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Letícia Datena vence o machismo e se torna referência no jornalismo esportivo: “Aprendi a lidar”

Em entrevista exclusiva, Letícia Datena, filha do apresentador Datena, comemora momento especial na carreira e diz que aprendeu a lidar com o machismo

Luisa Scavone Publicado em 21/07/2022, às 06h43

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Letícia Datena fala sobre dificuldades no início da carreira - Divulgação/ Alex Lyrio
Letícia Datena fala sobre dificuldades no início da carreira - Divulgação/ Alex Lyrio

A jornalista Letícia Datena, filha do também jornalista José Luiz Datena, está em um momento especial na carreira. É que ela está cada dia brilhando mais em uma área difícil para as mulheres, o jornalismo esportivo. .

Em conversa exclusiva com CONTIGO!, a ex-modelo conta que já sofreu muito com o machismo e com o preconceito, mas comemora uma transição da carreira de modelo para a de jornalismo.

“O machismo está enraizado na nossa sociedade, isso não é nenhuma novidade. E aprendi a lidar com ele desde a época de modelo, quando sai de casa aos 15 anos para iniciar minha trajetória profissional. Como modelo, morando e viajando sozinha pelo mundo desde cedo, em uma época em que não existiam praticamente redes sociais, aplicativos de comunicação e afins, eu tive que aprender a virar e a me proteger”, relembrou.

Além do fato de ser mulher, ela recebeu muitas críticas por migrar do mundo da moda para um universo majoritariamente masculino. “Mas para ser bem sincera, o meu esforço, empenho e disponibilidade para aprender sempre me deram muita segurança, e os comentários negativos, tanto de homem quanto de mulheres, nunca me abalaram”, contou.

“Quando você se mune de informação e conhecimento, desarma obstáculos, como o machismo”.

Letícia Datena também enfrentou um período conturbado durante a pandemia do coronavírus. Isso porque ela se para Londres e estava em busca de novas oportunidades profissionais - ela seria uma das apresentadoras do Campeonato Mundial de Rali. Com os projetos cancelados, ela retornou ao Brasil.

“Fiquei muito assustada”, relatou. Por causa do isolamento, os jornalistas esportivos não tinham o que cobrir e, por isso, ela resolveu fazer um curso intenso de programação. “Mas os eventos começaram a voltar e eu fui ser repórter do Automais, programa do BandSports, fiz o [Rali dos] Sertões e surgiu a oportunidade na Stock Car”, relembrou.

Mesmo com as dificuldades, ela continuou seguindo e seu sonho e hoje pode incentivar outras meninas que querem seguir essa área e passa a mensagem de que é possível ter um papel de destaque no automobilismo.

“Eu recebo mensagens no Instagram de meninas que acompanham meu trabalho e está nos meus planos começar a criar mais conteúdo que possa ajudá-las a ter um direcionamento nos primeiros passos de suas carreiras profissionais”, contou.