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Grupos indígenas e movimento negro protestaram contra novela da Globo por racismo

Uma extinta novela da Globo, protagonizada por Adriana Esteves e Wagner Moura, deu o que falar na época e foi acusada de cometer racismo

Adriel Marques

por Adriel Marques

amarques_colab@perfilbr.com.br

Publicado em 17/04/2024, às 17h30

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Marcos Pasquim, Adriana Esteves e Wagner Moura - (Foto: Divulgação/TV Globo)
Marcos Pasquim, Adriana Esteves e Wagner Moura - (Foto: Divulgação/TV Globo)

Os bastidores de uma trama já pegaram fogo, com grupos indígenas e o movimento negro, protestando contra a novela da Globo por racismo. De acordo com Nilson Xavier, jornalista do Teledramaturgia, uma das cenas de A Lua Me Disse causou revolta. As atrizes Bia Nunnes e Stella Miranda protagonizaram o momento, que gerou indignação e desconforto, envolvendo Bumba.

O roteiro digno de cinema, relembrando o clássico Cinderela, mostrava as irmãs megeras Adail e Adalgisa rasgando o vestido de Índia. O figurino da empregada seria usado em um casamento da ficção. O episódio em questão despertou a ira de grupos de proteção a indígenas, reprovando o tratamento que a doméstica recebia na história. A funcionária de Ademilde (Arlete Salles), era judiada pelas irmãs da patroa constantemente.

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Zezeh Barbosa e Mary Sheyla, interpretando respectivamente, La Toya Jackson e Whitney Houston também ficaram no olho do furacão. A dupla negava sua condição negra no enredo e o assunto foi encarado por ativistas como um estímulo ao preconceito. A postura controversa das amigas não agradou parte do público. Em entrevista ao Gshow, a veterana da comédia abriu o jogo: "Eram duas mulheres negras que não se assumiam e não se aceitavam negras. Duas loucas, ridículas, que falavam absurdos racistas, alisavam os cabelos e dormiam com prendedor no nariz para afiná-los. Eram duas sem noção".

Mesmo assim, a atriz defendeu a personagem problemática: "As personagens eram uma crítica às pessoas que não se reconheciam como pretas. Eu tinha a consciência de que era uma crítica. Adorei fazer a Latoya! Me abriu portas e fico contente em poder rever o trabalho". Mesmo que a vilã tenha se dado mal nos últimos capítulos e sua aliada passado por uma redenção, Miguel Falabella não recuou e entrou em uma nova guerra com grupos antirracistas. Desta vez, em 2014, com a exibição da série Sexo e as Negas.

Assim que entrou para o catálogo do Globoplay, streaming por assinatura, um aviso de conteúdo foi gerado na plataforma. Os usuários eram notificado com a seguinte mensagem: "Esta obra pode conter representações negativas e estereótipos da época em que foi realizada". A novela de Falabella com Maria Carmem Barbosa, exibida em 2005, nunca foi reprisada.