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Críticas / NOVA NOVELA DAS SETE

Família é Tudo reúne cenários paulistanos em busca de resgatar a faixa das sete

Nova novela das sete da Globo, Família é Tudo aposta na busca por um 'parente comum' na árvore genealógica da faixa: o cotidiano de São Paulo

Arthur Pazin

por Arthur Pazin

apazin_colab@caras.com.br

Publicado em 04/03/2024, às 20h28 - Atualizado às 20h36

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Frida (Arlete Salles) surgiu no topo do segundo maior edifício de São Paulo em Família é Tudo - Reprodução/Globo
Frida (Arlete Salles) surgiu no topo do segundo maior edifício de São Paulo em Família é Tudo - Reprodução/Globo

Família é Tudo estreou na noite desta segunda-feira, 4, com a missão de resgatar a audiência do horário das sete da Globo. Para cumprir sua missão, a nova novela da emissora carioca aposta em um "parente comum" na árvore genealógica da faixa: o cotidiano da capital do Estado de São Paulo.

Com personagens de nomes marcantes e tipos alegóricos que têm tudo para cair na graça do público de folhetins, Família é Tudo chegou ao público com a mesma dose de comédia e de confusão que o horário exige. Somada a esta equação estão dramas de uma presa injustiçada, flashbacks e as pitadas de mistério e segredos entre os personagens, elementos que Daniel Ortiz, autor da trama, provou ter conseguido usar na conquista dos telespectadores em seus últimos trabalhos: Salve-se Quem Puder (2020-2021), Haja Coração (2016) e Alto Astral (2014).

A nova novela das sete, portanto, tem outra fórmula de sucesso que assim como um familiar que "é tudo"  já visitou, por inúmeras vezes - e com sucesso -, o noveleiro do horário: São Paulo. A ambientação na Selva de Pedra, comum nas novelas de Ortiz, familiariza o público da faixa, que é levado a ambientes que fizeram história nas mãos de ilustres novelistas do horário,como Cassiano Gabus Mendes e Silvio de Abreu - de quem o atual autor inclusive, foi discípulo.

Para abrir duas das primeiras cenas da trama, a vista panorâmica da avenida Paulista - principal cartão postal de São Paulo - já trouxe, a sensação de estar em casa na faixa, seja de noite ou de dia. Minutos depois, Vênus (Nathalia Dill) surge recebendo uma surpresa romântica com pedido de casamento ao som de um hit de sucesso - exatamente daquelas coisas que só acontecem em novela e por mais que critiquemos a verossimilhança adoramos! - de Tom (Renato Góes) no campus da Faap, tradicionalíssima faculdade da capital paulista.

Para caprichar ainda mais na "paulistanice", as sequências que vieram a seguir trouxeram Frida Mancini - um sobrenome que nos leva rapidamente à rua Avanhandava - (Arlete Salles) no topo do Mirante do Vale, segundo maior edifício de São Paulo, com direito ao prédio histórico do Santander ao fundo e uma passagem abrindo a cena com a Estação da Luz e a Marginal do rio Pinheiros. Elementos suficientes para o paulistano se sentir em casa e contribuir com o ibope da trama já no primeiro bloco.

São Paulo também esteve representada já no primeiro capítulo em outros detalhes básicos, como por exemplo, o chão de taco do quarto de Vênus. O estilo predominante em apartamentos - principalmente das regiões centrais - também é a cara da capital.  A personagem de Nathalia Dill, então, se mostrou tão paulistana que ao tentar embarcar para o litoral, fez questão de soltar em sua boca sobre a "saída para Santos", referência que situa qualquer morador da capital.

JUVENTUDE EM FOCO

Foi só voltar do comercial após uma abertura com letra de Rita Lee, paulistana da Vila Mariana, que já encontramos Plutão (Isacque Lopes) em um dos esportes mais comuns do jovem paulistano: o skate, isca perfeita para outro atrativo da nova trama: cativar o público jovem que deixou o horário com o fim de Vai na Fé.

A busca também se confirmou na cena seguinte, quando Andrômeda (Ramille) surgiu em uma gravação com direito a cantoria, dança e todo um universo de popstar exagerado, que já garantiu fidelidade e riso no horário em diferentes épocas: de Cambalacho nos anos 1980 a Cheias de Charme na década passada.