Vilã em ‘Terra e Paixão’, Agatha Moreira faz confissão sobre personagem: “Distante de mim”

Após passar uma temporada em Los Angeles e Madri, Agatha Moreira aterrissa no mundo agro para viver Graça em Terra e Paixão, novela da TV Globo. Para a CONTIGO! Novelas, ela deu detalhes de sua personagem e dos bastidores da produção.

Mais uma vilã para seu currículo...

Mais uma! Mas a Graça é uma princesa. Eu falo que ela é a princesinha do agro. A única semelhança que temos é que, assim como eu, ela gosta de moda. Mas parou por aí! Mais uma vez, uma personagem muito distante de mim. Eu tive oportunidade de desempenhar diversas vilãs do Walcyr [Carrasco], mas acho que todas elas são muito diferentes.

O que as difere?

Teve a Josiane [de A Dona do Pedaço], que não tem defesa, ela é má mesmo. A Giovanna [de Verdades Secretas], que eu a acho uma consequência da desestrutura familiar dela. E agora a Graça, que nasceu para ser princesa, foi criada como tal e o grande sonho dela é casar e ter filhos. Dentro do universo que ela vive, das influências que ela tem, ela vê como grandes exemplos a mãe, Gladys [Leona Cavalli], e a Irene [Gloria Pires], ela quer chegar um dia ao lugar delas e acaba metendo um pouco os pés pelas mãos. E o que ela faz, ela acredita que é para o bem dela, que vai ser melhor para o outro também. Então eu não a vejo pensando de uma forma maldosa, ela acha que vai ser o bem para o outro também. Mas ela realmente olha muito para o próprio umbigo, para o sonho dela, e acho que ter esse grande sonho a torna muito além de ambiciosa, torna a Graça uma menina gananciosa. E acho que é aí que ela vai um pouquinho para fora da curva.

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Essa é a sua terceira personagem em uma trama do Walcyr Carrasco. Vocês têm uma parceria de sucesso!

O Walcyr com mais um presente, mais uma oportunidade gigante de mostrar o meu trabalho. Eu estou muito feliz, principalmente com essa dobradinha, porque são duas pessoas a quem eu sou muito grata, o Walcyr e o diretor Luiz Henrique Rios, que me deu minha primeira oportunidade na TV Globo, em Malhação, há 11 anos. Então estar com eles dois nesse momento significa muito para mim.

Você foi uma das primeiras a ser confirmada no elenco de Terra e Paixão, mas no início estavam falando que você seria a protagonista. Isso é verdade?

A verdade é que eu recebi o convite para essa novela há muito tempo, mas a minha personagem sempre foi a Graça, desde que eu recebi a sinopse, sempre foi a Graça. E lembro que, na época, tem bastante tempo, estavam procurando quem faria a Aline [papel de Barbara Reis], estavam fazendo vários testes, então nunca existiu essa possibilidade.

Como você compôs essa princesinha do agro?

É um universo tão distante de mim, por isso acho que ter esse tempo no Mato Grosso do Sul vivendo a vida real das pessoas de lá foi bom para minha construção da personagem. Desde o momento que eu cheguei lá, de avião, para mim já foi muito impressionante ver aquele universo tão distante de mim, ver aquela quantidade de plantação, você vê que já muda, a vegetação é diferente. Então acho que a minha construção vem um pouco disso, um pouco do que eu vivi lá, um pouco de personagens de filmes, de livros. E o que eu passei a ouvir muito foram podcasts agropecuários para pegar o sotaque, porque eu sempre fico muito desesperada com essa parte do sotaque. Eu acho superdifícil. E também muitas meninas de lá, que são donas de lojas de multimarcas como a Graça, que eu fui encontrando no Instagram.

E está ouvindo música sertaneja?

Um pouquinho. Eu confesso que sou muito fã do sertanejo feminino, mas eu estou abrindo todo um horizonte para o sertanejo masculino. Quer dizer, tirando o sertanejo antigo que a gente sempre gosta. Uma Evidências [sucesso de Chitãozinho e Xororó] a gente canta com as vísceras [risos]!

Depois de passar um longo período de cabelo curto, você colocou mega para interpretar a Graça. Está curtindo ter cabelão de novo?

Estou curtindo, mas, no início, eu estava tão desacostumada que me sentia meio um boneco andando, meio estranho, como se estivesse com um negócio pendurado. Mas, agora, já estou mais adaptada.

Antes da novela você passou um período estudando em Los Angeles e Madri. Como foi esse período?

Foi muito bom, eu consegui me reciclar como profissional. Acho que eu vim agora para esse novo trabalho com ainda mais gás, ainda mais garra, mais vontade de mostrar meu trabalho cada vez mais. Eu aprendi muito e estive em ambientes completamente diferentes do que a gente vive aqui, então eu tive a oportunidade de aprender com outras pessoas, em outras línguas. Foi muito engrandecedor mesmo