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Novelas / REPRESENTATIVIDADE

Duca Rachid reflete sobre representatividade em Amor Perfeito: 'História apagada'

Em entrevista ao Próximos Capítulos, quadro da CARAS e da Contigo!, Duca Rachid, autora de Amor Perfeito, revelou desejo para futuro das novelas

Duca Rachid encerra ciclo com Amor Perfeito - Foto: Paulo Belote/TV Globo
Duca Rachid encerra ciclo com Amor Perfeito - Foto: Paulo Belote/TV Globo

Duca Rachid, que tem uma longa carreira como autora de novelas, encerra mais uma trama nesta sexta-feira, 22, como roteirista de Amor Perfeito ao lado de Julio Fischer e Elísio Lopes Jr. Em entrevista ao Próximos Capítulos, quadro da CARAS e da Contigo!, ela refletiu sobre representatividade na trama, que conta com um elenco 50% negro, e revelou desejo para futuro das novelas: "História apagada".

"A nossa ideia era fazer uma novela assim desde o início, com a cara do Brasil, porque o Brasil tem essa cara. A gente tem que se assumir como uma nação miscigenada, colorida e diversa. Foi surpreendente quando a gente foi buscar e pesquisar para dar um embasamento nessa escolha. A gente descobriu que sempre existiu uma elite negra no Brasil, que foi apagada pela narrativa hegemônica do sul, mas sempre existiu", compartilhou Duca Rachid sobre a trama de Amor Perfeito.

"Um exemplo são os pais do Gilberto Gil. A mãe dele era professora e o pai era médico. Sempre existiram clubes de uma elite negra. Existiram vários profissionais pioneiros na ciência, na engenharia, em vários campos existiram pioneiros negros. A primeira faculdade de medicina no Brasil foi na Bahia, portanto existiam mais médicos negros do que brancos. A gente descobriu isso e resolveu mostrar na tela", completou a autora sobre a representatividade na novela

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Duca Rachid também garantiu a intencionalidade de Amor Perfeito e entregou desejo para o futuro das novelas: "É uma pena que essa história tenha sido apagada, mas acho que ainda dá tempo da gente recuperar e mostrar isso. Essa foi a nossa intenção". "A nossa história é apagada, a história do Brasil é apagada, é terrível. Acho que temos que fazer muito mais histórias sobre isso", finalizou a autora da novela das seis.