Contigo!
Busca
Facebook Contigo!Twitter Contigo!Instagram Contigo!Youtube Contigo!Tiktok Contigo!Spotify Contigo!
Música / ENTREVISTA

Analu Sampaio se adapta a web 10 anos após vídeo viral: 'Não faço música por números'

Em entrevista à Contigo!, Analu Sampaio explica influência da internet em sua carreira e conta novos planos após lançamento de primeiro disco

A cantora Analu Sampaio - Foto: Reprodução/Instagram @analusampaiooficial
A cantora Analu Sampaio - Foto: Reprodução/Instagram @analusampaiooficial

É provável que você já tenha visto Analu Sampaio (16) cantando, seja nas telas TV ou na internet. Ex-participante de atrações como The Voice KidsPrograma Raul Gil, a artista viralizou na web cantando Águas de Março quando pequena e, agora, usa as plataformas como aliadas em seu trabalho.

Sampaio acumula cerca de 1,3 milhões de seguidores entre Instagram e TikTok, além de 129 mil inscritos no YouTube. Apesar disso, ela assegura que o lançamento de seu primeiro álbum, Analu, e as suas composições não tem nada a ver com esse universo.

"Não faço música por causa de número e quantidade de seguidores, faço para quem quer escutar. Música é para quem quer ouvir", afirma a artista, em entrevista à Contigo!. Ela parou de ir em programas na TV quando fez 12 anos, em 2020, e conta que foi quando passou a ter mais tempo nas redes sociais.

Leia também: Web não esquece briga de Neymar e Piovani após leilão e o chama de 'subcelebridade'

A cantora diz que, com o início da pandemia de Covid-19, passou a aumentar seu ritmo de publicações na web e que, através delas, conseguiu criar laços com artistas que admira, como Ivan Lins, Rosa Passos e Roberto Menescal —músico que considera um de seus melhores amigos atualmente.

Foi nessa época que ela também estabeleceu uma relação que dura até hoje com o mundo virtual. "A rede social para mim é muito sobre conexões, encontros e trocas entre pessoas que estão distantes. [Hoje] consigo atingir um público muito diverso."

Além da divulgação de seu primeiro projeto autoral, ela também costuma aparecer em vídeos cantando músicas de outros artistas e tocando diversos instrumentos, como violão e asalato, conhecido também como kashaka. 

Quanto ao vídeo viral, em que ela canta o clássico da MPB com apenas 6 anos, a artista afirma que o registro trouxe apenas bons frutos e chegou até a ser republicado por bandas internacionais que ela acompanha. "Amo muito esse vídeo. Ele alcançou muitos públicos de formas diferentes, é uma lembrança muito gostosa."

Para o futuro, Analu pretende focar na divulgação de seu álbum e não esconde a vontade de fazer uma turnê. Além disso, ela e sua equipe estudam a possibilidade da realização de shows ao lado de Menescal. Abaixo, a artista fala mais sobre seu primeiro disco e recorda momentos da carreira. Leia trechos editados da conversa.


Como é ver seu álbum, Analu, pronto e no mundo?
É muito gratificante ver as pessoas escutando um trabalho que foi feito com tanto carinho, amor e apreço. Ver as pessoas cantando as músicas, isso é muito incrível e diferente. Eram coisas que eu fazia com os artistas que eu admirava. Ver que eu ocupo esse lugar é muito gostoso. Eu sei como é gostar de um artista, e eu vejo as pessoas falando isso sobre o meu disco.

Como foi o processo da criação do Analu?
Sempre gostei muito de escrever e compor, mas nunca tinha levado muito a sério. Ano passado compus algumas músicas e pensei: ‘Tem alguma coisa boa vindo aí’. Comecei a compor com o violão e com isso fui aprimorando minhas composições, colocando melodias e misturando com as letras. Fui me encontrando muito nesse mundo da composição. Mostrei todas para o Felipe Simas [produtor], fizemos uma seleção e fomos para a parte do arranjo. Eu participei de cada pedacinho possível. Me senti muito respeitada, [tinha receio] porque sou muito nova e sou mulher. Mas, fui muito bem acolhida pelos músicos que trabalharam comigo.

Esse receio por ser muito jovem já foi algo que te segurou em sua carreira?
Nunca me segurou, mas já foi um empecilho na minha vida. É sobre confiança, acreditar no potencial. A música une muito as pessoas, pelo menos na área da MPB sempre fui muito respeitada. Acontece ao contrário, as pessoas me escutam muito e falam que eu tenho muito a ensinar.

Por que trazer os ritmos da MPB e Bossa Nova? Atualmente, muitos jovens da sua idade preferem outras músicas como pop, por exemplo.
Sempre gostei muito de MPB, Bossa Nova… desde sempre. Principalmente por eu ter começado a escutar na infância, quando somos 'esponjinhas’ e absorvemos muito, foi o que eu fiz. Eu escutava muito Djavan, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gal Costa e Elis Regina, fui absorvendo um pouco de cada um deles e fui aplicando na minha vida. Virou parte do que eu sou. Mesmo quando eu canto outro gênero, porque eu canto e escuto de tudo, ainda há uma coisinha da MPB e Bossa Nova. Não tinha como fazer o disco de outro gênero, não foi proposital nem planejado. Foi uma coisa que veio.

Você tem vontade de voltar aos programas de TV com o novo álbum?
Acho interessante essa questão, com um álbum me sinto uma artista consolidada. É como se ele deixasse tudo mais concreto. Eu gostaria muito de me apresentar em um programa televisivo, alcança muitas pessoas. O mundo tem muitas músicas para oferecer, e a grande mídia não dá tanto valor e não mostram tanto a quantidade de artistas que existem hoje da MPB e Bossa Nova.