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Silvia Abravanel revela: "Não me sinto uma celebridade"

Prestes a completar 20 anos no SBT, a apresentadora fala sobre a família e a ida para a frente das câmeras

por Daniel Lopes Publicado em 23/03/2016, às 13h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Silvia Abravanel Exclusiva - Caio Guimarães
Silvia Abravanel Exclusiva - Caio Guimarães
Já são quase 20 anos no SBT, sempre atrás das câmeras, e ainda existem surpresas para Silvia Abravanel, 44 anos, a filha número 2 de Silvio Santos, 85 (ele mesmo a chama assim, para não confundir as irmãs). “Que lugar é esse? Eu nunca tinha vindo aqui”, se impressiona ela ao conhecer o gigantesco depósito onde todos os cenários dos programas da emissora são produzidos e armazenados. Há menos de um ano, ela assumiu a função de apresentadora do Bom Dia & Cia. “A gente estava em reunião de família, a Daniela (Beyruti, irmã de Silvia e diretora artística do SBT) recebeu uma ligação e ficou branca e eu, mais branca ainda. A Justiça impediu que as crianças continuassem apresentando a atração e ela pediu ‘Você pode fazer?’ e eu acabei aceitando, sem raciocinar. Falei no susto. No dia seguinte, eu já estreei”, relembra. Mesmo na direção do programa desde 2009, a experiência repentina marcou Silvia. “O primeiro dia foi assustador. Eu não lembrava das regras de nenhuma prova, não sabia o que falar, foi como se tivesse entrado em outra dimensão. O público foi me acolhendo e hoje eu tiro de letra. Tive inclusive o apoio da Maísa (a apresentadora de 12 anos que já foi comandada por Silvia), que veio me ver no estúdio, ficou emocionada, me elogiando. Tive dicas da Xuxa, 52, e da Eliana, 42, que são as eternas rainhas, minhas inspirações”, conta. 


COM OS PRÓPRIOS PÉS
A história de Silvia com a emissora do pai vem de longa data. Aos 16 anos, ela começou a trabalhar no SBT, sendo a primeira das cinco filhas a se envolver com TV. “Eu sempre vinha trazer meu pai para trabalhar. Para a gente, era só o trabalho do papai, nós nunca vivenciamos essa história dele ser artista”, lembra. Aos 20, deixou a TV para cursar veterinária, mas não tardou a retornar para o canal. “Saí pra fazer faculdade aos trancos e barrancos porque meu pai não se conformava, queria que eu me interessasse por isso aqui. Não teve jeito, né? Acabei voltando”, conta ela, que nunca mais trabalhou em outro lugar. Tantos anos atrás das câmeras prepararam Silvia para cada novo desafio. Mais do que filha do dono do Baú, ela construiu seu próprio nome pelo próprio esforço. “É uma responsabilidade enorme ser filha dele, mas no momento que você põe sua cara para bater, tudo muda de figura. Eu tenho o nome do meu pai a zelar, claro, mas devo representar a minha equipe, mais do que somente ser filha do Silvio. Sou grata e vou carregar o nome dele pelo resto da vida, mas sou eu que estou na frente das câmeras agora”, defende. 


CELEBRIDADE DE REPENTE
Se Silvia já tem todo o controle necessário para colocar seu programa no ar, o que ainda a assusta é a repercussão dele fora da televisão. “Eu sou muito tímida, as pessoas me abraçam e tremem, isso me dá uma emoção muito grande. Eu ainda não me vejo artista, não estou acostumada a ser celebridade”, diz a apresentadora, que faz questão de responder as mensagens que recebe nas redes sociais e sempre interagir com os fãs, que incluem pais, avós e, é claro, crianças. Silvia revela que agradar e atrair o público infantil é muito mais difícil do que parece. “No programa, fazemos brincadeiras mais lúdicas e as crianças costumam querer mais coisas tecnológicas. A criança tem que se sentir inteligente e envolvida. A internet derrubou tudo isso”, lamenta. “As crianças estão crescendo muito rápido com a internet e sempre quero conseguir trazê-las para o meu universo”, se orgulha.


PETER PAN
Quando se chega ao camarim de Silvia, bem próximo ao estúdio onde ela grava o programa diário pela manhã, impressiona a quantidade de bichinhos de pelúcia no sofá, as paredes coloridas e as inúmeras fotos de sua família: o marido Edu Pedroso, 30, as duas filhas de outros relacionamentos, Luana, 18, e Amanda, 10, além da enteada Sophie, 3. “Eu sou uma adulta meio Peter Pan, gosto de brincar, ser moleca. Gosto de pegar o jeito de falar delas, peço dicas para as minhas filhas, mergulho nesse universo infantil”, revela. “Eu fui criada para ser criança, sempre brinquei na rua. Com as minhas filhas, brinco de boneca, ando de bicicleta. Estou sempre levando elas para o universo que eu estive, essa coisa de se sujar, ter o período de ser criança.” Juntas, Silvia e as filhas gostam de ir para um sítio no interior de São Paulo, mas sempre sobra espaço para o maridão e os cuidados pessoais. “Adoro viajar com ele, fazer uma nova lua de mel. Gosto muito de me cuidar também, ir ao salão de beleza, ter um tempo dedicado só para mim no meio da rotina atribulada.” Para os próximos anos, outro filho já está nos planos. “Amo ficar grávida, meu médico só me orientou esperar esse surto de zika passar. Eu adoro ter bebê em casa, trocar fralda, cozinhar para elas”, conclui, provando que trabalha duro dentro e fora de casa.