Femi Temowo, ex-guitarrista de Amy Winehouse, vem ao Brasil pela primeira vez

Femi Temowo começou a tocar guitarra perto dos 17 anos e, desde então, traçou uma carreira impressionante. Entre os seus trabalhos mais famosos está a parceria com a cantora Amy Winehouse, com quem tocou e foi seu diretor musical por quase um ano. Hoje, aos 40 anos, o guitarrista chega ao Brasil para o Jazz e Vinho Festival, em São Paulo e em Porto Alegre, com um show repleto de canções autorais do The Music Is The Feeling, seu terceiro e mais ambicioso álbum. "Estou ansioso para tocar no Brasil, será a minha primeira vez. A música brasileira sempre me fascinou, sou da Nigéria e lá tem muita coisa em comum com os brasileiros, como o Iorubá, o idioma que canto as minhas músicas e que tem muitas palavras no seu idioma. A criatividade e o ritmo também me impressionam muito", revela ele, um apaixonado por Milton Nascimento, em entrevista exclusiva à CONTIGO. "Ele tem uma paixão pela música que o impede de seguir regras. É difícil ouvir artistas assim, que tratam a música com tanto amor, paixão e vontade de burlar suas leis (risos)! Queria muito conhecê-lo e também o Gilberto Gil, outro ícone de vocês."

Femi toca em São Paulo, no dia 24, no Teatro Bradesco e em Porto Alegre, no dia 25, no Teatro do Bourbon Country

Nascido na Nigéria, o guitarrista chegou na Inglaterra em 1986, quando seu pai, que estava lá há mais de dez anos, foi buscá-lo. Então, aos 17, ele começou a aprender a tocar guitarra em um igreja e não parou mais. "Apesar de aprender um pouco velho, eu fui rápido, pois estava cercado de pessoas apaixonadas pela música, que me incentivavam direta ou indiretamente. Sabe aquela vontade de ser bom ao lado de quem é bom? Então, comigo foi assim", brinca ele. 

 O guitarrista vai tocar muitas músicas do seu terceiro álbum, The Music Is The Feeling

Suas parcerias ainda incluem tocar jazz com Soweto Kinch e George Benson, hip hop com The Roots e de ter trabalhado com Amy Winehouse. "Ela era uma das artistas mais engajadas na música que eu já conheci. Quando uma cantora vai ficando famosa, ela tende a esquecer um pouco da música e se preocupar com outras coisas, como a parte estética. A Amy não era assim, ela vivia para o que tocava e cantava. Ela me deixava criar muito, como seu diretor musical, e eu só queria dar o meu melhor para ela escolher", relembra. Entre as lições aprendidas com Amy, que morreu em 2011, Femi diz que a maneira de lidar com o público foi a maior de todas. "Ela era tímida, por incrível que pareça, mas sabia muito bem conversar e cantar para quem a estava assistindo. Ela tinha um jeito doce de fazer isso e, várias vezes, a gente parava para conversar sobre isso antes do show. Tenho muitas saudades dela!"

SÃO PAULO (SP)

Dia 24 de agosto 

Quinta-feira, às 21h Teatro Bradesco (Rua Palestra Itália, 500 / 3º piso – Bourbon Shopping São Paulo) 

www.teatrobradesco.com.br 

PORTO ALEGRE (RS) 

Dia 25 de agosto 

Sexta-feira, às 21h Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80 / 2º andar – Shopping Bourbon Country) www.teatrodobourboncountry.com.br