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Críticas / 25 ANOS DEPOIS

Andando nas Nuvens leva fase romântica das sete para o Viva em primeira reprise

'Esquecida no churrasco', Andando nas Nuvens, trama exibida às 19h em 1999, ganha sua primeira reprise a partir desta segunda (22)

Arthur Pazin

por Arthur Pazin

apazin_colab@caras.com.br

Publicado em 22/01/2024, às 11h15

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Marcos Palmeira e Débora Bloch - (Foto: Jorge Baumann/Globo)
Marcos Palmeira e Débora Bloch - (Foto: Jorge Baumann/Globo)

Andando nas Nuvensganha sua primeira reprise nesta segunda (22). A trama de Euclydes Marinho exibida originalmente em 1999 tem seu primeiro capítulo levado ao ar a partir das 13h, com reapresentação à 1h15, e chega para trazer uma amostra da fase romântica das sete para o Canal Viva.

Diferente do estilo de novela das sete mais "farofeiro" que a Globo resgatou nos últimos anos, o folhetim, dirigido por Amora Mautner, José Luiz Villamarim e Denis Carvalho, tem como fóssil o romance que esbanjou o cinema norte-americano entre as décadas de 1940 e 1950. 

Leia também:Terra e Paixão se afastou da atualidade para virar ‘novelão’

Com um time de horário nobre no elenco, a novela ousou, à época, ao trazer Marco Nanini como um protagonista típico de um longa da Sessão da Tarde. O ator, que não era um rosto conhecido pelas novelas pelo menos há seis anos e ainda carregava consigo a imagem do extindo e adorado TV Pirata, se consagrou com aquela geração na pele de um homem que acorda desmemoriado após passar 18 anos em coma com uma tal "doença do sono".

Ao seu redor na história, nomes de peso como Débora Bloch - que também ficou marcada pelo humorístico do final dos anos 1980 -, Renata Sorrah, Vivianne Pasmanter, Nicette Bruno, Cláudio Marzo e Susana Vieira. 

Outros atores, que hoje possuem espaço no alto escalão da emissora, também passaram por ali e deixaram lembrança com o público de então. Marcos Palmeira, por exemplo, apagava sua imagem de novelas campestres para mostrar seu potencial como um jornalista urbano, enquanto Mariana Ximenes e Caio Blat chegavam a Globo para ficar.

Apesar de toda a produção e história bem amarrada, Andando nas Nuvens patinou no ibope em sua fase inicial, em um tempo onde os números eram melhores exigidos em relação aos dias de hoje. Na ocasião, a faixa das sete tinha como principal rival Chiquititas, do SBT, que alcançava seu auge e preparava nomes como Bruno Gagliasso e Débora Falabella para o futuro do casting da emissora carioca, que já passava a contar com Fernanda Souza nesta produção.

Para driblar o revés inicial e dar uma guinada na novela, o folhetim recorreu a endossar o romance. A "maluquice" do protagonista que passa anos dormindo cedeu espaço a seu triângulo amoroso e principalmente a um sofrido e meloso envolvimento amoros entre uma noviça e um rapaz apaixonado (personagens de Mariana Ximenes e Caio Blat).

Intrigas, disputas e vilanias também foram engrossando com o passar dos capítulos, que retratavam o Rio de Janeiro da época via casrtões postais, mas também com olhares do cotidiano, sem exageros. Após o final, em 2000, a novela colecionou fãs, que se arrastaram ao longo dos anos 2000 nos fóruns do saudoso Orkut fazendo de Andando Nas Nuvens uma das pedidas para o Vale a Pena Ver de Novo.

Sem respostas, a novela ficou guardada e não apareceu, mas é uma excelente pedida para a faixa do Viva, feita justamente para tramas que embora não estouraram, deixaram saudades, seja pela trama, pelo tempo em que eram exibidas ou até mesmo para ouvir Fat Family na abertura. Desde então, o horário já levou ao ar Era uma Vez, Sonho Meu, O Beijo do Vampiro, Coração de Estudante e Corpo Dourado, que passa o bastão para a estreia de hoje.

Marco Nanini (Foto: Jorge Baumann/Globo)