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TV / Pronome neutro

Ana Paula Padrão é criticada pelo uso de pronome neutro e rebate: "Raivosas"

Após abrir o 'MasterChef' com pronome neutro, Ana Paula Padrão é criticada e não deixa barato: entenda os argumentos dela

Leandro Fernandes

por Leandro Fernandes

lfernandes_colab@caras.com.br

Publicado em 25/05/2023, às 08h10

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Ana Paula Padrão é criticada pelo uso de pronome neutro e rebate - Reprodução/Band
Ana Paula Padrão é criticada pelo uso de pronome neutro e rebate - Reprodução/Band

A apresentadora Ana Paula Padrão não deixou barato ao ser duramente criticada nesta quarta-feira (24). É que parte do público do MasterChef Brasil não se conformou com o uso do pronome neutro na abertura do programa exibido na terça-feira (23).

Tudo começou porque a comandante do reality na Band iniciou o episódio dizendo: "Olá, agora sim de forma definitiva, sejam muito bem-vindas, bem-vindos e bem vindes a cozinha do MasterChef 10". Não foi a primeira vez que ela usou o pronome durante o programa, mas foi o suficiente para que as redes sociais fossem bombardeadas por pessoas que não suportam a tentativa de neutralizar o gênero.

A famosa, então, decidiu se pronunciar e explicou os motivos de ter usado a expressão: é que uma das pessoas participantes da edição, Wilton, se define como uma pessoa não-binária, ou seja, que não se identifica com o gênero masculino ou feminino. "Toda vez que eu uso palavras como 'bem vindes' ou 'todes', eu recebo críticas raivosas, agressivas, muitas vezes desrespeitosas mesmo. parece que o uso da linguagem neutra dói em muita gente. E por quê?", reflete.

"O argumento dessas pessoas é que eu tô matando a gramática da língua portuguesa", citando também que os críticos a acusam de ser um mau exemplo aos jovens. Mas, para a estrela, o motivo é outro: "A reação não é ao uso do idioma, é ao que esse uso representa. Gente, palavra tem muito poder. Quando eu uso a linguagem neutra porque eu sei que há ali ou pode haver ali na minha frente alguém que se identifica como não-binário, eu estou reconhecendo a existência dessa pessoa. E é isso que dói em quem não aceita essa existência".

Ela prossegue: "Eu pretendo sim deixar o outro ter luz na sociedade, ainda que ele seja muito diferente de mim. Quando eu trato essa pessoa com os pronomes que ela escolheu pra se definir, eu dou visibilidade a ela, eu reconheço que ela tem o direito de existir, e não uma existência apartada da sociedade, ignorada, varrida pra debaixo do tapete". Ana ainda garante que não vai parar por causa dos preconceituosos: "Eu vou continuar tratando essas pessoas assim, e os incomodados podem ir se mudando".

Vale ressaltar, como nota editorial, que alguns argumentos repetidos pelos críticos são simplesmente falsos. Muitos citam pessoas surdas como alguém que irá sofrer com o uso da linguagem neutra, mas Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais, já não emprega gênero. Entre usuários de leitores de tela, ou seja, quem precisa que as palavras sejam lidas por um aplicativo, o uso das letras "e" e "u" para neutralizar o gênero também não atrapalha a leitura. Confira o vídeo completo de Ana Paula:

ANA PAULA DEFENDE CORAGEM DA BAND

O MasterChef Brasil chega à 10ª temporada com uma fórmula bem estabelecida e parece querer retomar as tradições que ficaram para trás nos últimos anos. Com novo jurado, a competição abre com clima de nostalgia.

Na coletiva de imprensa organizada pela Band, foi revelado que uma fase icônica das primeiras edições volta: as seletivas. A etapa foi pulada nas últimas edições do reality por causa da pandemia do coronavírus.

A nostalgia, aliás, é parte importante da retomada, já que o programa inclusive volta a usar as colheres de pau para representar o passe para o programa de fato. O foco, segundo a apresentadora Ana Paula Padrão, é nos competidores: "Reality é gente. Gente acontece assim, na frente das câmeras", analisa. "É um programa de pessoas, de gente, é muito bonito ver acontecendo".

Sobre o argumento de que o programa é a única atração relevante na Band, a comandante do reality rebate: "Esse papo de 'ah, a Band só tem Masterchef' é inveja de quem não teve coragem de fazer", afirma. Segundo ela, na época em que o programa começou, o formato foi rejeitado por outros canais, só para depois ser copiado.