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Yanna Lavigne e sua coragem de ser mãe solteira

A atriz abre o coração sobre a chegada de Madalena e desabafa sobre a relação com o futuro pai, Bruno Gissoni, de quem está separada

por Daniel Lopes Publicado em 31/03/2017, às 17h33 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Yanna Lavigne - Gerard Giaume
Yanna Lavigne - Gerard Giaume
A espera do primeiro filho sempre é um momento de grande expectativa e receio para qualquer pessoa. Mas quando você está na mira do olhar do público, tudo fica um pouco mais complicado. Em entrevista exclusiva à CONTIGO!, a atriz Yanna Lavigne, 27 anos, grávida de oito meses de Madalena, desabafa sobre a patrulha constante que sofre por conta de ser mãe solteira, fala da relação com o ex-namorado Bruno Gissoni, 30, e afirma que seu parto será o mais natural possível. 

Como está a expectativa para a chegada da filha?
Conversei com algumas amigas que já são mães e todas me disseram que a chegada do primeiro filho causa uma expectativa maior. Tenho procurado não viver muito essa ansiedade, leio bastante a respeito, me exercito, me alimento bem, sem privações, mas sempre pensando no melhor para a Madalena. Estou pesando 62 kg e até agora engordei 7kg. Minha meditação matinal é sagrada. Esse momento é todo para ela, estou 100 % focada na minha gestação.

E os preparativos? 
O quartinho já está pronto, a malinha pra levar para a maternidade também! Essa foi uma das partes mais gostosas: ver roupinhas, berço, quartinho, decoração. Parece um sonho. Meu parto será o mais natural possível. Me ajuda todo o suporte holístico que minha mamãe terapeuta proporciona: ioga, energização... Acho importante estar tranquila e cada vez mais conectada. O bebê é muito sensível, portanto tenho evitado lugares muito aglomerados, barulhentos e evito a vida noturna. Parece que muda uma chavinha aqui dentro que me força a ser mais cautelosa e ponderada. 

Ser mãe sempre foi um sonho?
Diria que ser mãe sempre foi um desejo. Acho que os sonhos ficam mais no campo do impossível. Mas sim… Está sendo uma grande realização para mim. No primeiro momento foi um choque, reação típica de quem não estava se preparando para a chegada de um bebê. No instante seguinte, eu já estava pensando no sexo, na escolinha... Ela sempre foi planejada, porém veio um pouquinho antes do que eu imaginava. Hoje penso que era a hora certa, dificilmente estaria tão plena se não estivesse grávida.

E qual foi a reação da família ao saber da gravidez? 
Meus pais me apoiaram desde o primeiro instante e me emocionaram com a reação, nunca esquecerei do rostinho de cada um recebendo a notícia, com os olhos brilhando. Estou tendo todo suporte da Ana e do Marcelo (pais de Bruno Gissoni). A Madalena terá os melhores avós do mundo e os tios mais incríveis. Minha irmã que é mais nova e a madrinha só fala nisso. Ela é muito doce e companheira. O Rodrigo (Simas) acompanha tudo de perto. O Felipe (Simas) já tem todo um know-how, vou pegar muitas dicas.


E o Bruno, se assustou? 
Acredito que ele teve uma reação parecida com a minha… Um choque e preocupação inicial que vai se transformando em felicidade e alegria aos poucos. Ele está sendo muito participativo, tenho certeza que a Madalena vai se orgulhar muito dele.

Vocês estão juntos? 
Saíram e continuam saindo muitas notícias desencontradas ultimamente, mas a verdade é que eu e o Bruno não estamos mais juntos enquanto casal. Estamos juntos enquanto pais da Madalena e isso quer dizer que nossos esforços para fazer desse acontecimento o mais lindo possível estão valendo. 

Vocês continuam sendo uma família... 
A convenção de família por si só ainda é muito machista, por isso um julgamento generalizado perante a escolha de não estar com o Bruno como um casal neste momento. Estigmatizam de uma maneira muito negativa essa relação, mas foi a escolha mais sensata para o momento e pensada com muito carinho. Se a mulher perdoa o marido, ela é permissiva sem amor próprio. Se tem coragem de ter um filho solteira, ela é leviana... Uma família precisa de amor, harmonia, cuidado, independentemente de como é formada..

Como será criar uma filha num mundo tão machista? 
O mundo sempre foi machista, a história está aí para comprovar. A função da mulher vai muito além da cotação de preços no supermercado e atividades domésticas. É claro que esta e outras formas de enxergarem a figura feminina me assusta, mas acredito nas transformações e tenho certeza que as crianças de hoje já nascem com uma outra percepção de mundo. É um grande desafio educar uma criança nos dias de hoje. A violência e o desrespeito entre as pessoas são algumas das coisas que me assustam e fazem pensar sobre a Madalena. Quero privá-la desses reflexos nocivos da sociedade.


Madalena será feminista?
Não tenho pretensão alguma de levantar uma bandeira ou um ideal para uma geração de mulheres mais independentes, mas a Madalena, com certeza, será reflexo de minhas escolhas e tenho plena consciência da aptidão e complacência feminina para o início de uma grande mudança no cenário familiar. Quem sabe a Madalena não faz parte deste movimento?

A gravidez te transformou?
Está transformando. A cada dia, descubro algo novo. Aparência é o campo que eu menos me preocupo no momento. Os dias mais difíceis são resultado da oscilação dos hormônios, mas também está longe de ser uma preocupação. É um processo tão mágico que só quem passa por isso entende. Junto com as transformações físicas e biológicas do meu corpo, também têm as transformações psicológicas e emocionais. Me sinto uma mulher muita mais forte, empoderada.

Que tipo de mãe quer ser? 
Uma mãe melhor amiga, que conversa de tudo, mas que sabe impor os limites necessários para o desenvolvimento de uma criança saudável e consciente do mundo ao redor. De uma maneira firme ao mesmo tempo doce. Respeito ao próximo, educação e muito amor estão nesta pauta.