Após deixar o Titãs, o cantor e ator releva que está começando a carreira do zero e testa novas vertentes artísticas. A mais recente delas? Ser jurado do X Factor Brasil, na Band
Aos 57 anos, Paulo Miklos adotou a palavra “reconstrução” com frequência em seu discurso. O termo, aliás, chega a soar curioso na boca de alguém que ergueu, com excelentes alicerces, uma carreira artística invejável na música, no teatro, no cinema e, mais recentemente, na TV, como jurado do talent show X Factor Brasil, da Band. “Estou em um momento de reconstrução da minha vida, praticamente partindo do zero, e me sinto muito bem! Costumo ver tudo com bastante frescor e tenho ânsia de inventar algo, misturar coisas. Hoje, por exemplo, uso a experiência de 34 anos de estrada com o Titãs para julgar e ajudar os candidatos do programa”, conta ele, que saiu da banda paulistana em julho, e atribui a vontade de se reinventar aos novos caminhos que tem trilhado. “Demorei para tomar a decisão de deixar o grupo. Afinal, foi quase uma vida que passamos juntos. Nós caímos na estrada, tivemos filhos, netos... São coisas para se levar muito em consideração. À medida em que abri meu leque de opções artísticas, o meu universo ficou com mais possibilidades e me joguei. Gosto dessa coisa colaborativa. Agora é a hora de contribuir com os jurados e os participantes do X Factor”, revela ele, que tem como colegas de função os cantores Di Ferrero e Aline Rosa e o produtor musical Rick Bonadio.
Paulo conheceu a noiva, Renata Galvão, durante a gravação de um programa produzido por ela. O casal pretende se casar até o final do ano. O padastro posa com os enteados Rosa e Max, filhos de Renata
Família ainda maior
E no meio dessa revolução artística, Paulo também teve chance de reconstruir a vida pessoal. Viúvo há três anos, depois da morte da mulher Rachel Salém, com quem teve Manoela, 32, ele encontrou um novo amor, Renata Galvão, 37. “Eu perdi minha mulher para o câncer e, logo em seguida, meus pais também morreram.Foi bordoada atrás de bordoada. Então, a Renata chegou na minha vida para trazer o amor de volta. Para mim, o nosso relacionamento foi um reencontro com a felicidade”, se declara para ela, que é mãe de Max, 9, e Rosa, 6, de um casamento anterior. Os dois se conheceram trabalhando. Renata, dona de uma produtora artística, já produziu um DVD dos Titãs. Até o fim de 2016, após dois anos e meio de namoro, o casal pretende casar e morar junto. “Ele é uma das pessoas mais gentis que já conheci! O Paulo é um ótimo pai, vai às reuniões da escola, leva a Rosa ao balé, brinca com os dois... Minha filha vive passando maquiagem nele, fazendo o cabelo e até colou um adesivo do filme Alvin e os Esquilos na capinha do celular do Paulo. Enfim, ele tem uma paciência enorme”, entrega Renata, produtora da peça Chet Baker, Apenas um Sopro, cuja história do trompetista Chet Baker (1929-1988) é protagonizada por... Paulo! “A partir de outubro, estaremos no Rio de Janeiro. Depois, em dezembro, teremos mais uma temporada em São Paulo. Eu realmente não sei como ele consegue fazer tanta coisa assim, cada projeto novo é um susto no meu coração”, exagera a moça.
Quando não está nos palcos, Paulo se dedica à filha Manoela (à dir.), de sua primeira mulher, Rachel Salem, morta em 2013. Em um dos momentos de pura descontração e brincadeira, a pequena Rosa
Ele não para... mesmo!
Se depender do músico, a amada ainda terá muitas outras surpresas. Entre os novos trabalhos de Paulo está a série policial A Lei, para o canal pago Space, um livro sem previsão de lançamento e um disco solo, que deverá sair já no próximo ano. “A produção ainda é embrionária, mas quero produzir um projeto bem bonito. Estou fazendo várias parcerias, que serão uma surpresa agradável. O bom de ser jurado é poder pegar referências novas, que não conhecia. Às vezes, um participante vem com
uma música incrível e a pesquiso na internet para me inspirar”, conta, dando continuidade à sua reconstrução.
