Alessandro Marson falou como vai ser o fim da trama e ainda admitiu que tem corrido para corrigir erros em cenas já gravadas; veja
Redação CONTIGO! Publicado em 03/11/2021, às 16h42
Faltam alguns meses para Nos Tempos do Imperador e o autor da trama acabou deixando detalhes sobre a reta final da obra. Alessandro Marson ainda admitiu que tem corrido para corrigir erros em cenas já gravadas: "Desde o início", contou ele em um bate-papo nas redes sociais.
Na manhã desta quarta-feira (3), o parceiro de Thereza Falcão teve uma conversa com a atriz e autora Suzana Pires no Clubhouse. O escritor contou que a novela foi ao ar já com uma primeira orientação profissional. "Desde o início a gente teve a consultoria do Nei Lopes, que é um catedrático da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e é uma das maiores autoridades no movimento negro. Ele leu todos os capítulos, que a gente produziu e apontava coisas, tal", começou o novelista.
Após as críticas, o folhetim recebeu uma nova consultoria para fazer ajustes. "A novela passou por um período no início bastante conturbado. Entrou depois do Nei uma nova pessoa que é a Rosane Borges e leu todos os capítulos e assistiu. A gente trocou muito e foi muito rico, essa troca com ela. A gente conseguiu chegar num período de mais calmaria", comentou Marson.
O autor, no entanto, avaliou todas as polêmicas em torno da trama como algo positivo. "Foi um momento de crescimento e muito aprendizado. Eu acho que algumas coisas, alguns temas, a gente tem que ter extremo cuidado", disse o escritor. "A gente só precisa tomar cuidado com esse limite do cancelamento. Porque é meio perigoso, não dá pra tratar uma pessoa com boas intenções da mesma forma que um racista, não é o caminho", completou.
Nos últimos capítulos, a temática abolicionista tem ganhado força, e no capítulo desta quarta-feira (3) haverá até um sarau beneficente da recém-criada Sociedade das Camélias para angariar dinheiro para alforriar escravos. Marson, entretanto, descartou um final da novela com Isabel (Giulia Gayoso) assinando a Lei Áurea (1888).
"A gente acaba Nos Tempos do Imperador com a Guerra do Paraguai, que é 1870. A abolição foi em 88, então, vão faltar ainda 18 anos para abolição. O arco dramático da novela é a guerra. Então, a gente teve um momento de preparação, depois vai para essa segunda fase em 64, que é o ano do casamento das princesas, que é o mesmo ano da invasão do Mato Grosso, pelo Solano López (1827-1870) que vai acontecer daqui a pouquinho", entregou ele.
Em Nos Tempos do Imperador, Nélio (João Pedro Zappa) partirá para cima de Tonico (Alexandre Nero) por conta de seu amor proibido por Dolores (Daphne Bozaski). Após uma crise existencial e uma longa bebedeira, o rapaz não se controlará e gritará com o 'amigo': "Verme", dirá ele na novela das seis d Globo.
Apaixonado, o assessor mantém o sentimento em segredo. A pedido do deputado, os dois passam bastante tempo juntos para que o advogado ensine algumas "boas maneiras" à moça. Mas como Tonico é um crápula e vive humilhando a jovem, Nélio não aguentará ao ouvir de Eudoro (José Dumont) que ele é a única saída para livrar Dolores das garras do deputado.
