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Famosos / ENTREVISTA

Nanda Costa revela ter passado dois meses longe das filhas: 'Ficaram em casa'

Em entrevista à Contigo! Digital, Nanda Costa ainda comenta os desafios que encarou para viver cantora de piseiro em série do Globoplay

Fernanda Chaves Publicado em 18/06/2024, às 14h35

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A atriz Nanda Costa - Foto: Globo
A atriz Nanda Costa - Foto: Globo

Após o fim de Justiça 2, Nanda Costa conta como foi viver uma cantora de piseiro na série do Globoplay e reflete sobre a justiça divina e a dos homens. A artista ainda conta como foi ficar longe das filhas, Kim e Tiê, durante as gravações em Brasília.


A Milena, da série Justiça 2, é seu maior desafio?
Toda personagem eu acho que é o maior desafio da minha carreira e depois vem um novo, que aí eu me surpreendo. Então, agora, eu sinto que é assim, mas imagina em Salve Jorge e outros desafios, Entre Irmãs, filmar no sertão um longa que é série e tantos outros trabalhos diferentes. E nessa a gente começa contando a história de uma menina que passa por muita coisa já no primeiro episódio, vai presa e sai sete anos depois. A gente não vê o tempo que ela ficou presa, então trazer isso no olhar, esse peso, não consigo nem imaginar o que uma pessoa passa durante sete anos na prisão, como ela sai depois. E depois que sai, ela vai se transformando cada vez mais, a Jordana [Paolla Oliveira] vai moldando um pouco ela.

Além disso tudo, qual foi sua grande dificuldade nesse trabalho?
Cantar é um desafio, porque eu não sou cantora. Sou atriz, mas brinco de cantar de vez em quando e calhou de ser logo depois que eu fiz o The Masked Singer, que me preparou, eu tive mais experiência em estúdio, já tinha gravado algumas coisas, mas ali foi um intensivo. Acho que muita coisa, que são muitas camadas. Ficar longe das meninas também foi um grande desafio, mas também foi bom, porque eu tinha mais tempo para estudar, para decorar e para trabalhar.

Foi a primeira vez que você ficou longe das suas filhas? Ficou quanto tempo gravando em Brasília?
Fiquei uns dois meses, mas não foi a primeira vez, a primeira foi no The Masked Singer, que eu fiquei dois meses em São Paulo. Na verdade, eu levei as meninas, porque eu jurava que ia sair na primeira semana e aí eu fui ficando, daí as meninas acabaram indo porque elas iam passar uma semana e ficaram comigo. Mas, em Justiça, elas ficaram em casa.

E aí era muita chamada de vídeo?
Toda hora e elas amavam, porque eu aparecia com a peruca loira e aí elas linkaram com o trabalho. Agora toda vez que falo que estou indo trabalhar elas perguntam: 'Vai ficar loira, mamãe?' [risos].

Como foi fazer uma cantora de piseiro?
O piseiro tem um estilo muito próprio, as cantoras tem um timbre diferente. Por exemplo, Simone Mendes, Marília Mendonça, eu amo, o João Gomes também é um cara que tenho escutado muito. Eu já tinha escutado, mas passei a ouvir muito e passei a gostar. E aí, quando a gente gosta, a gente vai tendo mais respeito, pensando: 'Caramba, as mulheres arrasam demais!'. Mas aí eu penso que é a Milena que está ali, que a Jordana vai levá-la a fazer sucesso de qualquer forma, então estou garantida.

O que é justiça para você? Ainda mais agora, sendo mãe, isso mudou?
A justiça nem sempre é justa, né? Eu sempre rezo pela vitória, sou libriana, gosto da justiça, detesto injustiça, gosto de harmonia. Eu sofro muito quando vejo a injustiça acontecendo. Eu acabei de fazer o Dona Lurdes – O Filme e fiquei pensando, já que você falou da maternidade, porque a dona Lurdes [Regina Casé] passou a vida inteira procurando um filho e cuidando dos outros que estavam por ali e acho que quando a gente se torna mãe, os filhos ficam protagonistas da nossa vida. E nesse momento do filme a dona Lurdes pega o protagonismo de volta para ela, quando os filhos saem de casa. Então acho que é muito justo, ainda mais falando hoje em dia sobre etarismo, ter uma personagem que entra no aplicativo de relacionamento, que namora, que fala para o filho que agora ele precisa bater na porta antes de entrar. Acho que ela está resgatando a vida de volta. Então, já que você falou da maternidade e a gente está falando de justiça, acho muito justo a gente buscar o nosso protagonismo ou não deixá-lo de lado. Isso é um paralelo, né, pessoal assim, mas acho que a Milena passa por tudo isso, comete pequenos delitos, mas pagar por um crime desse tamanho é muito mais sério. Ela fala: 'Já paguei por isso, não tenho tempo para perder e eu quero o meu sonho, sabe'.

Justiça para a Milena é ela viver esse sonho de ser cantora, que foi interrompido. E para você, o que é justiça?
A gente fica pensando em justiça... será que é justo? Porque a Milena talvez não tivesse tido sucesso se ela não tivesse passado por isso tudo, né? Então será que é justo? Será que ela tem talento de verdade? São mil perguntas. Eu acho que existem alguns tipos de justiça, a divina, e eu acredito, tenho muita fé. Então, às vezes não é essa justiça da lei dos homens, mas eu acredito numa justiça maior.