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Saiba destino de valor milionário arrecadado por pais para filho doente

Pais de Jonatas, que tinha Atrofia Muscular Espinhal (AME), foram presos por usar parte dos milhões arrecadados na campanha para o filho

Redação CONTIGO! Publicado em 24/05/2024, às 11h55

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Jonatas com os pais, Renato e Aline Openkoski - Foto: Reprodução/Instagram
Jonatas com os pais, Renato e Aline Openkoski - Foto: Reprodução/Instagram

Renato e Aline Openkoski, pais de Jonatas, que morreu aos 5 anos de idade por complicações da Atrofia Muscular Espinhal (AME), foram presos em Joinville, no norte de Santa Catarina, na última quarta-feira, 22. O casal estava foragido após ter sido condenado por usar parte dos cerca de R$ 3 milhões arrecadados em campanha para o filho para outros fins como carro, academia, skate e roupas.

Os dois respondem pelos crimes de estelionato e apropriação de bens. A campanha, chamada AME Jonatas, foi criada em 2017 para arrecadar recursos para o tratamento da criança. Após repercutir nacionalmente, o movimento arrecadou cerca de R$ 3 milhões. No entanto, em janeiro de 2022, o pequeno morreu.

"Nosso pequeno grande guerreiro acordou bem, sorriu, tomou seu leitinho e voltou a dormir. Dormiu o sono eterno ocasionado por uma parada cardíaca", escreveram os pais em uma publicação nas redes sociais, na época.

Leia também: Pais de menino doente são presos por desvio de dinheiro de doações

Porém, a investigação começou anos antes. Em 2018, a Polícia Civil de Joinville começou a apurar a campanha por suspeita de apropriação indébita, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O órgão apontava que os pais estavam usando o dinheiro para adquirir bens de luxo.

No mesmo mês em que as investigações começaram, a Justiça bloqueou os valores levantados com a campanha e um veículo, avaliado em R$ 140 mil, que estava no nome dos pais da criança. Em março do mesmo ano, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dos pais. Foram apreendidos diversos produtos entre roupas de marcas famosas e um carro de luxo.

Eles foram condenados em outubro de 2022, em primeiro grau, por estelionato e apropriação de bens. Em março deste ano o período em que o casal poderia recorrer da sentença terminou. Após passarem dois meses foragidos, eles foram presos nesta semana.

De acordo com Rodrigo Maciel, delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami), quando a prisão foi acionada a polícia descobriu que os dois haviam fugido de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina. Porém, na quarta foram encontrados escondidos em um imóvel em Joinville, cidade em que a campanha foi lançada.

Segundo publicado pelo portal G1, o advogado Emanuel Stopassola, representante da defesa de Renato e Aline Openkoski, afirma que "serão defendidos o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e todos os meios de prova e recursos inerentes".

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