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TV / UM DESAFIO

Marina Ruy Barbosa diz que Rio Connection lhe rendeu novas experiências: "Tudo era muito novo"

Em entrevista à Contigo Digital, Marina Ruy Barbosa falou sobre mudanças na carreira e trabalho em Rio Connection, primeiro trabalho internacional

Fernanda Chaves Publicado em 23/01/2024, às 13h39

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Em Rio Connection, Marina Ruy Barbosa interpreta uma cantora - FOTO: GLOBO / REGINALDO TEIXEIRA
Em Rio Connection, Marina Ruy Barbosa interpreta uma cantora - FOTO: GLOBO / REGINALDO TEIXEIRA

Vilã na novela global Fuzuê, Marina Ruy Barbosa interpreta a cantora Ana em Rio Connection, série internacional Original Globoplay em produção com a Sony Pictures. A atriz fala dos desafios e desejos para a carreira e de como tem mudado sua forma de lidar com as redes sociais.

Rio Connection é seu primeiro trabalho internacional e Ana é cantora. Qual o maior desafio desse trabalho, atuar em inglês ou cantar?

A série foi superdesafiante em vários aspectos pelo fato de a gente ter gravado na pandemia e de forma espaçada. Q gente começou as preparações on-line e, como tinha todo esse cuidado por conta do covid-19, as gravações foram um pouco mais demoradas. Mas eu estava superansiosa desde o momento que o Mauro [Lima, diretor e criador da produção] falou pra mim da personagem e da série.

Como ela chegou até você?

Fiz um teste para a Sony me aprovar. Então, desde esse momento da expectativa também de “Será que vou passar?” até a hora de gravar, tudo era muito novo, com um elenco também parte brasileiro e parte gringo. É meu primeiro trabalho em inglês, então atuar em outra língua é um desafio e a personagem é uma cantora, tive que soltar a voz...

Esse é o seu primeiro passo para uma carreira internacional? Pensa nisso?

Não enxergo isso de forma separada, de certa forma o que eu amo é atuar, fazer bons personagens, não importa o formato, a língua. Se é novela, série, filme, teatro, não importa, o que quero é exercer meu ofício.

E acho que, de certa forma, cada trabalho que a gente faz vai completando uma história, né? E, ao mesmo tempo também, todos os produtos que a gente faz na TV Globo há tanto tempo já são comercializados para fora e atingem tanta gente. Com as redes sociais podemos enxergar isso mais de perto, recebendo mensagens de todos os lugares do mundo. Eu fui para a Índia este ano e fiquei impressionada que tinha gente que me reconhecia por causa de uma determinada novela. Então, às vezes a gente não faz nem noção de quantas pessoas realmente assistem e têm acesso aos nossos trabalhos, ainda mais agora com Globoplay. Mas minha busca é realmente por bons trabalhos, ser feliz fazendo aquilo que amo, não importa onde e nem como.

A série é seu primeiro papel internacional, em Fuzuê você vive sua primeira vilã. Estamos vendo uma nova Marina?

Não sou a mesma Marina que começou com 9 anos na minha primeira novela, como eu também não sou mais a Marina que fez a Ana há dois anos na série. Acho que a gente está em constante mudança, aprendizado. Eu amo atuar, é isso que me faz pulsar, que me faz realmente ser feliz, é isso que me completa e eu já estava muito a fim de projetos diferentes, que eu pudesse mostrar outros lados.

E acho que cada vez que você experimenta outra coisa, também acredita ainda mais em si, porque supera desafios e a Ana foi a representação disso. Eu tinha vindo de uma novela, que foi um pouco complexa por si só, então voltar em Rio Connection foi esse sopro de vontade de fazer algo diferente, de voltar a sentir tudo quesempre senti no início, mas de uma forma madura, mais desafiadora e de tentar fazer as pessoas também me enxergarem e enxergarem o amor que sinto pela minha profissão. E depois veio Fuzuê, a Preciosa, que é outro registro completamente diferente, uma vilã meio cômica, fora do tom. Não quero ser colocada numa caixa, quero buscar oportunidades de mostrar lados diferentes para fazer o que amo, mostrando que sou capaz e me esforço para isso.

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Espera o que de 2024?

Quero ser feliz. Busco cada vez mais me equilibrar. Por exemplo, a minha ansiedade, porque essa coisa de sempre pensar no futuro... Estou numa fase de curtir cada momento, cada trabalho. Agora estou na novela, lancei a série, então aproveitar cada um desses momentos e sem afobação para o futuro, porque acho que a gente vive um momento, nas redes sociais, de tanta informação o tempo inteiro e de alguma forma, uma cobrança quase inconsciente, que a gente vive num looping, já pensando qual próxima coisa a fazer.

Eu já sou ansiosa por conta própria, então eu tento tipo ‘calma, relaxa, uma coisa de cada vez’. Falando em redes sociais, você fez um desabafo no Instagram, a respeito de cobranças, principalmente às mulheres, sem pensar que esses tipos de comentários podem machucá-las.

Eu não estava nem falando por mim, mas eu tinha visto críticas à aparência de bebês, conhecidas minhas que postaram fotos dos filhos e aí fizeram um monte de críticas ao peso do bebê, a aparência do bebê, uma outra modelo também começaram a comparar uma foto dela muito mais nova e uma foto dela agora. Enfim, a forma como a gente usa, às vezes, as redes sociais e a nossa liberdade de falar o que a gente pensa, mas que em certas ocasiões vira uma falta de sensibilidade, de educação, de bom senso, de tudo. Então foi, na verdade, um desabafo sobre como a gente está usando realmente as redes? Às vezes para algumas coisas que são completamente desnecessárias. Não foi nada nem relacionado a mim, eu até recebo esses comentários, mas não é uma coisa que me afeta mais.

Mas já te afetou? 

Acho que já e depende do assunto do momento, mas acho que sim. Acho que a gente tem que tentar usar com cada vez mais responsabilidade, né? Não é só no Setembro Amarelo, mas ter realmente uma consciência maior do que a gente passa para frente, do que a gente propaga.

Esse é um dos ônus da sua profissão, da exposição. O que aprendeu com todos esses anos de carreira?
A me respeitar, respeitar os meus limites. E não quer dizer que o limite vai ser sempre o mesmo, tem épocas e coisas que eu posso estar querendo me expor um pouco mais ou falar mais sobre determinados assuntos, e em outros momentos eu quero guardar mais para mim, viver mais a vida, esse assunto em off. Eu sempre tentei ser simpática, a mais acessível mesmo, para tudo, e falar sempre todos os assuntos, não tem essa de não falar da vida pessoal. Mas, aos poucos, você vai entendendo também que às vezes é importante você realmente se escutar e enxergar as suas necessidades, suas expectativas e não ser uma obrigação falar de tudo toda hora.

O que você não fala mais por ora?

Não é que eu não fale, mas sei lá, eu tento... Um exemplo prático, acho que eu gravava muito mais o meu dia a dia nas redes lá atrás, pra mim era natural. Até bastidores de novela e tal, hoje em dia já não sinto tanto essa necessidade. Às vezes até penso que eu podia gravar, podia mostrar mais, mas já não é uma coisa que é tão orgânica para mim.