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Oscar Magrini: "A molecada não tem minha disposição"

No ar em Malhação, o ator é hiperativo e diz que não se sente com 55 anos, muito menos um “coroa”

Por Ligia Andrade/ Fotos: Estevam Avelar/ TV Globo Publicado em 10/02/2017, às 17h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Oscar Magrini - Fotos: Estevam Avelar/ TV Globo
Oscar Magrini - Fotos: Estevam Avelar/ TV Globo
Judô, taekwondo, muay thai... Oscar Magrini já praticou todos esses esportes e deixa muito marmanjo de cara no tatame! Atualmente, se dedica ao boxe para viver o preparador físico Jorjão, em Malhação (Globo). “Não sei ficar parado. Também faço musculação para manutenção. Modéstia à parte, estou bem, tenho resistência. Amigos que treinaram comigo hoje estão gordos, carecas... Meu corpo é meu instrumento de trabalho”, analisa o ator, que pesa cerca de 90 quilos. “Tenho esse peso há mais de 20 anos. Não gosto de sedentarismo. Faço trilha, ando de moto, pulo de asa-delta... a minha vida já é uma loucura. De 7 horas da manhã à meia­-noite sou assim. Não tomo nada. Acho que devo ser hiperativo (risos).” Magrini adora falar a idade que possui. Aliás, sente-se com 35, 40, no máximo. “Meu pai morreu com 54. De 30 anos para cá, houve uma evolução. A molecada não acompanha o que faço, não tem a minha energia, disposição. Não paro quieto. A idade está na cabeça da gente”, opina. 

De bem com a vida
Ser chamado de “coroa” tampouco é motivo de preocupação ou rugas a mais para o ator, intérprete de Brito no humorístico Vai que Cola (Multishow). “Acho engraçado, quando me chamam assim, não me sinto coroa, é mais pelo cabelo branco.” Ele gosta de passar creme no rosto quando acorda e na hora de dormir. “Minha vaidade é não ter barriga, ficar careca, caído. A não ser que seja para algum personagem, aí existe a entrega total”, explica. Casado há 26 anos com a atriz e professora Matilde Mastrangi, com quem tem Isabela, Magrini divide-se entre três lugares. “Minha mulher e minha filha, que é nutricionista, moram em Atibaia (interior de São Paulo). Minha mãe e meus irmãos, em Santos, e eu moro no Rio. Ainda bem que não gosto de rotina.” O ator se derrete ao falar da mulher, musa das pornochanchadas na década de 1970, que conheceu no início da carreira. “Ela é parceira, uma companheira muito bacana. É difícil ver isso, ainda mais na nossa profissão. Tem gente que me pergunta se estou casado ainda. Não é impossível, me esforço. É ter conversa, não deixar cair na rotina...”, pondera. 

Novos fãs
Com 26 anos de carreira, Magrini experimenta uma nova etapa. Depois de 31 novelas, 20 filmes e 19 peças de teatro, está conquistando novos fãs. “A molecada passou a conhecer o seu trabalho. Mulheres na faixa dos 30 falam que a mãe delas me adoram, provavelmente por causa do Ralf, de O Rei do Gado, 2006. Hoje, as mães chamam os filhos de 12, 13 anos para tirar fotos com o Jorjão.” Essa é a sua terceira passagem pela novela. A primeira foi em 1996 e a segunda, em 2005, atualmente reprisada no canal Viva. “O bom é que é na minha área”, conta. Formado em Educação Física, Magrini deu aulas, teve uma academia de ginástica e uma locadora de filmes antes de começar a carreira de modelo. “Fazia as três coisas ao mesmo tempo. Na verdade, queria ser ator.” Para atingir seu objetivo, saía de Santos todos os dias para ensaiar na capital. “Comia pão com banana. Comecei a fazer cinema, teatro e TV, nessa ordem, na década de 1990. Minha primeira novela foi em 1992, Deus Nos Acuda (Globo), e não parei mais, graças a Deus!”, vibra.

Com os atores mais inexperientes, dá dicas e toques – é até chamado de mestre por eles. “Até tenho vontade de dirigir, mas estou ligado em tudo. Eles são humildes e rápidos para aprender. Não posso chegar com arrogância. Sou da época que tinha Raul Cortez, John Herbert...”, avalia. Quando assistiu ao primeiro episódio do Vai que Cola, ficou com vontade de estar na plateia. Logo depois veio o convite para participar do filme e agora a oportunidade de integrar o elenco fixo da quarta e da quinta temporada da programa, prevista para estrear no segundo semestre. “Eles já estavam entrosados e me abraçaram. Também posso fazer algo engraçado, não só o canalha, o cafetão, o machão.... Transito bem entre o drama e a comédia. Agora musical, não dá... não canto!”, brinca Magrini, que ainda mantém a paixão dos tempos da locadora. “Adoro ver filmes. Já vi O Poderoso Chefão várias vezes, tenho saco para isso, gosto de analisar.”