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Novelas / ENTREVISTA

Paulo Lessa declara que romance de Jonatas e Graça traz calor para o público: 'Improvável'

Em bate-papo com a Contigo! Novelas, Paulo Lessa celebrou a representatividade em Terra e Paixão e falou sobre o romance de seu segundo protagonista

Fernanda Chaves Publicado em 12/12/2023, às 12h18

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Paulo Lessa celebra segundo protagonista em novelas - Foto: João Miguel Júnior/TV Globo
Paulo Lessa celebra segundo protagonista em novelas - Foto: João Miguel Júnior/TV Globo

Surpreso com a virada de seu personagem na trama de Walcyr Carrasco, Paulo Lessa, o Jonatas
de Terra e Paixão, celebra segundo protagonista em novelas e a representatividade na
teledramaturgia brasileira. Em bate-papo com a Contigo! Novelas, o ator falou sobre o romance de Jonatas e Graça na novela das nove da Globo. "Improvável", disse ele.

Como você construiu o Jonatas?
"Jonatas é um personagem incrível, de um universo completamente diferente do Ítalo, de Cara e Coragem. É um personagem que eu venho construindo no andar da novela, porque é de um universo diferente do meu. No início da trama, fiquei no Mato Grosso do Sul 25 dias e esses dias foram fundamentais para dar aquele start, para achar o caminho do personagem. Mas o Jonatas vai ganhando uma complexidade agora, inclusive emocional, que eu não imaginava. Acho que as pessoas que estão assistindo também estão se surpreendendo, assim como eu estou surpreso com muita coisa que está chegando."

A chegada da mãe dele, Agatha (Eliane Giardini), foi importante nessa mudança...
"A Agatha chegou para mexer na novela, acho que deu um ritmo e criou uma dinâmica na dramaturgia que ajudou todo mundo. E creio que o telespectador está superfeliz com isso, porque é o retorno que eu venho tendo e a gente também, pois ganha uma dinâmica. Eu estava com um personagem muito importante na novela, mas estava sentindo ele meio morno, e aí, de repente, aparece a mãe, o cara que ele tinha como um grande rival, ele descobre que é irmão. Como é que mexe afetivamente nesse personagem, né?"

E o romance com a Graça (Agatha Moreira)?
"Como eu estava falando desse momento mais morno do personagem, acho que o encontro com a Graça traz esse calor que o público gosta e que eu acho que a novela precisa. Tudo bem que é uma novela longa e é normal você ter alguns momentos de altos e baixos, às vezes, fica mais flat e depois aquece. Então, esse encontro com a Graça é um momento mais quente, porque é um encontro quase que improvável, né? Contracenar com a Agatha Moreira tem sido um presente, ela está sendo uma parceira muito maneira, está jogando junto comigo."

A TV brasileira está buscando cada vez mais representatividade. Antes, era difícil ter atores negros em papéis de destaque e você já vive o seu segundo protagonista em novelas. Como é fazer parte desse movimento tão importante no audiovisual?
"Fico realizado, pois é importante ter essa representatividade. As pessoas se influenciam totalmente com as novelas, então, precisam se ver nelas. Fazer parte de um momento histórico que a gente viveu agora, de ter três novelas com protagonistas pretos, isso é fundamental, porque tinha um protagonista médico, um que trabalha na terra e um advogado, isso mostra o leque de possibilidades, você não limita o sonho das pessoas, porque é isso que estava acontecendo. O cara não tem espelho, só pensa em ser jogador de futebol ou, de repente, ir para o lado da música, que é um lance que a nossa sociedade tem muito forte na cultura. A gente perdeu há pouco tempo a dona Léa Garcia, que eu posso chamá-la de tia, porque tive uma relação muito próxima com ela desde pequeno. Eu vi a tia Léa abrir essas portas, assim como o seu Antonio Pitanga, seu Tony Tornado, Zezé Motta, dona Ruth de Souza... Eles abriram essas portas para a gente. Então, para mim, está sendo muito legal ter visto essas pessoas todas e hoje continuar, né? Teve essa passagem de bastão, eu sinto isso. Porque houve um hiato muito sério na TV brasileira, a gente teve lá atrás, atores com idades mais avançadas, como Milton Gonçalves, e Lázaro Ramos depois, olha a diferença de tempo, é muito grande. Então, se as pessoas conseguem se identificar comigo é muito legal. Eu sou um cara de 41 anos, mas tem toda uma geração vindo, Dan Ferreira, Jéssica Ellen, Késia, Diogo Almeida, Samuel de Assis... tem tanta gente legal chegando."

Sua filha, Jade, já vai crescer em outra realidade. Você não teve tantas referências, mas ela já está assistindo ao filme com uma Pequena Sereia negra.
"Exatamente! Já acho tão bonitinho que ela me vê na novela e fica 'O papai! Papai!'. Já me perguntaram
algumas vezes como é ser galã, referência de beleza. Eu acho maravilhoso, porque imagina estar sendo
um cara preto, referência de beleza para um monte de jovem preto, branco, enfim. Eu recebo muitas
mensagens até hoje, desde a época do Ítalo, de caras falando que vão botar dread por minha causa, que vão comprar uma roupa parecida com a do personagem. Então, acho que é um momento muito importante de conscientização geral, eu vejo que tem muita gente engajada nesse movimento, não só pretos, mas brancos também. Acho importante a gente se abraçar."