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Tem risco? Especialista analisa Cannabis Medicinal no tratamento de Luciano Szafir

Terapeuta especialista analisa Cannabis Medicinal no tratamento de Luciano Szafir contra as sequelas da Covid e diz se há riscos no medicamento; veja

Laura Vicaria

por Laura Vicaria

lvicaria@editoracaras.com.br

Publicado em 03/07/2024, às 17h40 - Atualizado às 18h54

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Tem risco? Especialista analisa Cannabis Medicinal no tratamento de Luciano Szafir - Reprodução/Instagram
Tem risco? Especialista analisa Cannabis Medicinal no tratamento de Luciano Szafir - Reprodução/Instagram

Nesta semana, Luciano Szafir revelou que está utilizando a Cannabis Medicinal para tratar as sequelas de sua internação pela Covid-19. Segundo ele, uma das maiores consequências da doença foi a depressão e o uso de remédios controlados para conseguir dormir. Farto das medicações, ele foi atrás do canabidiol, que o fez largar a medicação psiquiátrica. 

Para entender melhor o caso, a CONTIGO! conversou com a terapeuta especialista em Cannabis Medicinal Maria Klien. Segundo ela, não é possível dizer que a medicação irá curar o ator da depressão e da insônia, mas certamente haverá uma melhora significativa em seu quadro.

"Com relação a insônia temos protocolos bastantes eficientes, tanto com CBN quanto com THC, ambos cannabinoides com potencial de induzir e melhorar a qualidade do sono. Seria importante avaliar se é uma insônia de indução, na qual se torna difícil iniciar o sono muitas vezes por pensamentos de preocupação e medo, ou se seria o caso de uma insônia de manutenção onde o paciente consegue entrar no sono, mas desperta algumas horas após sendo impossível retornar ao sono", explicou ela.

Quanto a depressão, é preciso analisar melhor o quadro: "O CBD é modulador alostérico de serotonina, e também de gaba, agindo no humor e na ansiedade. Muitos pacientes conseguem se organizar com a cannabis e ir retirando a medicação de forma gradativa e com acompanhamento médico, porém cada indivíduo é único e esse resultado não deve ser uma promessa, apesar de possível. Alguns pacientes mantêm a medicação clássica em sinergia com a cannabis que potencializa o efeito do tratamento. Importante lembrar que a medicina cannabica é extremamente segura, não tendo registrado nenhum caso de óbito até hoje".

Falando em segurança, Klein garante que o medicamento não possui teor viciante igual a droga usada de forma recreativa: "Cannabinoides não causam dependência química, mas sim vício que pode se ter por outras coisas - compras, esportes, comida etc… questão comportamental e genética. Não tem a possibilidade de ficar adicto".

Os cannabinoides não possui nenhuma contra-indicação absoluta, mas o acompanhamento médico é sempre necessário para chegar na dose ideal do paciente. A Cannabis Medicinal, na verdade, apresenta muitos benefícios: "A cannabis é uma planta muito complexa e tem mais de 400 propriedades e dentro desta alquimia, tem que saber usar os fitocanabinoides mais direcionado para aquele sintoma".

A doutora explica que o CBD é um canabinóido indicado para tratar doenças psíquicas, além de ser ansiolítico e anti-inflamatório. Já o THC é usado como analgésico, sendo muito indicado para reduzir a espasticidade, aquele movimento que tem em pessoas com Parkinson, na esclerose múltipla, além de ajudar também em dores e na insônia.

"Para cada canabinoide, existe um beneficio. Existe também o canbinoide CBN que é um percursor do THC, além de ser um indutor do sono. Para aqueles pacientes que não podem usar o THC, usa-se o CBN para induzir o sono. Existe também o canabinóide CBG que usado principalmente pelos atletas para não ser pegos no doping", explicou.