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Luly exalta momento na carreira e revela busca por sua verdade: ''Quero passar a minha realidade''

Em alta, cantora abre o coração sobre a vida pessoal e fala dos desafios na vida profissional

Redação Contigo! Publicado em 12/03/2019, às 17h21 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Luly - Reprodução
Luly - Reprodução

Ela não é bem uma estreante, mas o sucesso do hit Ex-Princesinha fez com que a cantora Luly conquistasse novos públicos. Em uma conversa franca com CONTIGO!, a cantora fala sobre sua trajetória, exalta a busca por sua verdade e fala do casamento feliz que é inspiração para sua vida profissional. 

Você é neta e filha de cantores, certo? Como e quando foi que começou sua relação com a música?

A minha relação com a música vem desde o momento em que a minha ficou sabendo que estava grávida. Ela cantava para mim na barriga. Ainda tenho a lembranca de que eu dançava “Segura o Tchan” de fralda no meio da sala.  A veia musical da minha família atravessa gerações. Minha meu avô materno era maestro, cantor e violinista. A minha avó, atriz dramaturga de companhia de teatro. Essa veia artistica passou para a minha mãe que iniciou sua carreira como atriz no teatro judaico e cantora de banda de festas, depois empresaria no ramo de eventos.  Suguei toda essa veia artística para mim (risos).

Ter uma família envolvida nesse meio te ajudou? Sua mãe influencia seu trabalho?

Desde o começo todos me apoiam e estão comigo. Me sinto completa por tê-los junto a mim.
Minha mãe, por ser cantora, tem um ouvido musical maravilhoso. Ela me ajuda muito com as produçoes das músicas. Quando eu vou gravar voz, ela sabe exatamente o que falar e o que fazer para o resultado ficar o melhor possível. 

Atualmente, seu nome já se tornou conhecido. Antes disso, passou por alguma dificuldade profissional?

Todos nos passamos por dificuldades, sendo elas na vida pessoal, ou no lado profissional.  Acho que no começo, a minha dificuldade foi em achar a minha personalidade no trabalho. Trabalhava com culinaria e repentinamente me vi no meio de um mundo ainda desconhecido, tendo sido me oferecido um monte de identidades que nao eram a minha. Acredito que é difícil crescer e evoluir sem passar por algumas dificuldades. É somente a partir delas que tenho tido a oportunidade de entender a minha essência, quem eu sou, tanto como pessoa e como artista. Ainda sou nova e estou sintonizando aos poucos a minha vibe. O meu projeto, cada dia mais, ganha o meu contorno e estou podendo encaminhar ele, a partir dos proximos lancamentos, para um caminho que tem a minha cara. Os meus parceiros de Sao Paulo da Freakhouse tem exercido um papel fundamental de rede de apoio para que alcancemos isso juntos. Quero passar a minha realidade e a minha mensagem para as pessoas. Cantar do coração, da alma! Sinto que estou só agora superando as grandes pedras no caminho, como as composicões puramente comerciais - e realmente entrando na minha zona de conforto como artista. Tenho muita humildade para reconhecer que estou no inicio de uma longa tragetoria. Se falasse outra coisa, eu estaria mentindo. 

Quais são suas inspirações quando o assunto é produzir música? Você mesma compõe suas faixas?

Eu, ao longo desse projeto, conheci muitos grupos de compositores incríveis que se tornaram meus parceiros; e venho os acompanhando para aprender e melhorar sempre. Esse convívio com eles, me ajuda a aprender e entender o processo criativo, desenvolvendo assim o meu estilo de composição, e chegar no objetivo que é escrever e produzir minhas próprias músicas.

Sua atual música de trabalho, Ex-Princesinha, retrata a história de alguém que superou o fim de um relacionamento.  Você já passou por alguma situação semelhante, em que foi preciso “dar a volta por cima”? 

Felizmente eu não passei por muitas decepções amorosas. Casei muito cedo e antes disso só havia namorado uma vez e o término foi bem pacífico.  Quando fecho os olhos para cantar essa musica penso em duas coisas. Primeiro, em uma das minhas melhores amigas, a Nicole, essa sim passou bem por algumas decepçoes (risos); e acredito que muitas meninas podem se identificar com a letra.  O que vem de dentro mesmo quando o assunto é ex-princesinha, é a inspiração que tiro da minha propria história na musica e pessoal. Nasci a quarta filha de uma familia protetiva. Na infancia, sempre fui tratada nessa qualidade. Ex-princesinha marca a minha libertaçao das amarras e limitaçoes da infancia. Minha familia passou por dificuldades e agora moro sozinha em Sao Paulo, onde eu e meu marido temos que nos dedicar muito para sobreviver. Nao ha mais espaco interno para a princesa. Essa felizmente, teve que amadurecer bem rapido para ceder espaco para uma Luly mais real, trabalhadora, dedicada e compenetrada. Tipo a trajetoria da cinderella que passou a esfregar o chao da casa e fazer faxina após a morte do pai (risos).
Estou, contudo, muito satisfeita com essa nova fase de mim e do projeto, que hoje esta mais organico. 

Qual acredita ser o segredo para se diferenciar no mercado musical, sair da mesmice?

Primeiramente estudar muito! É preciso saber o que está na moda, qual é a tendência, o que as pessoas gostam de ouvir e quem são suas inspirações.  Ampliar o meu repertorio e imergir em novas areas da musica tambem é importante para eu me transformar em uma artista mais versatil. Estava com o seu jorge no studio outro dia e ouvia ele - esse icone da musica brasileira - dizer que aos 50 anos de idade ainda fazia cursos, estudava, falava cinco linguas e ainda aspirava transformar a estetica da musica popular brasileira: fantastico!

Suas redes sociais mostram um pouco de sua rotina profissional. Você acredita que ter uma vida online ativa contribui positivamente para sua carreira?

Acredito muito no poder das redes sociais na vida minha vida pessoal e profissional. É a ferramenta de crescimento e projeção mais importante na atualidade. É por meio das redes sociais que influenciamos tendencias e passamos um estilo de vida que repercute para dentro do lar das pessoas. Hoje, somos todos em menor ou maior grau, formadores de opinião. Como artistas, o alcance e repercussao da nossa rede é um pouco maior. E com essa noçao tambem vem uma grande responsabilidade; pois influenciamos e impactamos dentre tantos grupos, também criancas e pessoas em formação.
Acredito que utilizando as redes sociais de forma saudavel, podemos retratar a nossa personalidade, estilo de vida e trazer o fã “para dentro das nossas vidas”. Podemos ter e conceder uma voz. O feedback das pessoas tambem é levado em conta para apontar os novos rumos do nosso trabalho. Esse vai e vem democratico é muito gostoso.

Profissionalmente, o que ainda deseja alcançar?

Estou curtindo cada dia com o sabor da nostalgia que vira. Todo dia é um aprendizado. É um tijolinho que a luly de hoje acrescenta à luly de amanha. Quero alcançar tudo que eu puder como artista e personalidade. Quero entreter as pessoas e passar uma imagem saudavel e positiva. Me divertir no processo e divertir a elas. Quero soltar a minha voz e viajar nas melodias. Quero subir nos palcos dos festivais e traduzir energia positiva, ver a galera cantando, dancando e se sentindo bem ao som das minhas músicas. Mas o principal, é traduzir uma vida real para as pessoas. É o lema da freakhouse: our job is our lifestyle.

Ano novo, música nova? Podemos esperar novidades em breve? Se sim, quais?

Sempre novidades! E temos varias em estoque. Meu proximo lancamento é na vibe de um reggae mais acústico; diferente do que venho lançando. Fala sobre o tipo de homem que não quer nada com a mulher mas também não quer que ninguém tenha. Ele termina o namoro e se arrepende logo na véspera do final de semana pois sabe que ela vai sair e se divertir. E a música fala exatamente isso, o fato de que ele não pode ver que ela seguiu em frente e está de boa com as amigas que ele já quer voltar porque não admite que ela consiga ser feliz sem ele. Essa música inicialmente era um sertanejo mas demos uma nova roupagem e ela acabou virando um reggae! Espero que curtam tanto quanto eu.

Você é uma mulher casada. Qual foi a principal mudança desde que decidiu oficializar a união com o Ricardo?

Então, nós já moravamos juntos desde o começo do relacionamento. A principal mudança eu acho que foi ter que administrar o nosso dinheiro e ser donos de casa. Aprender um com o outro é uma coisa muito importante em um relacionamento. Hoje nós dois fazemos as tarefas de casa: cozinhar, faxinar, lavar a louça, botar a roupa pra lavar, passear com o cachorro...
E ele me da todo o apoio com relação a minha carreira e isso é muito legal e muito saudável pra nossa relação ficar cada dia mais forte.

Há quanto tempo estão juntos? Já pensam em ter filhos?

Nós completamos 6 anos juntos agora em fevereiro. Casados temos apenas 3 meses. Me lembro que quando nós começamos a namorar eu falei que ele tinha até 4 anos para me pedir em casamento e que eu não ia esperar mais que isso; ai, 3 dias antes dessa data ele fez o pedido (risos). Eu sou dessas mulheres que não gostam de joguinho. Quando eu saía com alguém, eu não saía pensando que não ia durar. Sempre entrei em relacionamentos pensando que fosse durar pra sempre. Sou objetiva. Então quando conheci meu marido, Ricardo,  fui muito direta... Disse a ele todos os meus desejos, meus pensamentos sobre o futuro, sobre quantos filhos eu queria ter e onde eu queria morar. Para a minha surpresa, tudo era recíproco. É muito gratificante quando você conhece alguem com os mesmos objetivos que você. 
Mas voltando a pergunta, pensamos em ter quatro filhos pelo menos.. Sempre tive família grande e ele também. Gostamos da casa cheia e queremos seguir essa tradição. Mas ainda vai levar um tempinho, quero me concentrar na minha carreira agora. 

Você nasceu em Miami. Quando veio para o Brasil? Chegou a ter contato com a cultura de lá? Pensa em voltar a morar no exterior um dia?

Eu tenho dupla nacionalidade, mas o importante é que me sinto e sou brasileira em primeiro lugar. É claro que ter essa facilidade torna tudo mais fácil se no futuro precisar morar fora.
Quando nos mudamos para o Brasil eu tinha apenas quatro anos de idade. Eu era muito tímida. Desde que eu cheguei ao Brasil nunca fiz curso de inglês, tudo que eu falo, vem dessa época da infância e da troca entre eu e meus irmaos que falam fluentemente entre si.  Antes desse projeto de música entrar na minha vida, a ideia de me mudar para o exterior era muito presente. Eu acreditava que a única salvação pra mim estava lá. O Rio de Janeiro estava e ainda está muito perigoso, a questão da política, da desigualdade racial e social, desemprego e muitos outros problemas me faziam querer sair. 
Hoje, nao me sinto nem um pouco perdida. Me vejo indo no caminho certo, fazendo o que eu sempre quis fazer e só tendendo a amadurecer. Eu vejo tudo com outros olhos agora, olhos de uma mulher independente, casada, trabalhadora e mais madura. Ainda tenho vontade de morar lá fora um dia, mas agora não é com o intuito de fugir dos problemas e sim com outro propósito. Talvez no futuro ter uma carreira internacional, ou até mesmo para estudar.. quem sabe?

Aliás, o que pensa sobre produzir música em inglês e, em consequência, ter uma carreira internacional?

Com certeza está nos meus planos produzir músicas não só em inglês mas outras línguas também. Me inspiro muito na Anitta nesse quesito, ela transformou a música latina aqui no Brasil e pra ser bem sincera, são as minhas favoritas!  Não quero ficar pensando no que vai acontecer daqui 5,6,7 anos... quero me concentrar em dar um passo após o outro e por enquanto o objetivo é construir uma carreira. Ai quando chegarmos onde chegarmos, eu vejo qual caminho seguir. Acho que temos sim que sonhar bem alto, mas atentar para mantermos os pés no chao. Se nao, corremos o risco de não chegarmos a lugar nenhum.