Contigo!
Busca
Facebook Contigo!Twitter Contigo!Instagram Contigo!Youtube Contigo!Tiktok Contigo!Spotify Contigo!
Famosos / VOCÊ SABIA?

Selinho entre Glória Pires e filha: Especialista aponta riscos em beijar os filhos na boca

Psicólogo Especialista em Relacionamentos, Alexander Bez aponta riscos no ato de beijar os filhos na boca, como feito entre Gloria Pires e Ana Morais

Redação Contigo! Publicado em 14/06/2024, às 17h08

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Selinho entre Glória Pires e filha: Especialista aponta riscos em beijar os filhos na boca - Reprodução/Instagram
Selinho entre Glória Pires e filha: Especialista aponta riscos em beijar os filhos na boca - Reprodução/Instagram

Um vídeo de Glória Pires e a filha Ana Morais está viralizando na internet nesta semana, pois elas aparecem trocando selinhos repetidas vezes durante uma troca de carinhos. Para entender mais do assunto, a CONTIGO! conversou com o psicólogo especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami (UM) Alexander Bez, que apontou os riscos de beijar os filhos na boca.

De antemão, o profissional da saúde mental recomendou que os pais não façam isso com os herdeiros, pois o ato pode gerar confusão dos menores: "Mesmo que de forma carinhosa e inocente como um selinho, pode trazer implicações psicológicas complexas. Este tipo de comportamento pode gerar confusão nas crianças sobre as fronteiras físicas apropriadas entre pais e filhos. Além disso, pode influenciar a percepção delas sobre o que constitui comportamento adequado em outros relacionamentos".

Ele ainda aconselha que os responsáveis prefiram beijos na bochecha e abraços porque são gestos que causam menos confusão nas crianças. "É importante que os pais estejam atentos às reações dos filhos e comuniquem claramente o significado dos gestos de carinho, respeitando sempre o espaço e o conforto da criança. Caso os pais percebam qualquer desconforto ou confusão no seu filho(a), recomendo reconsiderar esses gestos e buscar alternativas que não comprometam o desenvolvimento saudável das fronteiras pessoais da criança", acrescentou.

Bez ainda aponta que o ato pode significar um tipo de dependência emocional por parte dos pais: "Quando os pais buscam esse tipo de intimidade física com os filhos, pode ser um sinal de que eles estão projetando suas próprias necessidades emocionais na relação com a criança".

Leia a entrevista completa com o especialista:

A criança pode crescer com uma visão deturbada a respeito do carinho e toque físico?

Sim, é possível que a criança cresça com uma visão deturpada a respeito do carinho e do toque físico se for acostumada a receber beijos na boca dos pais. Esse tipo de comportamento pode levar a uma confusão sobre os limites adequados de intimidade, não só no contexto familiar, mas também em outras relações sociais e afetivas.

Quando os pais introduzem gestos de carinho que são normalmente reservados para contextos românticos ou de parceria íntima, a criança pode ter dificuldades em distinguir entre diferentes tipos de relações e os respectivos níveis de proximidade física apropriados para cada uma delas. Isso pode resultar em comportamentos inadequados ou mal interpretados no futuro.

Portanto, é crucial que os pais estabeleçam e mantenham limites claros e saudáveis em suas demonstrações de afeto. Optar por formas de carinho mais convencionais e universalmente aceitas, como beijos na bochecha, abraços ou carícias no cabelo, pode ajudar a criança a desenvolver uma compreensão mais clara e apropriada dos limites físicos e emocionais nas suas relações.

É aconselhável pais trocarem esse tipo de selinho com os filhos?

Não é aconselhável que pais troquem selinhos com os filhos. Embora a intenção por trás desse gesto possa ser de carinho e afeto, ele pode criar uma confusão sobre os limites apropriados de intimidade entre pais e filhos. (...)

Para evitar essa confusão e ajudar a criança a desenvolver uma compreensão saudável e clara dos limites físicos e emocionais, é melhor que os pais optem por formas de carinho mais convencionais, como beijos na bochecha, abraços e carícias no cabelo. Esses gestos são amplamente aceitos e não carregam a mesma carga de potencial confusão que um selinho pode trazer.

Estabelecer e manter limites claros e saudáveis nas demonstrações de afeto é fundamental para o desenvolvimento emocional equilibrado da criança. Portanto, recomendo que os pais reconsiderem a prática de dar selinhos nos filhos e escolham formas de carinho que respeitem esses limites.

Esse gesto pode indicar algum tipo de dependência emocional por parte dos pais?

Sim, o gesto de dar selinhos nos filhos pode, em alguns casos, indicar algum tipo de dependência emocional por parte dos pais. Quando os pais buscam esse tipo de intimidade física com os filhos, pode ser um sinal de que eles estão projetando suas próprias necessidades emocionais na relação com a criança. Essa projeção pode refletir uma dificuldade em estabelecer limites saudáveis ou uma necessidade de preenchimento emocional que deveria ser atendida em outras relações adultas.

Essa dinâmica pode ser problemática, pois a criança pode sentir uma pressão para corresponder a essas expectativas de afeto, o que pode influenciar negativamente seu desenvolvimento emocional e sua capacidade de estabelecer relações saudáveis e independentes no futuro. A criança pode crescer sentindo uma responsabilidade exagerada pelo bem-estar emocional dos pais, o que não é adequado para seu desenvolvimento.

Portanto, é essencial que os pais estejam cientes de suas próprias necessidades emocionais e busquem formas apropriadas de atendê-las que não envolvam a criança. O estabelecimento de limites claros e o respeito pela autonomia emocional da criança são fundamentais para um desenvolvimento equilibrado e saudável.