Mulher viaja para clínica para retirar pele flácida, recebe procedimentos não solicitados e é extorquida; veja
Adriana Peraita Publicado em 17/11/2023, às 13h45
A estadunidense Kimberly McCormick viajou até a cidade de Tijuana, no México, para realizar uma cirurgia para a remoção de pele flácida. No entanto, quando ela acordou do procedimento, percebeu que os médicos haviam colocado próteses de silicone nos seios e enxerto de gordura nos glúteos, ao invés do que havia pedido.
A mulher já havia ido à clínica seis anos atrás, quando realizou uma cirurgia bem-sucedida para a perda de peso. Ela voltou a procurar o local em outubro deste ano para retirar a pele que ficou flácida após a redução de peso. Todavia, a experiência acabou sendo a pior possível.
"Quando acordei, meu peito estava muito dolorido e comecei a chorar. Eu nunca pediria por isso, nunca", contou em entrevista ao canal 'Fox 13'. Ela disse que ao se dar conta de que havia recebido os implantes de silicone nos seios e o enxerto de gordura nas nádegas, avisou um profissional que estava na sala. Ele insistiu que a mulher havia pedido pelas intervenções.
A filha de Kimberly, Misty Ann McCormick, também estava no local. Ela disse que, quando foi falar sobre os equívocos nas cirurgias da mãe, foi retirada da clínica de forma violenta por dois seguranças armados: "Pensava que minha mãe estava lá em cima e não podia deixá-la. Quando cheguei até a porta, ele [o segurança] me empurrou com força, e eu saí voando por uma rampa de cimento".
Elas tiveram de pagar cerca de R$ 12 mil a mais pelas cirurgias não solicitadas: “Eles pegaram meu cartão e não pude fazer nada, porque estava sozinha e debilitada pelos procedimentos. Depois de creditar mais de 2,5 mil dólares, eles jogaram de volta na minha cama e disseram: 'Tire ela daqui'. Foi muito rápido”.
Para ser liberada da clínica, ela precisou assinar uma série de papéis sem ler, entre os quais, acredita que poderia estar uma autorização para os procedimentos indesejados. Depois de deixar o lugar, a mulher afirma que foi seguida até o hotel onde estava hospedada e obrigada a entrar numa van para voltar aos Estados Unidos.
Após a experiência traumática, Kimberly ainda contraiu uma grave infecção. Segundo contou, o quarto onde foram realizados os procedimentos estava imundo. Ela passou um mês no hospital tratando da infecção. Agora, ela procura arrumar dinheiro para reverter os procedimentos e, enfim, retirar a pele flácida.
"Estou pensando em outra cirurgia, porque os implantes que eles colocaram são muito grandes. Não tenho pele suficiente para envolvê-los. Eles não estão cicatrizando", relatou. As autoridades estadunidenses a aconselharam a procurar o banco para ver se consegue um reembolso. "Não faça turismo médico em hipótese alguma. O resultado final não é bom", conclui.
Um vídeo registrado por um dos presentes mostra um pequeno curso de água escoando dos olhos da figura, lembrando o formato de uma lágrima. “Então, algumas lágrimas começaram a fluir”, contou Víctor Ramos, que testemunhou a cena, ao CEN.
O homem afirma que a escultura também ficou com os olhos vermelhos, como se, de fato estivesse, chorando: “Da mesma forma, quando choramos e nossos olhos ficam vermelhos, o mesmo acontece com a imagem”.
