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TV / NO RODA VIVA

Ana Maria Braga nega aposentadoria e elogia relação com a cúpula da Globo: "Diálogo honesto"

No Roda Viva, apresentadora também falou de libido, do casamento recente e contou que não vai se posicionar politicamente

Redação Contigo! Publicado em 21/09/2020, às 22h40 - Atualizado às 23h21

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Ana Maria Braga abre o coração no centro do Roda Viva - Reprodução/TV Cultura
Ana Maria Braga abre o coração no centro do Roda Viva - Reprodução/TV Cultura

Em uma rara entrevista na TV, a apresentadora Ana Maria Braga esteve no centro do Roda Viva, programa exibido pela TV Cultura.

Nesta segunda-feira (21), ela abriu o coração ao falar sobre temas polêmicos, como o mais recente câncer, o quarto que ela enfrentou. Ela disse que não lidou bem ao descobrir que novamente enfrentaria um tratamento contra a doença.

"Cada vez, a cada susto, quando você acha que já se livrou, ele voltou em outra área, de outra forma. Quando meu médico disse que a gente ia ter que olhar de novo, é o mesmo susto, a mesma reação. É um nome que assusta muito qualquer pessoa. Quanto antes é descoberto é melhor, mas é um baque muito grande. Aí você se refaz e diz: vamos guerrear e vencer essa brincadeira séria. Eu adoro viver", declarou.

A apresentadora também disse que ainda não se livrou totalmente do vício em cigarro e que a luta é diária.

"Como aquelas pessoas que dependem de uma droga, a gente não pode dizer nunca. Eu falo que hoje eu não fumo, estou sem fumar. Tem dias que eu venço essa guerra, tem dias que não venço e não tenho vergonha nenhuma de falar isso. Eu continuo dependente. Tem dias que eu venço, tem dias que não", disse ela.

Na conversa franca, foi abordado uma recente polêmica: é que o Mais Você vai retornar para São Paulo, o que gerou muito burburinho. Parte da imprensa chegou a afirmar que a mudança poderia significar o fim de sua atração. Ela negou.

"Uma das coisas que eu tenho mais tranquilidade é minha relação com a direção da Globo. Sempre tive um diálogo muito honesto, portas abertas. Tudo o que conversei nunca deixou de ser cumprido. Nunca eu tive uma repreensão. Eu sei o que ela espera de mim, sei os meus limites. Agora, por exemplo, quando começaram a falar que eu não voltava mais, eu sabia exatamente o que foi tratado e qual seria o futuro. Há um ano a Globo estava se preparando comigo sobre a volta para São Paulo. É minha casa, eu não tive insegurança de dizer que precisava procurar outra emissora. É uma especulação, não me atinge, eu tô fazendo projeto. Como é que eu posso ficar insegura? Nunca teve isso, só acontece fora, comigo não", afirmou.

Veja abaixo o que a apresentadora disse sobre os temas perguntados:

CASAMENTO 

"Um dos grandes valores do ser humano é mudar de ideia. Se a gente nunca mudar, vai ser uma chatice danada. Naquele momento [ela disse no passado que não pensava em casamento] eu estava com algum problema de relacionamento que me fez mal, mas é tão bom ficar pertinho. Eu estou aprendendo a conviver ainda, ele não fala português, tem hábitos diferentes. Mas é muito bom", disse ela que casou recentemente com o francês Johnny Lucet.

APOSENTADORIA

"Eu tenho pensado muito nisso, os meus filhos falam isso, os maridos, os amigos. Por que essa vida? Não é uma vida fácil. Parece que tem uma torcida, não sei muito bem porque, mas eu paro e penso: acho que eu podia mesmo [parar]. Mas quando eu tô lá [em sua fazenda] eu fico pensando: o que eu ia ficar fazendo lá mais do que uma semana? Eu não consigo me imaginar nessa posição [de aposentada] porque eu adoro o que eu faço. Adoro. É um prazer tão grande, porque eu vou parar? A não ser que alguém fale: chega, não dá mais, você tá gagá. Mas enquanto fo prazeroso, eu vou continuar lá porque não sei o que fazer fora disso."

VERDADE NO AR

"Eu conto que tô chateada, que tô com gripe, infeliz... cria uma verdade. Eu tenho um veículo de comunicação que chega muito rápido nas pessoas. Eu tento usar da forma de fazer o dia melhor, tanto meu como o das pessoas. Eu não vejo necessidade de exagerar [na exposição]."

PARCERIA COM FÁTIMA NO ENCONTRO

"Eu fiquei pouco tempo fora do ar porque na semana passada eu completei cem dias dentro do Encontro. A gente teve um privilégio [poder trabalhar em casa}, a Fátima teve uma gentileza de ceder um pouquinho do espaço. Ficar em casa é um privilégio, fazia anos que eu não ficava."

RELACIONAMENTOS COM HOMENS MAIS JOVENS

"Esse negócio de juventude sempre me fez muito bem, ninguém nunca reclamou."

NOVO MAIS VOCÊ

"A gente tem uma equipe no Rio de Janeiro fazendo jornalismo. O programa mesmo sendo feito aqui, será transmitido de lá. Eu mantenho como tinha antes uma equipe no Rio de Janeiro."

MUDANÇA DE EMISSORA

"Eu tenho amigos em todas as emissoras e eu tive a oportunidade de conversar com muita gente, como amigo. Eu, obviamente, já recebi umas perguntas: o que precisaria pra me levar pra tal lugar? E eu respondo: o dia que estiver insatisfeita, vocês vão ser os primeiros a fazer."

SAÍDA TURBULENTA DA RECORD

"Eu tive uma briga com bispo Gonçalves por culpa de um pagamento, numa sexta-feira e ele disse pra não voltar. Eu perguntei se ele queria que eu fizesse mais uma semana e ele disse que não."

FAKE NEWS

"As pessoas gostam mais de acreditar naquela inverdade. Por mais que diga no meu programa, as pessoas ainda vão dizer que é mentira.  Então pra que falar?."

POLÍTICA

"Eu faço tudo com muita cidadania. Quando eu coloco um colar de arroz, de cebola, de tomate, é uma forma de dizer que a gente está ali e está achando tudo muito esquisito. Aqui na minha casa eu não discuto política. Eu tenho dois ouvidos, eu escuto coisas de pessoas perto de mim que eu não acredito, mas eu já senti que não adianta dizer que não porque as pessoas acreditam no que acreditam e eu acredito no que eu acredito. A minha função no meu trabalho não é dizer em quem votar, já tem o jornalismo. Eu não devo exercer essa função porque qualquer opinião minha pode levar as pessoas. Eu não fiz nunca [posicionamento político], não vou fazer. Minha opinião eu tenho, mas antes de dar eu tento receber a melhor informação."

VÍTIMA DE ASSÉDIO

"Eu acho que o mundo tá mudando. Eu cheguei aqui em São Paulo na década de 70. Naquela época, tinham diretores que onde quer que a mulher trabalhasse, sem dúvida nenhuma existiam paixões e existiam pessoas que eram assediadas. Eu sofri um dessas ameaças e eu repudio. Eu fui falar com o chefe e ele não acreditou comigo."