Em conversa franca, ela contou os horrores que viveu no momento do nascimento de sua filha
Redação Contigo! Publicado em 17/09/2020, às 10h03 - Atualizado às 10h06
A atriz Carolinie Figueiredo fez um desabafo sobre o drama que viveu durante o parto da primeira filha, Bruna.
Em conversa com a grávida Nathalia Dill, ela contou que só anos depois descobriu que foi vítima de violência obstétrica, um debate que só recentemente ganhou os holofotes.
"Bruna nasceu num hospital, mas nasceu de uma violência obstétrica. Foi um parto normal porque nasceu da minha vagina e eu não tomei anestesia, mas dois anos depois eu descobri que sofri violência obstétrica. Eu pari gritando "não, não, não!" e um enfermeiro empurrando a Bruna para nascer, sabe? (...) Depois de passar por tudo isso, tive a responsabilidade de ser uma voz comunicando isso", declarou ela.
A atriz também falou da criação das filhas e da desromantização que vive desde que deixou a carreira para se dedicar à maternidade.
"Com 23 anos, eu já era mãe de dois. Interrompi uma carreira que "Nossa, vai para frente! Uau!". Interrompi todo um sonho de infância. Não construí uma maturidade emocional e uma segurança financeira para ter filho. Eu fui aprendendo o que não ser, o que não fazer. Eu só reconectei com a minha filha quando ela ficou doente, na UTI. Ali eu dei uma acordada. Mas meu lugar na maternidade é de muito esforço, de muita falta de consciência. Tive filho sem ter me planejado conscientemente, sem trabalhar minha criança interior... Vejo que a maternidade nos é vendida como "a realização da mulher, a completude, dei o check no sucesso da vida"... Só que quando chega ali na realidade é um susto", declarou ela.
Carolinie Figueiredo é mãe de Bruna Luz, de 8 anos, e de Theo, de 6 anos, frutos do relacionamento o ator Guga Coelho.
