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“Sou aquela ciumenta contida, sabe?”, revela Giovanna Rispoli

A atriz espera o momento certo para revelar seu ciúme, admite as fortes pressões que uma criança enfrenta na vida artística e promete ainda mais adrenalina na segunda temporada de ‘Carcereiros’

Jorge Luiz Brasil Publicado em 28/12/2018, às 17h17 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Aos 16 anos, Giovanna enfrenta a transição de menina em moça na frente das câmeras - Divulação: Edu Rodrigues
Aos 16 anos, Giovanna enfrenta a transição de menina em moça na frente das câmeras - Divulação: Edu Rodrigues

Com apenas 10 aninhos, em 2012, Giovanna Rispoli deu os primeiros passos na vida artística, no filme O Menino no Espelho. O belo longa-metragem de Guilherme Fiuza Zenha só seria lançado dois anos depois, mas foi um importante cartão de visitas para a pequena, que, logo, foi chamada para viver a espevitada Shirley, a vilã da primeira fase de Em Família, última novela de Manoel Carlos. No mesmo ano ela interpretou a rebelde Claudia, em Boogie Oogie, que lhe deu o Prêmio Contigo! de TV, como a Melhor Atriz Mirim de 2014. Giovanna ganhou também o Troféu Domingão – Melhores do Ano e a fama nacional. Consagrada como atriz ainda tão jovem, a paulistana teve um importante papel em Totalmente Demais (2015) e no filme Fale Sério, Mãe! (2017) até brilhar, este ano, nas séries O Mecanismo, da Netflix, e Carcereiros, da Rede Globo/GloboPlay. Aos 16 anos, Giovanna faz a complicada transição de menina para moça na frente das câmeras e começa a ganhar personagens mais intensos. Em Carcereiros, ela vivenciou, na pele da Lívia, um sequestro terrível, mas ela afirma que vem muito mais emoção na segunda temporada, ainda sem data para estrear em 2019. “A Lívia vai se mostrar muito mais madura e decidida... Vai mostrar ainda mais um lado adulto e destemido”, promete. Confira a deliciosa entrevista com a jovem, que já deixou de ser uma promessa e se estabelece como um dos principais talentos da novela geração de atrizes.

Como a Claudia, de Boogie Oogie

Você começou sua carreira muito novinha e seus últimos personagens foram meninas bem rebeldes. Você passou por essa fase rebelde também?
Não, eu sempre fui bem tranquila, até demais eu acho (risos)! Se perguntarem a meus pais, com certeza dirão que eu sou meio rebelde, mas é exagero, comparado com minhas personagens e com algumas pessoas que eu conheço. 

Acha que já vivenciou essa rebeldia na ficção?
Tem esse lado também, já vivi minha rebeldia na ficção, porque as personagens eram muito danadas e rebeldes. Acredito que ser atriz também me fez ficar mais madura.

Em Carcereiros, sua personagem fez uma tatuagem escondida do pai. Você já fez algo assim ou tem vontade?
Nunca faço nada escondido, meus pais sabem de tudo! Mesmo sentindo, às vezes, uma vontadezinha de fazer algo diferente (risos). Eu queria fazer tatuagem sim, mas prefiro esperar e ter certeza do que eu gostaria de tatuar.

Que tipo de perdas ou ganhos alguém que começa trabalhar tão cedo sofre?
Acho que trabalhando desde cedo você ganha bastante responsabilidade, como em qualquer outro trabalho. Muitas vezes tendo que abrir mão de algumas coisas, perde-se um pouco sua “liberdade”, fica sempre uma preocupação maior com os julgamentos. Tem coisas que crianças e adolescentes “normais” podem fazer sem receio e eu fico sempre me “vigiando”. Mas por ser uma coisa que eu amo fazer, vale muito a pena.

Carcereiros volta com uma segunda temporada em 2019. O que podemos esperar de sua personagem na série?
A Lívia vai se mostrar muito mais madura e decidida. Ela foi crescendo muito na primeira temporada e, agora na segunda, Lívia vai mostrar ainda mais um lado adulto e destemido.

Como foi a parceria com o Rodrigo Lombardi?
O Rodrigo foi muito importante para todo o processo, me ajudou demais! Foi uma troca incrível e muito intensa, nossa relação fora das cenas ajudou também, sempre com muito amor!

Como foi gravar cenas tão intensas como o sequestro da Lívia?
Foi diferente de tudo o que eu já havia vivido. Tanto o sequestro quanto às cenas que estão por vir na segunda temporada foram extremamente intensas, mas sempre com acompanhamento e isso deixou muito aprendizado. Adoro viver essas experiências como atriz.

Como foi participar da série O Mecanismo, na Netflix? Como avalia a abertura de campo de trabalho com as produções originais nacionais dessas plataformas de streaming?
Mesmo sendo uma participação pequena, muitas pessoas comentaram, então foi uma experiência bem bacana. O Brasil tem produzido conteúdos incríveis nessas plataformas, na telinha e no cinema, com reconhecimento internacional e isso é ótimo para nós.

O que você assiste na TV?
Eu assisto programas de entretenimento, algumas novelas e muitas séries! É definitivamente o que eu mais assisto! Amo assistir filmes também, mas as séries são minhas favoritas.

Você está entrando numa fase de viver romances em seus trabalhos. Seu namorado, Felipe, é ciumento? Como acha que ele vai lidar com cenas mais sensuais?
Ele é ciumento sim (risos), mas entende que faz parte do meu trabalho. Em Carcereiros tive um namorado na primeira temporada que era o Léo (Gabriel Santana) e, nos episódios finais, apareceu o Lucas (Matheus Fagundes), que continuará na segunda temporada. Felipe já me falou que, se aparecerem cenas de beijo, ele prefere não ver (risos).

E você? É ciumenta?
Sou, bastante! Mas sou aquela ciumenta contida, sabe? Que fica se remoendo por dentro e não fala e, quando surge algum assunto relacionado, desconto tudo (risos)!

Sempre discreta, a atriz postou uma linda declaração de amor ao namorado

Você tinha um canal no YouTube, o Javanna's, feito junto com a amiga Jade Rocha, mas interrompeu o projeto por conta dos comentários machistas que recebia. Como é pra você, tão jovem, enfrentar esse tipo de comportamento?
Eu acho muito triste. O machismo está impregnado em nossa sociedade e ainda é levado como “normal”, “brincadeira”, “piada” por muitos. Na rua diariamente fico indignada, como a maioria das mulheres devem ficar, com buzinas, olhares e até gritos. Isso irrita demais, tenho medo também. Pior ainda é a sensação de que não posso mudar isso.  Os comentários do canal eram horríveis, mas, pelo menos, não me sentia ameaçada “diretamente”, porque parecia uma coisa distante, mas, mesmo assim, preferimos parar.

Não pretende retomar o canal?
Não sabemos. Eu gosto de gravar os vídeos, é muito divertido. Acho que cada vez ficará mais complicado, porque com a demanda da escola e dos novos trabalhos que estão chegando, é bem difícil conciliar. Também tem a Jade que quer fazer Medicina, então, esse terceiro ano vai ser puxado para ela também (risos)! Isso tudo sem contar a questão que mencionei anteriormente. Se os homens não assistissem nossos vídeos com outras intenções – e olha que não eram poucos –, seria um estímulo maior para voltar com o Javanna’s.

Existem mulheres que apoiam o machismo. O que você diria para essas pessoas?
Eu, como mulher, não consigo entender o ponto de vista dessas mulheres. Acho que é um pensamento que veio de gerações passadas, que, para alguns, é difícil de ser mudado. Acho inconcebível, somos por natureza, todos iguais e deveríamos ter os mesmos direitos e sermos tratados com igualdade.

Tem alguma superstição de fim de ano, para o réveillon?
Tenho algumas sim. Sempre passo de branco, buscando a paz, que é o que mais precisamos no mundo. Procuro ter alguma peça de roupa nova, para atrair novas energias, e sempre pulo as sete ondinhas no mar!

Quais são as expectativas para 2019?
Nossa, são muitas! Espero sempre que seja melhor que o ano que está passando, que seja tranquilo e que aconteçam menos coisas ruins no mundo. Mais paz, mais AMOR, mais bondade, mais humanidade!!!! Desejo para mim, para minha família e amigos sempre alegrias e cumplicidade, e profissionalmente, novos trabalhos desafiadores! Já estou ansiosa!!!