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No ar em ‘Cara e Coragem’, Rodrigo Fagundes luta contra tristeza após grande perda: “Dor só aumenta”

Em entrevista exclusiva, Rodrigo Fagundes comentou sobre o sucesso da novela e luta diária após falecimento de sua mãe, em 2021

Luisa Scavone

por Luisa Scavone

lscavone_colab@caras.com.br

Publicado em 11/11/2022, às 07h35

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Rodrigo Fagundes sofre após morte da mãe - Reprodução/Instagram
Rodrigo Fagundes sofre após morte da mãe - Reprodução/Instagram

O ator Rodrigo Fagundes está no ar em Cara e Coragem como Armandinho e, em conversa com a CONTIGO!, ele deu detalhes de seu personagem na novela, além de desabafar sobre a dor da perda de sua mãe, que faleceu vítima de Covid-19.

Ele, que ficou conhecido em Zorra Total, disse que nunca tinha feito um personagem como Armandinho na televisão e está aproveitando o carinho que vem recebendo pela atuação na produção. “Está sendo delicioso e desafiador”, contou.

Para vivê-lo, o ator se inspira em personagens do humorista Chico Anysio e no visual Al Pacino, do filme Scarface.

“Ele tem uma auto estima gigantesca, ama seu trabalho e se acha o melhor em tudo. É arrogante, mas tento dar um carisma e humor pra que as pessoas possam se divertir com sua cara de pau”, contou sobre seu papel em Cara e Coragem.

Na trama, ele é ex-patrão de Pat e Moa, interpretados por Paolla Oliveira e Marcelo Serrado, respectivamente e, Rodrigo contou como é trabalhar ao lado desses grandes nomes. “Serrado já conheço há muitos anos. Um querido! Fizemos Pega Pega e ele tem sempre uma energia divertida e jovial no set”, disse sobre o colega de elenco.

Já sobre Paolla Oliveira, ele não poupou elogios: “Estou apaixonado pela Paolla! Não nos conhecíamos. Ela é um doce, focada, mega divertida, se preocupa com todos a sua volta, é muito gata e ama organizar as festas da novela. Fico vendo as cenas dela e admiro muito como ela domina seu ofício. Vou levar ela pra minha vida”, contou.

25 anos de carreira

Hoje com 50 anos, Rodrigo Fagundes está há 25 na carreira e, para ele, é emocionante ver tudo o que conquistou até então. “Sempre desejei muito ser ator e lutei contra muitos preconceitos, meus inclusive; mas poder chegar até aqui e dizer que vivo da minha arte num País como Brasil… Uau, é pra agradecer e continuar seguindo!”, comentou.

Seu único arrependimento na vida profissional é não ter se jogado de cabeça antes na arte. “Me arrependo de não ter começado mais cedo minha carreira. (Foi aos 25 anos, mas já sabia desde os 7 o que queria. Mas tinha medos)”, explicou.

Morte da mãe

Mesmo com muitas conquistas e arrasando em Cara e Coragem, Rodrigo precisa viver com a dor de uma enorme perda. Sua mãe faleceu em agosto de 2021, vítima de Covid-19 e, até hoje, o ator lida com a notícia.

“A dor só aumenta. A saudade. Minha mãe foi arrancada de nós em 8 dias nessa loteria maldita do covid. Não superei e acho que será sempre uma grande dor. Mas por ela sigo tentando dar meu melhor sorriso e deixá-la orgulhosa de mim, como SEMPRE foi”, relembrou.

Ele ainda disse que tudo aconteceu de repente, o que foi ainda mais doloroso. “Não pudemos nos despedir. Foi tudo rápido e doloroso. Sinto revolta, tristeza, angústia e uma impotência diante de tudo que aconteceu. E ela se cuidava muito”, comentou.

Ainda muito abalado, ele luta contra a própria tristeza para viver após o falecimento de sua mãe. “Não procuro alimentar o trauma e me desvio da tristeza o quanto posso. Mas é difícil”, destacou.

“Ela foi uma mulher que amava a vida, criou a mim e meus irmãos trabalhando dia e noite, era cabeleireira, sempre nos enchendo de amor e nos educando a respeitar o próximo. Se foi aos 77 anos. Fizemos muitas memórias que jamais morrerão. Me pego nisso pra seguir. E sempre falarei dela”, completou.

Uma semana antes de falecer, a mãe de Rodrigo, que sempre o apoiou muito na carreira, descobriu que o filho estaria na novela e se emocionou. “Ela era a maior incentivadora do meu trabalho. Perdi as contas de quantas vezes ela me viu no teatro. Todo dia ela ia. Amava”, finalizou.