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Giovanna Lancellotti relata energia "pesada" gravando cenas de época: "Intenso e forte"

Giovanna Lancellotti relata dificuldade em separar a ficção da realidade ao gravar cenas em fazendas de escravidão no novo filme 'Nada É Por Acaso'

Julia Palmieri

por Julia Palmieri

jpalmieri@editoracaras.com.br

Publicado em 17/11/2022, às 07h30 - Atualizado às 16h22

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Giovanna Lancellotti relata energia "pesada" gravando cenas de época: "Intenso e forte" - Reprodução/Pedro Chacal Rodríguez
Giovanna Lancellotti relata energia "pesada" gravando cenas de época: "Intenso e forte" - Reprodução/Pedro Chacal Rodríguez

Nesta quinta-feira (17) estreia o filme Nada É Por Acaso, que conta um elenco de peso. Giovanna Lancellotti, Mika Guluzian, Rafael Cardoso e Tiago Luz protagonizam histórias distintas de dois casais que se conectam entre si de diversas maneiras.

Na história, Marina, personagem de Giovanna Lancellotti, volta de uma viagem com cinco milhões de reais na conta. Misteriosa, ela guarda um segredo sombrio. Maria Eugênia, vivida por Mika Guluzian, que também esconde segredos e inseguranças, além de ter uma relação com Marina que ela mesma ainda desconhece.

Mantendo a curiosidade para entender a história, o filme conduz o telespectador para uma jornada que une espiritismo, reencarnação e entre outras reflexões sobre vidas passadas. Em entrevista exclusiva para a CONTIGO!, o diretor do filme, Márcio Trigo, explicou qual é a principal premissa do longa.

“A dificuldade ficou em fazer uma história bem contada. Sem parecer uma coisa didática, uma coisa doutrinária. A gente toca em assuntos espíritas, mas eu não acho que seja um filme espírita e sim espiritualista. Ele trabalha com a espiritualidade das pessoas. A gente transformou o filme num thriller psicológico, que de repente tem um suspense, tem uma traição. Pra depois a gente ver que tudo se amarra no final”, contou ele.

Em um filme carregado de tantas emoções, drama e suspense, a atriz Giovanna Lancellotti explicou que teve algumas dificuldades em interpretar a sua personagem Marina.

“Eu sou uma pessoa muito expansiva, de personalidade forte. Falo com as mãos, falo muito, falo alto. Então a personalidade da Marina era oposta a minha. Ela é uma menina que estava passando por uma culpa, um segredo. Eu sou uma pessoa que não tem segredo. Eu sou extremamente transparente, eu falo até demais. Era aquela pessoa misteriosa.  Eu não sou misteriosa. Eu tive um pouco da dificuldade do menos, você ter que se diminuir num certo lugar”, afirmou.

Mika Guluzian, que vive Maria Eugênia, revela que teve desafios bem parecidos com a de Giovanna Lancellotti.

“A minha personagem a Maria Eugenia, é muito tímida, frágil, ela é manipulada, ela cresceu nas sombras da mãe. Ela não tem voz, isso ficou muito marcado. E isso foi muito difícil pra mim porque eu tenho muita energia para falar, para me posicionar, eu não me identificava com a Maria Eugenia. Eu não conseguia encontrar aonde eu ia colocar essa coisa frágil, tímida, pequena. Então pra mim foi difícil encontrar como a Mika poderia interpretar da melhor maneira essa personalidade que era tão importante”.

A atriz ainda ressaltou que precisava se concentrar muito para trazer a sensibilidade necessária para cada cena.

“Eu fiz um processo de me concentrar muito na época das gravações. Eu via filmes tristes na época. Eu fui trabalhando o meu emocional. Tem músicas que me conectam, que me trazem para esse universo místico e pesado, que me tocam emoções que eu não sei de onde vem. Eu fiquei naquele mês muito concentrada como Maria Eugênia e evitando emoções muito dispersas. Quando eu chegava no set eu já ficava chorando lá fora pra eu entrar chorando”, relembra.

Na trama, também são abordados temas muito delicados, uma vez que algumas cenas são passadas em outra época, onde ainda existiam fazendas de escravos e pena de morte, por exemplo. Tudo foi retrato de forma muito realista no filme. Giovanna Lancellotti explica que foi pesado gravar esse tipo de cena.

"Pra mim o mais pesado foi esse lance da vida passada, o cenário da vida passada. A gente tinha ali figurantes, todos caracterizados, numa fazenda real, que era uma fazenda de escravidão. A gente tinha uma forca, uma pessoa sendo enforcada, outras levando chibatadas. Por mais que fosse uma coisa cinematográfica, aquilo aconteceu, e por um momento a gente se sentia teletransportada para aquele universo. Aquilo era pesado, era intenso, forte. Foi um processo de catarse aquilo. Parecia que eu tinha ido pra um outro mundo mesmo. Eu acho que o ator tem que saber também entrar e sair desse lugar", contou.

Por fim, Márcio Trigo define a reflexão que o filme pretende trazer.

“Traz essa emoção, de saber doar, traz uma mensagem de amor, isso que a gente quis passar no final.  Porque as coisas não acontecem por acaso né. As duas estão juntas não é por acaso. No final eu quis passar uma cena bem emotiva e que desse a sensação de que a vida vai pra frente. E a gente tendo amor a gente vai ter tudo né", finalizou.

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