Mário Lago, ator e poeta, de última hora acabou alterando os acontecimentos de uma extinta novela da Globo. O autor precisou correr contra o tempo
Mário Lago, ator e poeta, sofreu infarto durante novela e mudou os rumos da trama. César Leão, personagem interpretado pelo famoso, que já partiu para outro plano, deu o que falar na época. O motivo? O autor de Minha Doce Namorada, Vicente Sesso, precisou dar um jeito para ocupar o buraco que o artista deixou na teledramaturgia. Segundo Flávio Ricco e JoséArmando Vannucci, com pouco mais de um mês da história no ar, o autor penou com o desfalque repentino.
As informações estão disponíveis na Biografia da Televisão Brasileira. O escritor alterou o enredo e criou de última hora um infarto para o vilão na ficção, afastando Mário da produção. Com autorização médica, Lago gravou uma cena no hospital, entregando por qual motivo o maléfico iria desaparecer em alguns capítulos. O tio de Renato (Cláudio Marzo) na novela, era bastante ambicioso, ficando de olho na fortuna de Pepe (Sadi Cabral).
Leia também: Familiar de ex-BBB 24 teria dado dor de cabeça em gravação da Globo
Vanda Lacerda, no papel de Sarita e sua esposa na trama, ganhou destaque com o afastamento e assumiu o posto de vilã. O veterano que estreou na Globo em 1966, na novela O Sheik de Agadir, morreu vítima de falência múltipla dos órgãos há 22 anos. Sofrendo de enfisema pulmonar, veio a óbito no dia de Corpus Christi, em sua casa, no Rio de Janeiro aos 90 anos.
Além de atuar, era também radialista, jornalista, letrista e compositor. Se tornando uma figura emblemática, a Globo acabou criando o Troféu Mário Lago, prêmio honorário concedido por contribuições extraordinárias ao mundo do entretenimento. William Bonner, Fernanda Montenegro, Regina Duarte, Roberto Carlos e Laura Cardoso já receberam a taça.
"Essa homenagem foi a forma que o Domingão do Faustão encontrou para homenagear um dos maiores atores da história da TV e, ao mesmo tempo, reconhecer o trabalho artístico de uma grande personalidade. Tudo começou em 2001, quando Mário Lago levou um prêmio na categoria Conjunto da Obra. Com a morte do ator pouco tempo depois, seu nome foi usado para batizar esse novo troféu como forma de homenagear seu trabalho e sua vida artística", diz o texto da TV Globo.
