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Uma Mulher Equilibrada

No musical Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Marisa Orth prefere na vida real sentar e ter uma boa conversa com o marido ou o filho

Por Tainá Goulart/ Fotos Murillo Constantino Publicado em 05/01/2016, às 10h16 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Marisa Orth - Murillo Constantino
Marisa Orth - Murillo Constantino
O palco giratório do musical Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, em cartaz no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, é a perfeita representação da história da peça que traz três mulheres com problemas amorosos. Pelo menos é o que Marisa Orth, 52 anos, uma das protagonistas, acha. “O cenário é audacioso, uma parte gira e outra, não. Então, para dar problema  é coisa rápida! A gente fica girando, cada um para um sentido, durante o espetáculo inteiro. É bem complicado dançar, interpretar e cantar em movimento! E minha personagem é bem atrapalhada, vive carregando um tanto de bolsas, sapatos pelo cenário! O título do musical deveria ser ‘Um labirinto nunca mais’!”, brinca a atriz, que interpreta Peppa na produção brasileira baseada no filme homônimo do diretor espanhol Pedro Almodóvar, 66. Marisa conta que o amigo de longa data Miguel Falabella, 59, que traduziu, versionou e dirigiu o musical, sempre teve em mente ela para o papel. “Ele quase me ofendeu com essa história. Era um sonho do Miguel, mas vários outros trabalhos apareciam e ele acabava adiando. Mas, finalmente, chegou a hora! O filme é um clássico, fez parte da minha história como atriz e ele sempre disse que a Peppa seria minha. Ainda bem que sou íntima o suficiente do Miguel para discutir esse tipo de coisa. Pois falar que o personagem principal que está à beira de um ataque de nervos é a minha cara é complicado (risos)! Mas fiquei muito feliz!” 
Ao todo, foram menos de dois meses de ensaios, 10 horas por dia, ao lado do elenco que ainda tem Totia Meireles, 57, e Juan Alba, 50. “É uma comédia e um drama ao mesmo tempo. A vida é assim, um paradoxo. Quem nunca ouviu uma piada durante um enterro? É um papel desafiador, mas é o que eu mais sei fazer, rir e chorar! Pra mim, o espetáculo exige muito da voz e da atuação. O bom é que tenho melhorado bastante no canto, pois fiz muitos trabalhos que me pediram mais treino, como os shows do meu projeto, o Romance, e o musical A Família Addams. Além disso, estou sem fumar há cinco anos e isso ajudou muito, ganhei fôlego e notas mais agudas”, revela ela, que também se prepara para a nova novela da sete, Haja Coração, remake de Sassaricando (1987). 


MEU FILHO, MEU ORGULHO
Apesar de emendar um trabalho atrás do outro, Marisa não abre mão de estar sempre presente na vida do filho, João, 17, do seu relacionamento com o empresário Evandro Pereira, e do marido, o percursionista Gustavo Da Lua, 39, com quem está há seis anos. “Eu sou bem romântica nos relacionamentos. Eu planejo viagens de surpresa, presentes, pois o romance tem uma parte central na minha vida. Eu gosto de cuidar, mas não sou de me rasgar por amor. Sou sensata, prefiro sentar e conversar. Só não consigo muito fazer isso com o meu filho, que me dá um baile desde que nasceu (risos).”  Ela admite fazer o tipo ‘mãe coruja’ e não cansa de elogiar o garoto. “O João é muito talentoso, tem um ouvido musical absurdo. Quando ele fez 15 anos, eu dei um saxofone para ele, que ainda sabe tocar piano e ukulele como ninguém. Na infância, ele decorou as notas musicais das teclas do meu celular e tocava Do Re Mi Fá. Claro que eu brigava com ele, achando que era um tecladinho irritante. Imagine minha surpresa quando descobri que era um celular? Ele é meu maior orgulho!”