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Exclusivas / REPRESENTATIVIDADE

Artista cega, Analú Faria avalia mercado artístico: ‘Precisa se adaptar às nossas necessidades’

Analú Faria está em cartaz com a peça Conexão. Em entrevista à Contigo!, a artista compartilha sobre o espetáculo e avalia mercado artístico

#Paraomundover - AnaLú Faria está sorrindo, com cabelo preso e com dois dedos apoiados no queixo - Alex Serafim
#Paraomundover - AnaLú Faria está sorrindo, com cabelo preso e com dois dedos apoiados no queixo - Alex Serafim

A artista Analú Faria é atriz, acrobata, trapezista e também uma pessoa com deficiência visual. E, atualmente, está em cartaz com o espetáculo Conexão. A trama explora os conflitos internos de um indivíduo dividido entre dois lados antagônicos de sua própria personalidade. Em entrevista à Contigo!, ela analisa o mercado artístico: ‘Precisa se adaptar às nossas necessidades’.

Analú reforça que o mais importante de tudo é a acessibilidade, ela menciona que esse tema está avançando, mas ainda de maneira muito lenta na área: "A gente já está começando a ver que as intituições estão começando a se articular para promover acessibilidade".

"Quando eu falo de acessibilidade, eu falo de acessibilidade arquitetônica, rampas de acesso, audiodescrição. Para pessoas neurodivergentes uma sala de apoio para que elas se sintam confortáveis. Um interprete de libras para que uma pessoa surda possa ter a oportunidade de assistir o espetáculo que contemple sua língua", complementa.

Analú também fala de acessibilidade no cinema: "Ainda é uma guerra muito grande, como por exemplo, ir assistir um filme. Hoje, estou tendo o prazer de voltar a ir para as salas de cinema depois de muito tempo que eu fiquei cega, porque já estamos vendo filmes com audiodescrição, não são todos os filmes, mas isso é muito bacana".

Nos palcos

Analú está em cartaz com o espetáculo Conexão. Ela divide o palco com Thiago Tambuque (40). É uma peça que utiliza o corpo como uma ferramenta cênica e explora uma fusão de diversas linguagens artísticas, como dança, arte circense e dramática. 

A atriz comenta sobre o espetáculo: "Fala do conflito interno de um homem em dado momento de sua vida, um momento de refletir sobre o certo e errado, o bem e o mal, a vida e a morte. O espetáculo brinca com isso e leva para o inconsciente". 

"E vem o amor para quebrar um pouco essa treva e mostrar para ele que o amor te ajuda. Essa é a provocação. O limite do corpo e da mente. Porque é isso, da mente por conta dos conflitos e do corpo porque é um artista de 42 anos que se desafia com essa linguagem em 45 minutos de espetáculo", finaliza.