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Mariana Nunes, de ‘Todas as Flores’, revela os segredos de sua personagem: “Se passa”

Em entrevista para a CONTIGO! Novelas, Mariana Nunes celebra a estreia da 2ª temporada de ‘Todas as Flores’, da Globoplay

CONTIGO! Novelas Publicado em 10/05/2023, às 12h34

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Mariana Nunes, de ‘Todas as Flores’ - Globo/Rafaela Cassiano
Mariana Nunes, de ‘Todas as Flores’ - Globo/Rafaela Cassiano

Mariana Nunes vive a personagem Judite em Todas as Flores, da Globoplay e celebra a estreia da segunda temporada. A atriz ainda revela que consegue assistir a trama com os olhos de espectadora e dá detalhes sobre sua personagem.

Como foi fazer sua primeira novela do autor João Emanuel Carneiro?

Fiquei muito feliz! Sempre admirei o trabalho dele e era um desejo estar nesse lugar que ocupo hoje. É uma realização! As personagens dele nunca são uma coisa só, as vilãs não são só más e as mocinhas não são só boas. O barato da Judite, minha personagem, é que apesar de estar do lado certo da história, de ser essa heroína que quase se joga na frente de tudo para proteger a Maíra (Sophie Charlotte), ela traz um segredo. Ela não consegue revelar para o Pablo (Caio Castro) de quem ele é filho. Então, não é tão certa assim. O que me motivou foi o desafio de dar coerência para essa mulher que, sim, ocupa esse lugar da heroína, da pessoa do lado certo, mas que tem falhas, defeitos e é humana. É uma delícia ter que dar conta dos ganchos do próprio personagem para ele seja coerente, mesmo dentro da incoerência. Quem aqui é coerente? Essa foi a minha diversão.

Além da paternidade do Pablo, podemos esperar outros segredos da Judite? Ela é mocinha ou vilã?

Achava que ela era mais mocinha do que é na verdade. Sim, ela tem essa trava interna em relação à paternidade do Pablo, porque quer, de toda forma, proteger o filho desse pai. Imagino que ela já passou maus bocados nessa relação. Então ela tenta, de todas formas, proteger o filho e acaba fazendo a mesma coisa com a Maíra. Acho a Judite extremamente capacitista, mesmo sem intenção. É aquela pessoa que quer ajudar, mas, ao mesmo tempo, assistindo e conversando com o público, entendi o quanto ela se passa. Ela dá coordenadas para a Maíra. Embora seja bem intencionada, age como se a Maíra não tivesse capacidade de entender o que acontece e de fazer as próprias escolhas. Ela interfere demais ou, pelo menos, tenta interferir, mesmo com o maior dos afetos, isso é um comportamento capacitista.

O que mais você só percebeu depois de assistir?

O João é malandro. Ele escreve de um jeito que as coisas vão se dando, né? A trama vai acontecendo e as características dos personagem vão se revelando, mas nem sempre a gente fala sobre aquilo. Porém, assistindo, percebo que a Judite tem um comportamento codependente. Ela não tem a capacidade de cuidar da própria vida. Ela precisa do problema do outro para estar, de alguma forma, no comando. Ela quer resolver a vida da Maíra, quer decidir o que o Pablo deve fazer. Ela está o tempo inteiro falando para o Humberto (Fábio Assunção) tomar rumo na vida e, para isso, fala mal da Zoé (Regina Casé), de alguma forma bastante controladora (risos). Na segunda parte, tem essa coisa da paternidade, que ela não tem condição de segurar para sempre, porque é um direito do Pablo saber. Espero que ela pare de cuidar da vida dos outros e cuide da própria vida (risos)!

Como tem sido guardar o segredo da personagem, já que a trama está toda gravada e o público acompanha a trama tão fervorosamente?

Tenho o dom de esquecer as coisas que gravei. Então, para mim, continua sendo uma surpresa. Acho que quando eu assistir o que a gente já fez, vai ser revelador. Sou muito noveleira e adoro acompanhar as tramas, inclusive as que eu faço. E é impressionante como consigo desconectar a atriz da telespectadora. Acompanho e vibro junto. Então, estou com as pessoas, esperando ansiosamente pela segunda parte, para ver os caminhos tomados pelas personagens. E essa coisa de acompanhar junto com o público, a minha resposta é sempre a mesma: aí tem dedo da Zoé (risos)!