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Fernando Grostein revela que teve colapso nervoso ao gravar documentário: "Pesado"

Documentário Quebrando Mitos causou colapso nervoso no diretor por conta de depoimentos; entenda

Redação Contigo! Publicado em 27/10/2022, às 10h03

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Fernando Grostein revela que teve colapso nervoso por conta de depoimentos - Caras/Jivi Oxy, Paulo Macedo e Rafa Levy
Fernando Grostein revela que teve colapso nervoso por conta de depoimentos - Caras/Jivi Oxy, Paulo Macedo e Rafa Levy

No mês de setembro (16), houve o lançamento global do documentário-denúncia Quebrando Mitos. O filme é realizado pelo cineasta Fernando Grostein Andrade e pelo músico e ator Fernando Siqueira. Disponível na plataforma do YouTube pelo canal Meteoro Brasil até o dia 30 de outubro, o documentário já ultrapassou 1 milhão de visualizações.

O filme propõe o conceito de masculinidade catastrófica, ilustrando a ascensão de Jair Bolsonaro como exemplo de o que acontece quando um homem com masculinidade frágil chega a uma posição de poder” explica o cineasta em uma entrevista para a revista Caras.

Grostein já era conhecido pelo documentário Quebrando o Tabu, que retrata a descriminalização das drogas no País. Este mesmo filme originou os perfis no Instagram, Facebook e Twitter que soma mais de 21 milhões de seguidores. Desde 2011, lançamento de seu primeiro documentário, Grostein tem sido alvo de ameaças e intimidações que se agravaram ao passar do tempo. 

Para o casal, o Quebrando Mitos é uma forma de protesto e reclamação de que não serão calados. "A coisa principal que aprendi foi ter resiliência, entender que vão ter buracos no caminho, que é preciso estar focado no que quero alcançar e correr atrás disso." disse Siqueira sobre o que aprendeu com o trabalho.

O filme que fala sobre a masculinidade tóxica que atingi o país no momento aborda vários assuntos considerados sensíveis para o público. "O material de pesquisa do filme é muito pesado. Foram horas de depoimentos de abusos, estupros, violência, suicídio, falas mentirosas, sangue e chacinas." Grostein afirma os pontos que o causaram um colapso nervoso durante a produção. "Para quem se preocupa com meio ambiente, para quem é LGBTQ, ou simplesmente para quem é aliado na luta antirracismo, é muito difícil." pontou.

O casal começou o projeto há três anos, após deixarem o Brasil e se mudarem para Los Angeles como proteção. Porém, ainda nos Estados Unidos, Grostein e Siqueira continuaram a ser perseguidos. "Infelizmente continuo recebendo ameaças, mesmo aqui nos EUA. Não pretendo me calar ou me curvar a fascistas." 

Segundo Siqueira, o documentário tem sido bem recebido por todas as gerações e acha que é uma consequência da diversidade na equipe. Mas há ainda pessoas que se incomodam. "Quando fazemos uma crítica aos homens heterossexuais, não falamos de todos. Claro que existem milhares de exceções e aliados importantes. Estamos falando do coletivo. E pedindo: por favor, melhorem."

Grostein ainda declara que não deseja que todos pensam igual e fala sobre a importância da empatia. "Todo mundo pode pensar diferente, desde que não coloque a existência do outro em questão."