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Com musical, Wanderléa festeja os 50 anos de carreira!

Aos 70 anos, a cantora comemora os anos dedicados à música. Ícone da Jovem Guarda, ela pretende lançar biografia para ‘exorcizar’ suas feridas

Por Ligia Andrade Publicado em 28/04/2017, às 17h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Wanderléa festeja 50 anos de carreira - Fotos: Fabrizia Granatieri
Wanderléa festeja 50 anos de carreira - Fotos: Fabrizia Granatieri
"Estou em um festival de comemoração”, vibra Wanderléa. E ela tem razão. Aos 70 anos, a Ternurinha completa 50 de carreira e está brilhando no palco do Theatro NET São Paulo com a peça 60! Década de Arromba – Doc. Musical, depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro. Ela também lançou no fim do ano passado o CD homenageando a compositora Sueli Costa, 73, e, ainda pretende reviver sua história em uma biografia. No entanto, a cantora, ícone da Jovem Guarda, não quer saber de nostalgia. “Preciso descobrir o que fazer quando ficar velhinha (risos). O mais importante é a saúde física, emocional, espiritual – tudo é integrado. Valorizo o momento de vida que estou tendo. Tenho compromisso com esse público que me acompanha há tantos anos”, ressalta.
Qual é o segredo de sua vitalidade? 
Agora que me conscientizei que são 70 anos (risos). A alegria que sinto é de estar com saúde e fazendo o meu trabalho. É ter a consciência de que cada dia é um e eu tenho que agradecer sempre. As pessoas dizem que vou fazer o musical de forma mecânica... Não vou, porque a cada dia é um público. Sempre faço para eles, com emoção. Valorizo a pessoa que vai ao teatro.
Como cuida da saúde? 
Faço pilates quando dá e alongamento em casa. Aprendi o que posso fazer. É fundamental para postura. E como verduras, ovos, tudo orgânico.
A amizade com Roberto Carlos e Erasmo Carlos permanece intacta. “Temos esse carinho”, explica
Você e seu marido, Lalo Califórnia, ainda moram em casas separadas? 
Há muito tempo que o Lalo tem um estúdio em São Paulo e eu tenho o meu apartamento de solteira. Acabamos nos acostumando. Nós temos duas filhas, moro com as meninas, mas estamos sempre juntos. É bom, ele tem suas manias, um não perturba o outro, estamos juntos nas horas boas. É um eterno namoro. Quando começa todo mundo a falar alto, ele diz que está na hora de ir, depois volta. 
Como está a sua biografia? 
Estou entregando à Editora Record. Não tem espaço para contar tudo – muita coisa ficou de fora, por isso tem um jornalista que está vendo o que não pode faltar. Comecei a escrever como forma de resgatar a memória, o que vivi, os bastidores da minha vida. Quando pensei em escrever o livro, me assustou o interesse das pessoas. Gosto de escrever desde menina, mas teve uma hora que travei. É delicado escrever na primeira pessoa. Não é um confessionário, são momentos que me fizeram crescer, de reflexão sobre a vida, os momentos difíceis... Comecei por eles – uma forma de exorcizar as coisas. 
Wanderléa posa no Theatro NET Rio antes de a peça 60! Década de Arromba - Doc.Musical seguir para São Paulo
Quais recordações tem de 1960? 
Lembro-me da euforia do público, a gente criando uma nova forma de atuação dos jovens no país, trazendo inovações, criatividade. Fomos uma referência, mas a cada 10 anos as influências mudam. Temos de acompanhar. Não sou nostálgica. 
É muito bonito ver a sua amizade com Roberto Carlos e Eramo Carlos...
Começando jovens, crescemos como pessoas e profissionais, nos respeitamos, nos admiramos... É lindo, porque, às vezes, você amigo de infância nem reconhece mais, mas temos essa facilidade, carinho.
Você costuma dizer que é missionária do seu trabalho... Por quê?
O meu canto é uma forma de me expressar, sempre tentei não ficar engessada em cima de uma personagem. De certa forma, você vai ficando um pouco mais consciente da condição humana. Agora estou mais ternurinha.