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Famosos / ENTREVISTA

Multifacetado, Lucas Drummond ressalta importância da temática LGBT em produções

Em entrevista à Contigo!, Lucas Drummond revela projeto para esta sexta-feira, 28, Dia do Orgulho LGBT e comenta desafios de ser um 'ator produtor'

O ator Lucas Drummond - Foto: Reprodução/Instagram @lucasdrummond
O ator Lucas Drummond - Foto: Reprodução/Instagram @lucasdrummond

Atuando em diversas frentes da arte, Lucas Drummond entende a importância de criar suas próprias produções e trazer temas que acredita. Nesta sexta-feira, 28, Dia do Orgulho LGBT, o ator disponibilizará no YouTube o curta Todos os Prêmios que eu Nunca te Dei, um romance gay produzido e interpretado por ele.

"É uma iniciativa que estou repetindo, no ano passado, no dia 28, soltei um outro curta que eu tinha feito, Depois Daquela Festa", diz à Contigo!. "Acho muito importante, cada vez mais, dar espaço para narrativas e romances LGBT, para histórias que falem sobre amor das mais variadas formas."

Todos os Prêmios que eu Nunca te Dei estreou em 2022 e fez um circuito de festivais. Agora, ele retoma a estratégia para o Dia do Orgulho LGBT deste ano. "Embora a gente tente comercializar um produto audiovisual, acho muito importante que as pessoas tenham acesso, ainda mais o curta-metragem que é um formato pouco difundido no Brasil."

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Além do curta-metragem, ele também acumula projetos em outras frentes. Drummond está em cartaz no Teatro FAAP, em São Paulo, até 1º de agosto com o espetáculo Órfãos, espera a estreia da série Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente (Max), e também rodou o longa metragem Apenas Coisas Boas, um romance LGBT que deve estrear no próximo ano.

O artista ainda comenta sobre a importância de produzir os próprios projetos para ter oportunidades. "Eu adoro, sempre me inspirei em artistas que transitavam por todas as linguagens. Sempre quis ser esse tipo de ator, nunca quis ficar só em uma coisa. Acredito muito nesse caminho, do ator que se produz. Apesar de ser muito trabalhoso, permite que esse ator ou atriz tome as rédeas de sua carreira." 

Para o futuro, o ator espera o lançamento do curta musical Nesta Data Querida, e se prepara para a peça O Formigueiro. "Estreamos no primeiro semestre do ano que vem, [a peça] usa a doença de Alzheimer como pano de fundo para falar sobre as relações familiares, um tema universal", diz. Abaixo, Lucas Drummond dá mais detalhes de seus projetos atuais e sua relação com as redes sociais. Leia trechos editados da conversa.


Em Órfãos, além de idealizador, você também é um dos protagonistas da peça. Como é estar tão imerso em uma produção?
Órfãos é um projeto muito importante para a minha carreira, estou envolvido há cinco anos. Comecei a levantar em 2019, ela estreou em outubro de 2022, e desde então estou em cartaz com esse projeto. Foram quatro temporadas no Rio de Janeiro, e agora chegamos em São Paulo. Eu me divido nessas duas funções, de ator e produtor. Já fiz em outros projetos, é o terceiro projeto de teatro que eu idealizo e produzo, mas é sempre uma missão difícil. Você tem que estar ligado ao backstage, resolvendo todas as situações de produção mas, o que eu tento fazer, quando entro em cena foco completamente na minha função ator e no meu personagem, que é o Phillip. É fundamental.

Já nos streamings, você tem a estreia de Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente nos próximos meses. Como foi estar neste projeto?
Apesar de ser um para o streaming, ele se assemelha muito a forma de se fazer cinema, porque a equipe toda era de cinema. Foi um projeto muito prazeroso, não só pela equipe bacana e pelo set muito divertido, mas por um tema que eu acho muito importante. A história é baseada em um fato real, de um grupo de comissários que começou a trazer o AZT [fármaco utilizado como anti-retroviral] dos EUA para o Brasil para tratar os doentes de AIDS quando ainda não produzíamos esse medicamento. É importante não apenas falar sobre a história da AIDS no Brasil, mas discutir o HIV hoje em dia. São dois assuntos que ainda sofrem muito preconceito na nossa sociedade, enquanto não falarmos sobre isso, não conseguimos acabar com isso. Hoje, quem vive com HIV consegue ter uma vida completamente saudável.

Você ainda estará nos cinemas com Apenas Coisas Boas, um longa sobre romance LGBTQIA+. Qual a importância de tratar esse tema?
Esse projeto me transportou para o interior de Goiás, um universo completamente diferente do meu. Sou um cara super urbano, e faço o Antônio, um peão de fazenda, que se apaixona por um motoqueiro, Marcelo, que está cruzando o estado de Goiás rumo a Minas Gerais. Acho muito importante, cada vez mais, dar espaço para narrativas e romances LGBT, para histórias que falem sobre amor das mais variadas formas. Tenho certeza que o público vai se emocionar muito.

Em meio a tantos projetos, você ainda alimenta seu Instagram. Qual sua relação com as redes sociais?
Eu faço isso de uma maneira muito orgânica. Minha rede social é parte do meu trabalho, é uma forma de mostrar seu trabalho também, mesmo não sendo influenciador. Não é uma coisa que me aprisiona, eu posto quando consigo. Mas, faço uma curadoria do que vou postar também. Compartilho bastante sobre o meu trabalho, com frequência. E gosto também, de alguma forma, alimentar a curiosidade das pessoas que me acompanham sobre como é a minha rotina. É uma questão importante de se falar, porque é um outro tempo. É uma janela para o meu trabalho.

Como é estar em todas essas frentes da arte?
Comecei no teatro musical, e comecei a me produzir mais por uma necessidade do que por um desejo. Porque, quando eu fazia musicais, eu queria muito ser testado para projetos de TV e cinema, e entendi que, de alguma forma, o mercado tinha me colocado em um nicho e eu não conseguia ter acesso a esses testes. Eu precisava mostrar que eu também era um ator de audiovisual, e de teatro não musical. Para isso, precisei criar meu material e escrevi o Depois Daquela Festa. Hoje, eu entendi que isso me abre muitas portas. Me transforma em um artista independente, eu consigo criar minhas próprias oportunidades que acabam me trazendo convites.