Caetano Veloso e Gilberto Gil - (Foto: Divulgação)
VOCÊ SABIA?

Apresentador foi acusado de colaborar com prisão de Gilberto Gil e Caetano Veloso

Gilberto Gil e Caetano Veloso, cantores e amigos íntimos, já foram presos após a declaração em rede nacional de um ex-apresentador da Record

Adriel Marques Publicado em 05/03/2024, às 17h00

Randal Juliano, ex-apresentador da Record, foi acusado de colaborar com a prisão de Gilberto Gil e Caetano Veloso. O comunicador comandava o extinto Guerra é Guerra, em 1968, com uma disputa entre cantores da Jovem Guarda contra os da Tropicália. O Ato Institucional Número 5 (AI-5) foi lido no ar, após a publicação, durante a transmissão da atração. Uma nota de jornal também foi divulgada no veículo de comunicação pelo profissional, relatando que os amigos cantaram o hino nacional dentro da Boate Sucata.

 O espaço ganhou notoriedade por ser a primeira casa de shows do Rio de Janeiro. Qual o problema em interpretar o hino? Segundo o texto, os músicos entoaram a letra de maneira subjetiva. Isso foi o suficiente para levantar uma polêmica na época. O ocorrido acabou antecipando os exílios e prisões Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os famosos foram presos por agentes da ditadura militar pelo motivo de incitar a juventude à rebeldia.

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Depois de passarem cerca de um mês na solitária, a acusação ganhou fama de insulto à pátria. O encarceramento dos artistas movimentou o país, representando o fim da Tropicália no Brasil e o começo de uma intensa perseguição. No palco da Boate Sucata, com outros cantores convidados, os colegas escolheram divulgar um desenho de Hélio Oiticica.

A ilustração era composta por um homem morto e a inscrição: “Seja marginal, seja herói”. Randal Juliano, jornalista que noticiou que Gil e Veloso teriam desrespeitado o hino nacional, fez com que a polícia tomasse providências severas. A voz de prisão foi dada por tentativa de quebra do direito e da ordem institucional e mensagens objetivas e subjetivas à população. Durante uma quarta-feira de cinzas, em fevereiro de 1969, Gil e Caetano foram considerados inocentes e soltos.

O comunicador, em entrevista à Jô Soares, no SBT, vinte anos depois, se desculpou: "Se eu adivinhasse, se eu intuísse, se eu percebesse, se eu tivesse uma premonição qualquer, ou um aviso vindo de qualquer lugar desse mundo, de outro mundo, que os fatos aconteceriam da maneira como aconteceram, eu não teria feito aquele comentário". No documentário Narciso em Férias, do streaming Globoplay, Caetano Veloso disparou relembrando dos acontecimentos: "Que coisa terrível! Eu estou rindo, mas é muito sério".

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