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Famosos / IMAGENS FORTES

DJ se recupera após erro médico em hospital particular: “O SUS salvou minha vida"

DJ se recupera após erro médico em hospital particular; Juliana Maddeira foi vítima de acidente que acabou agravado

Gustavo Assumpção

por Gustavo Assumpção

gassumpcao@caras.com.br

Publicado em 03/08/2023, às 13h44

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DJ se recupera após erro médico em hospital particular: “O SUS salvou minha vida" - Divulgação
DJ se recupera após erro médico em hospital particular: “O SUS salvou minha vida" - Divulgação

A DJ carioca Juliana Maddeira, de 29 anos, está plenamente recuperada após viver um drama. Em junho de 2022, ela sofreu um acidente grave e teve 10% do seu corpo queimado após a explosão de uma panela de fondue. 

O que já era um drama por si só piorou com uma sequência de erros. A jovem passou 40 dias internada e passou por uma série de cirurgias. Ela alega que foi vítima de erro médico, o que prejudicou sua recuperação. 

“Tive duas experiências horríveis onde dois médicos erraram meu diagnóstico e, ao invés de ajudar, acabam atrapalhando. A primeira médica me submeteu a 19 cirurgias. Eu fiquei 40 dias internada e via que ela não estava mais entendendo meu caso, mas não quis duvidar do profissionalismo. Achei que essa fosse a conduta correta, até que recebi alta e ela sugeriu que seu instrumentador me fizesse curativos diários em casa, mesmo com todas as feridas ainda abertas. Fiquei desesperada quando soube que o risco de infecção local ou generalizada eram enormes. As dores dos curativos diários eram horríveis e, em um certo dia, cheguei a desmaiar de dor”, recorda.

Juliana Maddeira disse que procurou um novo médico, também em um hospital particular: “O novo médico disse que meu caso era de enxerto cirúrgico urgente, já que os curativos propostos anteriormente agravaram meu caso. Eles tinham cola e grudavam na ferida, o que fez com que elas passassem a ser de 3° profundo. Foi aí que, já no dia seguinte, ele me internou para uma cirurgia de enxerto que chegou a durar oito horas. Depois, fizemos outra que durou mais quatro horas. Meu organismo não aguentava mais anestesia geral”, conta.


“Ele tirou a pele da minha coxa para o enxerto e, a ferida que deveria fechar em 15 dias, levou cinco meses. Isso aconteceu porque ele não foi capaz de identificar que eu era alérgica ao curativo usado e, sem saber o que fazer para resolver a situação, erroneamente me diagnosticou com ‘pioderma gangrenoso’. Me encheu de corticoides, eu cheguei a engordar 18 quilos. Nada mais adiantava, então decidi procurar o Hospital Universitário Pedro Ernesto. Eu não aguentava mais, era um verdadeiro pedido de socorro”.


No hospital da rede pública do Rio de Janeiro ela finalmente foi tratada como deveria. A DJ recebeu o diagnóstico de pioderma gangrenoso, uma doença crônica rara, progressiva e que pode causar necrose da pele.

“Suspenderam os corticoides e, em um mês, eu estava curada. O meu corpo estava se restabelecendo, mas os danos psicológicos foram vários. Receber um diagnóstico errado de uma doença tão séria acabou com a minha cabeça e mexeu com a minha família em diferentes níveis. Entretanto, no primeiro momento, essa hipótese já foi descartada pela rede pública”.

Juliana Maddeira disse que entrou em depressão profunda quando descobriu que foi vítima de erro médico. “Quando soube dos erros, eu não aceitei. Entrei em depressão profunda, tive síndrome do pânico e estresse pós-traumático. Foi horrível pensar que passei por tantas dores desnecessárias por erros de pessoas que eu e minha família confiamos para cuidar da minha vida. Até hoje faço acompanhamento psiquiátrico e terapêutico, além de ter que arcar com esses custos gerados por médicos credenciados da rede particular”, analisa.

A artista ainda disse que az um balanço de tudo o que viveu. “Hoje, após me curar e de ter conseguido vencer a batalha pela vida e pela autoestima, penso que gostaria que tivessem feito diagnósticos mais precisos desde o início. Também queria que o acompanhamento médico tivesse sido mais atento e cuidadoso, além de desejar que a comunicação fosse feita de maneira mais compreensível e transparente sobre todo o plano de tratamento e os possíveis riscos. Creio que isso teria sido fundamental para evitar os erros médicos. Enquanto a rede particular retardou minha recuperação e me deixou sequelas em diferentes âmbitos, o SUS me salvou, salvou a minha vida e salvou a minha família”, completa.