Papo Aberto: Jão - Hudson Renan e Divulgação
Opinião

Papo Aberto: Jão fala do medo da solidão em novo trabalho

O cantor brasileiro está com álbum novo, Lobos

Por Tainá Goulart Publicado em 20/08/2018, às 12h40 - Atualizado em 04/03/2020, às 13h01

No clipe de Vou Morrer Sozinho, Jão aparece vindo do além para atrapalhar os relacionamentos alheios. Afinal, nenhum dos seus 'crushes' deu certo e ele, claro, morreu sozinho! "Quando eu escrevi a música, ela já me veio muito visual, como se fosse o vídeo do clássico Thriller do Michael Jackson. E aí, nasceu esse clipe lindo!", disse o cantor, que procurou misturar referências do Pop com ritmos brasileiros, como o forró. "Eu nasci no interior de São Paulo e meu avô veio do Rio Grande do Norte, com muito forró na bagagem. Então, eu adoro fazer essas misturas para criar o nosso Pop Brasileiro!"

Confira, agora, a entrevista completa com o Jão!

CONTIGO - Por que você escolheu o nome Lobos para o seu novo disco?

Lobos foi a primeira música que eu escrevi do álbum e eu queria falar sobre verdades, algo libertário, que me fazia abrir os braços e cantar sem medo. E o lobo me traz essa sensação de liberdade, é meio que um símbolo para mim.  Além disso, tem uma dualidade no título, daquela frase 'Lobo na pele de cordeiro'. Quero que a gente tenha liberdade de falar o que a gente quiser e ser o que a gente é. Não estou aqui para falar só coisas boas, mas sobre tudo que nos cerca!

CONTIGO - E como se sentiu durante o processo de gravação? 

O processo foi louco, visceral (risos)! Escrevi muita coisa da minha história e acho que nunca tinha chegado nessa profundidade de mim mesmo. É a evolução e amadurecimento que eu estava em busca! Aí, quando eu parei para fazer esse álbum, acho que ele nasceu de um jeito muito natural, emocionalmente diferente e cheio de transformações.

CONTIGO - Como você acha que o Jão vai ser depois desse disco? Qual a maior transformação?

O Jão continua sendo um cara muito dramático e sofrido, mas que continua em busca de amadurecer mais como artista e de entender a própria arte. Agora, na parte dos relacionamentos, ele acha que vai ser aqueles velhinhos gordinhos rodeados de gatos (risos)!

CONTIGO - É o medo da solidão essa versão com gatos?

Na real, eu não tenho medo de morrer sozinho, mas escrevi  a música num momento de solidão mesmo! Estou bem agora, abracei a solidão para me entender melhor. Agora, estou solteiro e casado com o trabalho, mas acho que o ser humano tem uma necessidade egoísta de ter sempre alguém. Os relacionamentos só vão evoluir quando tiverem menos expectativas. 

CONTIGO - O disco novo flerta bastante com o Pop mundial, mas tem muitas referências brasileiras... Foi uma ideia sua ou aconteceu naturalmente?

Eu nasci no interior de São Paulo e meu avô veio do Rio Grande do Norte, com muito forró na bagagem. Então, eu adoro fazer essas misturas para criar o nosso Pop brasileiro! Tenho esses ritmos comigo e queria ter essa identidade de onde eu venho. Na minha visão, o nosso Pop era muito reciclado de lá de fora e as pessoas, ainda bem, estão mudando suas playlists. É idiota essa coisa de 'não ouço funk, sertanejo...', precisamos valorizar nossos ritmos! 

Veja o novo clipe do Jão!

 

 

 

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