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Zezé Polessa, de ‘Amor Perfeito’, revela grande reviravolta de Cândida: “Virada de chave”

Em entrevista para a CONTIGO! Novelas, Zezé Polessa, revela a grande mudança na vida de sua personagem, Cândida de ‘Amor Perfeito’

CONTIGO! Novelas Publicado em 30/04/2023, às 06h32

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Zezé Polessa, de ‘Amor Perfeito’ - Globo/Paulo Belote e Reprodução/ TV Globo
Zezé Polessa, de ‘Amor Perfeito’ - Globo/Paulo Belote e Reprodução/ TV Globo

A atriz Zezé Polessa interpreta a Cândida em Amor Perfeito, da TV Globo, e conta a grande reviravolta na vida da personagem na trama. Além disso, a atriz ainda comentou sobre seus posicionamentos na vida e nas redes sociais.

Como você descreve a Cândida?

Ela é uma primeira-dama, é bem aquela grande mulher atrás de um grande homem, mas depois ela vai passar pra frente. Mas só ao descobrir que o marido (Anselmo, vivido por Paulo Betti) a trai, não só trai, como tem outra família, com uma pessoa que ela considera amiga. Então, vai ser uma mudança grande, uma virada de chave. Todas as mulheres da novela começam como a situação da mulher, principalmente nos anos 30 e 40. Ou seja, elas estavam sempre relacionadas ao casamento, aceitando, às vezes ,até abusos, maus-tratos. E muito ligadas aos filhos, né? Era quase uma obrigação serem excessivamente maternais. A Cândida é muito maternal. E, depois, elas vão ganhando um outro espaço na trama, mesmo que isso não seja uma coisa comum à época, tantas mulheres fazerem isso numa pequena cidade, mas é uma liberdade da ficção que acho muito bonita e muito positiva também de mostrar.

Por que?

Acho que o sofrimento ajuda a expressar, a mostrar o que uma pessoa sofre, como é o racismo, como uma pessoa preta sofre, mas a novela não se trata disso. As situações aparecem e, em geral, os personagens respondem muito rapidamente à essas provocações. E eles vão fazer mudanças muito positivas, principalmente quando se trata das mulheres. E eu tenho uma tara por primeira-dama, né? Eu sou louca por primeira-dama, eu estudo, já li várias vidas, várias histórias de primeira-dama.

Você falou desse lado maternal da Cândida, mas ela também não é fácil, né?

Ela obriga o filho, Luís (Paulo Mendes), a se manter na irmandade de acolhimento de sacerdotes idosos por causa de um problema dela… O terceiro filho dela nasce problemático, ela acha que ele vai morrer e faz uma promessa para salvá-lo, que é oferecer o Luís para a igreja. E o menino não tem a menor vocação. Tem um tesão louco e é apaixonado por uma linda. E a Cândida, por causa da promessa, faz coisas inacreditáveis para ele voltar para o seminário. Ela finge greve de fome, que está morrendo, manda chamar o Padre. É chantagem mesmo.

Essas situações ficam cômicas. Você tem algumas personagens de sucesso que passearam pelo humor. Gosta de explorar esse lado?

Gosto, mas não sei se, como ela vai virar a chave, fico querendo que ela tenha mais consistência em algumas coisas que, às vezes, o humor não permite. O Paulo (Betti) por exemplo, está na chave do humor e acha que eu deveria estar também. A gente conversa, mas faço o que é escrito. O que leio que tem humor. Também não vou atrapalhar os autores. Se tem humor, tem humor, mas não forço.

Você é uma atriz consagrada, querida. Como é a abordagem do público nas ruas?

Não é uma abordagem de atriz jovem, que está começando. Quando eu fiz Top Model (1989), não podia sair na rua. Lembro que foi o primeiro ano em que ganhei um dinheiro legal e fui tentar fazer compras de Natal com meu filho. Fomos cercados, inclusive por crianças. Então, é diferente, o meu público hoje é um público mais comedido, mas é tudo muito elogioso. Não me incomoda em nada e é um retorno também, né? Tem o prêmio e tem o público.

E você não é muito de ficar na frente dos holofotes, de mostrar uma vida de glamour...

É, na pandemia de covid-19 eu fiquei com a galera da saúde, né? Que é a minha outra galera (ela também é formada em medicina). Quis ir lá pra Fiocruz trabalhar na vacina. Mas um professor meu falou: ‘Não, você tem umas lives para fazer, vai trabalhar melhor.’ Aí não deixou.

Nas redes sociais, você usa sua voz para falar de temas sociais, culturais. Acha importante se posicionar, usar a visibilidade para defender o que acredita?

Acho, principalmente na cultura. Não dou pitaco em tudo não, mas na cultura, na minha classe, no trabalho, sim.