jantar, as roupas, a cama… Então, ficaremos um pouco nessa dinâmica: juntos".
No começo, Rita não quis tratar o câncer de pulmão, motivada por uma lembrança ruim: "A mãe da minha mãe morreu de câncer. Lutou por dez anos. Isso foi um trauma enorme para ela. Minha mãe passou muito tempo falando que, se um dia isso acontecesse com ela, não ia querer fazer essa batalha", explicam.
Eles tiveram de convencê-la: "Nas primeiras vezes no hospital, ela se negou a fazer o tratamento. Falei: 'A alternativa não é maravilhosa. Não é que vai ficar curtindo sua vida até desligar. A situação talvez não seja a que a vó viveu 45 anos atrás. Vamos nessa, estamos juntos!'. Aí, ela topou. Minha missão era cuidar, estar disponível e botar ela para cima com momentos divertidos".
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Antes de morrer, a cantora Rita Lee deixou aos familiares orientações para o destino de suas cinzas. Ela pediu que fosse cremada, já que disse que sente uma certa "implicância" com cemitérios.
As revelações estão em Rita Lee - Outra Autobiografia, que acaba de ser lançada pela Globo Livros. Na obra, a cantora explica sua decisão e também revela onde pediu para que suas cinzas fossem jogadas pela família.
"Tenho certa implicância com cemitérios. Lá, até há monumentos bonitos e rola uma paz em meio aos monólitos de cimento e anjos de mármore em respeito aos mortos. Mas acho que túmulos ocupam o lugar de pessoas vivas, e que cemitérios poderiam virar parques e praças, quem sabe até moradias", defende ela no livro.
Ao final do trecho, ela diz que espera que suas cinzas sejam jogadas em um local inusitado. "Por isso quero ser cremada e ter as cinzas jogadas na minha horta caseira sem agrotóxicos para me transformar numa alface suculenta", detalhou.
