Após ameaças, Caco Barcellos dá detalhes inéditos de reportagem sobre assédio eleitoral: "Cruel"

O jornalista Caco Barcellos esteve com Ana Maria Braga no Mais Você desta sexta-feira (4) e relembrou algo que continua dando o que falar, principalmente nas redes sociais. É que após ele e seus colegas do Profissão Repórter descobrirem e denunciarem um crime de assédio eleitoral, eles começaram a sofrer ameaças. O escritor aproveitou o espaço e deu detalhes sobre o assunto. 

"A gente sabia que no primeiro turno das eleições houve um empate, foi voto a voto mesmo. Aquele município é um exemplo claro dessa polarização radical que estamos vivendo… Em cada esquina você tem o contraditório, você afirma de uma maneira e ao lado tem alguém falando exatamente o contrário, algo muito rico do ponto de vista jornalístico”, disse o comunicador para a apresentadora do programa matinal.

Caco ainda destacou o quanto achou o ocorrido um ato de crueldade. “O que nós vimos é algo cruel, é o uso indevido da máquina pública a favor de um determinado candidato. Eu considero um ato criminoso mesmo", ressaltou.

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Na sequência, ele falou sobre a importância de fazer um jornalismo sério para combater as fake news. "É sempre bom a gente lembrar que a reportagem é uma ferramenta vigorosa e muito importante, principalmente nesse momento, em que está acontecendo um grande aumento na produção de notícias falsas, com empresas especializadas em produzir fake news”.

Caco Barcellos também falou sobre um livro escrito por ele e revelou sua reação ao visitar o elenco da série baseada na obra. “Eu tive várias surpresas ao conhecer a equipe que trabalhou nessa produção. Eles me convenceram a mexer nesse assunto novamente, pois eu tinha muito receio. Quando fui visitar o set de filmagens, eu fiquei muito emocionado em alguns momentos, pois eu percebi um envolvimento grande de todos que estavam ali”, finalizou.

REPÓRTER DA RECORD TV É AGREDIDO POR MANIFESTANTES 

Na última quinta-feira (3), o repórter da Record, Yuri Macri publicou nas suas redes sociais um desabafo após o ataque que sofreu na manifestação da qual estava cobrindo em Mirassol.

O jornalista conta como foi o episódio: "Fui agredido. Não apenas eu. Meu cinegrafista Edmilson China também. Foram chutes. Joelhadas nas costas. Tapas. Empurrões. Intimidações. Falaram que eu estava dizendo mentiras na entrada que fazia com o Rafael Algarte". 

Ele conta que estava no local do protesto, a rodovia Washington Luís para cobrir o atropelamento de manifestantes. Porém, os envolvidos na manifestação não permitiram que o trabalho fosse feito: "Alguma pessoa começou a gritar que eu estava mentindo. De uma pessoa, viraram 10, foram várias".