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TV / TV GLOBO

Censura, prêmios e pioneirismo: A história completa da Rede Globo

Conheça a história completa da emissora que acumula milhares de telespectadores ao redor do mundo; veja

Gabriel Santana (@santanagabriel) Publicado em 07/10/2022, às 19h47

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Imagem meramente ilustrativa - Divulgação / Holger Langmaier por Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Divulgação / Holger Langmaier por Pixabay

O Grupo Globo — considerado o maior conglomerado de conteúdo audiovisual da América Latina — surgiu em 1925 por meio da fundação do jornal O Globo. Além da TV Globo, dentro do grupo estão os canais: GNT, Multishow, SportTV, Telecine, Futura e muitos outros. A marca está presente, ainda, no cinema com a Globo Filmes e no streaming com o Globoplay. Outras empresas do grupo são: Editora Globo, Globo Livros e Sistema Globo de Rádio.

No Rio de Janeiro, o canal 4, a TV Globo foi inaugurada em 26 de abril de 1965, sendo o início para o que se tornaria depois uma rede de televisão. Só que tudo isso começou com a concessão dada pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1957. Para isso, contou com o aporte financeiro de 6 milhões de dólares de investimento da multinacional Time-Life. 

No ano de 1964 a TV Globo se promovia com o anúncio: “Um novo conceito de televisão comercial”, sendo definida como: “A mais moderna emissora de televisão do Brasil e uma das mais bem equipadas do mundo”. 

"A nova emissora será mais uma emissora de O Globo. O que significa dizer que ela herdará as tradições do jornal, seu amor à causa pública, sua permanente luta em defesa da iniciativa privada,das liberdades públicas e da causa da democracia”, disse o Roberto Marinho na estreia.

Contudo, nos primeiros meses da emissora, as coisas não andavam bem, visto que gastavam mais do que faturavam. Até chegar o ano de 1966, em que o canal começou a ser dirigido por Walter Clark, profissional do marketing. Walter tinha experiência no gerenciamento de canais de televisão nos Estados Unidos. 

No Brasil, a TV Globo revolucionou, pois até então a programação era produzida pelos próprios anunciantes. Um exemplo era o Ultra Notícias, da Ultragás

O cenário mudou em 1966, quando a emissora começou a ter autonomia na produção. A mentalidade instaurada era de que a programação tinha que atrair telespectadores e para isso passou a contratar artistas de outras emissoras como Record, Excelsior e Tupi.

O jornalismo ao longo do tempo foi ganhando muita projeção e importância. Um caso que foi destaque na época, foi de uma cobertura jornalística de enchentes que ocorriam no Rio de Janeiro.

Com a entrada do Jornal da Globo, no lugar do Ultra Notícias, se passou a ter uma preocupação maior com uma linguagem técnica de qualidade.

Entre as mudanças que cercavam a emissora estava a modernização visual, além de programação. Toda essa reforma surgiu efeitos impressionantes na Globo, visto que em seu primeiro ano a audiência era de 28%, com as mudanças, já no o ano de 1968 chegou a 49%. Impressionante, né?! 

Só que antes disso, por volta de 1965, Carlos Lacerda fez uma denúncia ao ministro da justiça contra o acordo que a Globo fez com o grupo extrangeiroTime-Life . O inquérito concluiu em setembro de 1966 que o contrato de fato feriu a Constituição da época. Só que em 1967, o caso acabou sendo arquivado pelo governo Castelo Branco.

Já no ano de 1969, quando a Globo começou a ver os números positivos vindo das reformas feitas na emissora, eles conseguiram comprar da Time-Life a parte deles diretamente a Roberto Marinho, por meio de um financiamento do Banco Estado da Guanabara.

A programação da TV era focada no entretenimento. No começo as adaptações de clássicos da literatura se destacavam. Além disso, em 1967, José Bonifácio de Oliveira, mais conhecido como Boni, foi contratado para chefiar as produções. Com a entrada do diretor, foi contratada a autora Janete Clair para escrever novelas. 

Visualizando o sucesso da TV Record com os festivais de música, a TV Globo criou o FIC, Festival Internacional da Canção. Contudo, o evento foi marcado por polêmicas, visto que chegou a ter música de Geraldo Vandré censurada, já que a canção era contra o regime militar. 

A Globo ao longo dos anos ficou marcada sempre pela inovação, tecnologia e importação de tendências do mercado internacional. Só que as coisas não foram fáceis o tempo todo, pelo contrário, também teve dramas, como o incêndio nos estúdios de São Paulo, em 1969. Apesar disso, com o dinheiro do seguro, a emissora conseguiu comprou equipamentos modernos.

Já em setembro de 1969 estreou o “Jornal Nacional”, o telejornal marcou a entrada de uma linguagem ainda mais tecnológica, marco que começou um pouco antes no “Jornal da Globo”.

Em relação ao conteúdo, o jornal era marcado por um contexto de censura. Sendo assim o noticiário recebia instruções em relação ao que podia ou não ser noticiado. Todavia, com relação a censura, não ocorria somente nos veículos jornalísticos, mas também no entretenimento. A novela “Roque Santeiro”, por exemplo, teve exibição barrada. A trama só estreou dez anos depois.

Mais tarde, Ooutro incêndio ocorreu na emissora, dessa vez no Teatro Globo. Após o ocorrido, eles compraram o Teatro Fênix. Na mesma época, o grupo criou a gravadora Som Livre, que lançava discos das trilhas de suas novelas.

Ainda na década de 1970, a emissora passou a comercializar suas telenovelas ao mercado internacional, tornando-se um grande sucesso ao redor do mundo.

A TV Globo foi pioneira em entender os telespectadores. Isto é, criaram um departamento de pesquisa para saber os hábitos dos brasileiros. Assim eles sabiam como moldar as telenovelas e produtos do canal, a fim de agradar o grande público.

Outro pioneirismo foi a inserção de merchandising. A novela “Cavalo de Aço” foi a primeira a ter esse formato. Esse e outros métodos fez com que a emissora se tornasse líder de recebimento na distribuição de verba publicitária.

E as novidades da década de 1970 não param por aqui. A Rede Globo passou a investir também na propagação de causas sociais. Parte dos projetos vinham da Fundação Roberto Marinho, que trata-se de uma entidade sem fins lucrativos do Grupo Globo. Entre os projetos estavam o “Ciranda da Ciência” e o “Nossa Biblioteca”. 

Além disso, ao longo do tempo surgiram programas com esse intuito educativo e social, entre eles o “Globo Ciência” e o “Globo Ecologia”. Um projeto muito conhecido é o “Telecurso”, produção audiovisual educativa feita em parceria com a Fundação Padre Anchieta. Outro projeto da Unesco e Unicef que é apresentado anualmente é o "Criança Esperança".

Vale ressaltar que o merchandising social foi introduzido em novelas também, trazendo temas como direitos entre os gêneros, crescimento populacional, planejamento familiar e campanhas contra o combate à fome.

Em 1995, a emissora inaugurou o PROJAC, considerado o maior centro de produções televisivas da América Latina. O custo de construção foi de 80 milhões de dólares e em sua inauguração, o espaço era de 1,3 milhão de metros quadrados.

A emissora é uma das mais premiadas do mundo e acumula dezenas de prêmios em diversos setores. Um dos grandes destaque sem sombras de dúvidas é o Emmy Internacional em que já levou estatuetas tanto no jornalismo como na teledramaturgia.


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