Filha de Fabiana Karla faz revelação sobre estreia no Globoplay: "Minha mãe não sabia"

Modelo, atriz e cantora. Aos 25 anos, Laura Simões está pronta para estrear na segunda temporada de Rensga Hits (Globoplay) ao passo que quebra protótipos ao se posicionar como uma mulher fora do padrão. Filha de Fabiana Karla, ela fala de suas influências e inspirações familiares.

Como despertou seu interesse pela atuação?

- Sou artista desde quando me entendo por gente. Na infância, de forma muito natural, eu escrevia, cantava, atuava, fazia aulas de iniciação à dança… Minha primeira participação como atriz na TV Globo foi no Zorrinha Total, em 2006. Lembro de me sentir muito feliz no set de filmagem!

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Quais desafios você encontrou nesse processo?

- Acho que enfrentamos vários desafios em relação ao mercado de trabalho, mas, com certeza, o maior de todos é entender que eu mesma sou o meu maior desafio. Sou muito entregue e focada, estudo bastante e sei do meu valor… mas às vezes rola uma “síndrome do impostor”, que faz com que eu questione várias coisas. Graças a Deus, além da minha inteligência emocional, eu sempre tenho a terapia em dia para ter a mente no lugar e conseguir executar o que eu quero.

Você está em Rensga Hits. Como surgiu a oportunidade de interpretar a versão mais jovem de sua mãe, Fabiana Karla, na trama?

- O convite foi algo inesperado e que chegou para movimentar e alegrar mais a minha vida. Aceitei o teste sem pensar duas vezes! Tive um dia para estudar o texto e entreguei o meu melhor. Minha mãe não sabia de nada e só contei a ela quando recebi a notícia.

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Quais são as principais influências dela em sua carreira artística?

- Sem dúvida, é a de persistir nos sonhos e propósitos. Por muito tempo ficamos distantes geograficamente por ela ter ido seguir o sonho dela de se realizar profissionalmente e proporcionar uma vida melhor para nós. Se hoje eu posso seguir os meus sonhos, grande parte é porque ela e o meu pai não desistiram dos sonhos deles. Isso é muito gratificante!

Há algum outro artista que inspire você?

- Uma atriz que adoro e me inspira também é a Brooke Elliott. Ela também atua, canta e dança e sempre me senti representada quando a via em algum projeto na televisão. Na adolescência, eu viciei no seriado que ela fez, Drop Dead Diva, e amei ver uma mulher fora dos padrões sendo protagonista.

Sendo filha de uma atriz conhecida, quais aprendizados você absorveu ao longo do tempo?

- Algo que me inspira muito é ver que minha mãe é uma artista que está sempre em movimento. Trago isso para minha carreira também. Acredito que, com propósitos bem estabelecidos, constância e bons movimentos, a gente vai construindo uma carreira de respeito, sólida, bem estruturada e alcançando lugares lindos. É importante curtir os processos.

Houve algum conselho muito valioso que sua mãe já lhe deu?

- Ela sempre diz: “Dê o seu melhor”. E é exatamente o que faço! Sempre que me proponho a fazer algo, me entrego de corpo e alma para aquilo. Gosto de colocar
minha essência em tudo que exerço! 

Vocês conversam sobre seu desempenho na atuação e suas experiências? 

- Amamos trocar ideias e vivências, é tão gostoso! Nós ficamos muito entusiasmadas e aprendemos muito juntas. 

Além da atuação, você é reconhecida como cantora e modelo plus size. Isso influencia sua abordagem aos papéis e projetos?

- Acho que depende muito do personagem e dos projetos em questão, mas acredito que minhas diversas vertentes artísticas sempre virão para agregar. Meu corpo está a serviço da arte, independentemente das minhas formas e do que já sei fazer. O que não souber, eu vou atrás de estudar, aprender e executar da melhor maneira possível. Não me limito a padrões e estereótipos, quero ser, estar e fazer.

Como você encara a representatividade dentro do entretenimento?

- Tem que evoluir muito ainda. Quero ver mulheres sendo incentivadas, capacitadas e ocupando todos os lugares. As mulheres podem e devem estar onde elas quiserem, sem serem subestimadas, sexualizadas e estigmatizadas.

De que forma você utiliza sua imagem em prol da aceitação e a diversidade?

- Gosto de mostrar minha imagem real, fazendo o que amo, sendo quem sou, mostrando minha essência! Também adoro me produzir, fazer ensaios fotográficos com conceito e mostrar que corpos diversos como o meu existem e são belos, sim!

Você vê uma conexão entre essas diferentes formas de expressão artística? 

- Com certeza! A meu ver, todas as expressões artísticas se conectam. Seja por meio da atuação, literatura, música, moda, dança, artes visuais/plásticas…

Como equilibra tudo o que faz?

- Sempre tive poesia e arte dentro de mim e, com o tempo, fui aprendendo a trazer outras maneiras de me expressar artisticamente. Sou imensamente apaixonada e não consigo mensurar.

Além de Rensga Hits, há outros projetos futuros que você pode compartilhar?

- Coração a mil para o lançamento da segunda temporada de Rensga Hits! Tenho outros projetos também no audiovisual, e muitos shows e lançamentos musicais com músicas autorais inéditas e participações especiais. Estou em uma fase muito feliz.