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TV / ANÁLISE

'Tento fazer TV com intuição. Não sou um showman', avalia Luciano Huck

Em entrevista à Contigo! Digital, o apresentador Luciano Huck celebra mais uma temporada do Dança dos Famosos e comenta sobre carreira

Fernanda Chaves Publicado em 13/03/2024, às 19h30

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Luciano Huck analisa carreira de apresentador - Globo/João Cotta
Luciano Huck analisa carreira de apresentador - Globo/João Cotta

O apresentador Luciano Huck (52) comemora o seu terceiro ano à frente do Domingão. Em entrevista à Contigo! Digital, ele faz balanço do próprio desempenho na atração da TV Globo, admite que acompanha a audiência, conta como costuma fazer seu trabalho e, agora, celebra a estreia de mais uma temporada da popular Dança dos Famosos. 

Você anunciou o elenco da nova temporada da Dança dos Famosos. Gosta de fazer esse quadro?

- É uma herança maravilhosa do Fausto [Silva], que adoro fazer. E por mais simples que seja a execução dele, você vê no ar duas pessoas dançando, mas o quanto ele é complexo de ser construído, desde o
elenco, até a infraestrutura para as pessoas participarem. O Dança é uma explosão de show, em todos os sentidos, de figurino, de cenografia, de produção musical, ele é pensado nos mínimos detalhes. E sei que aquele conteúdo é bom, que os minutos vão estar sendo preenchidos com coisas que as pessoas gostam de assistir e se conectam, eu vejo em casa, minha sogra gosta, Angélica gosta, minha filha gosta, todo mundo gosta, então é uma fase do ano pra gente muito boa.

Você acompanha a audiência?

- Sim. Acho que eu passei por vários ciclos na TV Globo, estou aqui há 24 anos e cada vez que você tem uma liderança diferente, você tem ciclos diferentes, com seus ativos, com seus passivos., cada liderança
que passa pela TV Globo você a imprime, decanta em desdobramentos interessantes no ecossistema de
produção que a gente tem aqui. O ciclo que está vindo hoje, com o Amauri Soares [diretor dos Estúdios
Globo], com quem tenho uma relação muito boa, ele é muito mão na massa no dia a dia da TV.

Como assim?

- De querer contribuir, acho que está todo mundo jogando muito junto. Então a questão da audiência, que é uma coisa superimportante, porque, no final das contas, isso aqui não é uma TV educativa, é
uma TV comercial, quanto mais gente nos assistir é o sucesso do nosso negócio, vamos dizer assim, enquanto uma empresa de comunicação, quando você joga junto, fica mais fácil. Então, hoje em dia, tem muitas questões na audiência, tem futebol na concorrência, tem outras coisas, domingo é um horário muito competitivo. E quando você poder dividir essa responsabilidade e angústia também com gente que sabe muito bem disso, é muito bom.

Então você acompanha o ibope?

- Sim, do mesmo jeito que eu produzo e valorizo cada minuto no Domingão. Esta semana vou ter 164 minutos e aí na outra começa o Campeonato Brasileiro e tenho 126. Quando preciso, eu ligo na programação e falo: “Preciso de 3 minutos”. E aí tem a turma que vai ver por que me dar esses minutos, está todo mundo jogando junto. Aquela coisa de falar ‘Somos uma só Globo’, hoje se materializou, mesmo. Quando estou vendo audiência, sei que tem um monte de gente
preocupado com aquilo também

Acaba que não é uma preocupação apenas do apresentador do programa então?

- É porque é resultado de estudo, de pesquisa, de análise da concorrência, de onde é que a gente vai colocar os breaks, como é que eles vão ser, essa ciência da programação, porque não é aleatório. Acho que talvez seja uma resposta um pouco mais complexa. Mas não é uma angústia, faz parte do nosso trabalho. A gente trabalha para que o maior número de brasileiros seja impactado positivamente com o nosso conteúdo.

Como se sente nesses quase três anos de Domingão?

- É uma enorme responsabilidade e um privilégio gigantesco poder falar com 40 milhões de brasileiros,
conversar com eles todo domingo à noite. O sábado é incrível, meu ciclo no Caldeirão foi muito virtuoso,
bacana, mas a sensação que eu tinha é que eu conversava com a dona Maria, ela chegava do almoço, sentava e a gente tinha uma conversa com calma, que eu contava uma história para ela que levava 50 minutos e ela ficava comigo. O domingo ela está lá também, mas está o genro, a filha, a neta, está todo mundo na sala e as pessoas não querem se concentrar numa coisa só, elas querem ver um monte de gente, é uma extensão da sala de visita, não é uma conversa só nós dois, tem mais gente e eu tenho que fazer parte, tenho que entrar naquela sala. Estou muito feliz!

Você é intuitivo?

- Acho que sim, eu tenho que ser, porque eu não sou uma carinha bonita da televisão brasileira, também não sei dançar, não sei cantar, não sou repentista, não faço piada pronta, não sou um showman, eu sou um showrunner, eu tento fazer televisão com a intuição, juntando gente muito boa, tentando entender o que o telespectador espera de mim que eu possa dar, que eu faça parte, porque, hoje em dia, se você não tiver e isso vale pra qualquer coisa, você não precisa estar só no Big Brother para sua máscara cair. Se você não é verdadeiro, se a sua persona fora do ar não é a sua
persona pública, não dura três meses. Quantos nomes ficaram pelo caminho porque o que a pessoa era num lugar não era o que era em outro, não dá certo. Eu falando com você aqui vai ser a mesma pessoa que vai estar daqui a pouco no ar, que vai estar assistindo ao jogo do Corinthians, trocando ideia com o Preto Zezé, eu sou isso aqui, gostem ou não.