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Após 7 anos afastada, Débora Bloch celebra retorno às novelas: “Estou gostando”

Em entrevista para a CONTIGO! Novelas, Débora Bloch celebra papel em ‘Mar do Sertão’ e enaltece a representatividade na trama

CONTIGO! Novelas Publicado em 15/09/2022, às 06h32

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Débora Bloch celebra retorno às novelas - Globo/Estevam Avellar
Débora Bloch celebra retorno às novelas - Globo/Estevam Avellar

Após sete anos longe das novelas, Débora Bloch retorna aos folhetins na pele da rica, engraçada e controladora Deodora, de Mar do Sertão. Empolgada com o trabalho, a atriz enaltece a representatividade na trama e vibra por mostrar um Brasil real para o telespectador

Ficar tanto tempo longe das novelas foi algo natural ou planejado? Está feliz com este retorno?

“Estou gostando de voltar a fazer novela. Realmente, foi muito tempo, mas foi algo natural. Eu fui chamada para projetos muito legais que, por acaso, não eram novelas, foram séries, e fui emendando uma na outra. Foram trabalhos muito importantes pra mim, interessantes, porque você sai um pouco daquele personagem que, normalmente, em novela, você é encaixada. Fiz uma pernambucana, que vive no sertão da Paraíba em Onde Nascem os Fortes, uma professora que dá aula na periferia em Segunda Chamada. Eram papéis diferentes, então foi muito prazeroso. E aí, eu fui convidada para fazer a novela e, quando li a sinopse, achei muito interessante. Vi que a trama trazia uma outra geografia, um outro tipo de personagem.”

O que o público pode esperar da Deodora?

“A Deodora, no início, parece apenas uma pessoa arrogante, mas inofensiva, que cuida da casa e da família. Mas acho que ela vai surpreender.”

Como você a define?

“A Deodora é mulher prepotente, muito apegada ao dinheiro e à riqueza da família. Ela também é bastante equivocada e acha que as pessoas com menos dinheiro são menos importantes.”

O que enche o coração da Deodora?

“Eu acho que é o filho, Tertulinho (Renato Góes), que é muito perfeitinho, uma beleza de menino, muito mimado pela mãe (risos). Além do filho, o que enche o coração da Deodora é poder, é dinheiro, que também é uma coisa muito brasileira, que estamos assistindo no Brasil há muito tempo. Está na nossa raiz. Coronelismo, né? Ela é casada com o coronel, o cara que é dono da água, que tem poder na cidade.”

E como este trabalho tem mexido com seu coração?

“Além dessa história, que é bem legal da gente contar, porque eu acho que tem uma brasilidade nela e nesses personagens que é muito gostosa de assistir. Não à toa que Pantanal faz tanto sucesso, porque eu acho que a gente gosta de ver o Brasil legal, né? O Brasil bonito, de gente bacana, apesar de Deodora não ser uma pessoa muito legal não (risos).”

A novela saiu do eixo RJ – SP. Isso é importante também, né? Você fez a viagem com o elenco para Alagoas e Pernambuco?

“O sertão é um lugar especial. Não fui nessa viagem da novela, mas em meus últimos trabalhos estive em Lajedo de Pai Mateus, na Paraíba. É um lugar com uma cultura forte, de pessoas muito fortes, legais. Então, é muito bom a gente mostrar esse lado do Brasil. Além disso, uma coisa que está enchendo o coração de todo mundo é que esse elenco tem muitos atores nordestinos, muito talentosos, com esse sotaque gostoso de ouvir.

Seu próprio filho na trama, o Renato Góes é um ator pernambucano...
Renatinho, com o sotaque pernambucano, vem se revelando como comediante, saindo do peão de Pantanal. Tem a Isadora Cruz com o sotaque paraibano... Eu estou com um sotaque maravilhoso. Enfim, tem alguns trabalhos que são especiais, que você está numa equipe especial, que a gente não sabe porque, mas tem uma química prazerosa. E, além de tudo, é uma novela que tem muito humor, né? Então, é uma delícia!”

A Deodora influencia bastante o filho e até o marido, o coronel Tertúlio (José de Abreu). É ela quem manda na casa?

“A relação da Deodora com o coronel é interessante. Ela o deixa acreditar que manda em tudo, mas é ela quem o manipula e controla tudo. Já o Tertulinho é a paixão da vida da Deodora. Ela mima e protege muito esse filho. É uma família que representa uma certa elite brasileira, é uma mulher sem empatia pelas pessoas mais simples, com valores bem questionáveis. Mas, ao mesmo tempo, o texto dela tem humor. Ela é uma mulher que, aparentemente não trabalha, que vive ali para aquela família, mas que tem um controle sobre o marido, sobre o filho. Eu diria que ela é bastante controladora, manda em tudo, mas, ao mesmo tempo, é uma mulher que vive a serviço da casa, daquele casamento.”

O que Mar do Sertão tem para atrair o público?

“É uma novela leve, com humor e romance, mas, ao mesmo tempo, é uma trama que fala muito do Brasil e dos brasileiros.”