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Cinara Leal conta sobre sua luta contra a dislexia

Atriz mostra que é tão guerreira quanto a sua personagem, a caiçara Vanda de Sol Nascente

por Ligia Andrade Publicado em 21/10/2016, às 19h30 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Cinara Leal - por Ligia Andrade  |  FOTOS Jeff Porto
Cinara Leal - por Ligia Andrade | FOTOS Jeff Porto
"Eu me apaixonei por batata-doce!”, reconhece Cinara Leal, 38 anos, após mudar radicalmente a sua alimentação para dar vida a Vanda, uma pescadora sensual e durona em Sol Nascente (Globo). A atriz tem o cardápio inspirado na dieta de atleta de alto rendimento para fazer bonito no ar: cortou 80% de carboidratos de seu dia a dia, não toma leite, refrigerante nem come fritura. “Troquei o açúcar branco pelo mascavo ou adoçante natural.” A pesca é um esporte que exige concentração, por isso Cinara também quis dar tônus de atleta à caiçara. “Voltei a fazer natação e aulas com foco em resistência, concentração e corrida. Procuro intercalar com o balé para dar leveza e feminilidade à personagem”, revela a atriz, que ganhou massa muscular e perdeu as tão sonhadas medidas de quadris e abdôme. “Isso sempre foi o mais difícil para mim.” Com 1,60 metro e 48 quilos, está segura para mostrar o corpo na telinha. “Uso roupas leves para ter mobilidade. Sou gente de verdade, meu corpo tem o que todo mundo tem: estrias, celulites que somem, outras que resistem”, ressalta. 


Dificuldade de aprendizado
Na novela das 6, Vanda tem uma relação quente com Nuno, interpretado por Pablo Morais, 23. Cinara, solteira atualmente, não tem pudor em fazer cenas mais ousadas, só afirma que tudo é bem ensaiado para que eles fiquem seguros e inteiros no set. Ela também consegue encontrar semelhanças com sua personagem. “Vanda é batalhadora, vai à luta, é intensa e família como eu.” A atriz sempre sonhou em ser bailarina. Aos 5 anos, pediu de presente de aniversário para estudar balé. Depois de se formar em Educação Física, passou a dar aulas para pagar seus estudos e tentou até fazer parte do balé do Domingão do Faustão (Globo), porém sem sucesso. “Não passava nos testes porque era baixinha.” 
 Nascida e criada no subúrbio do Rio, Cinara foi morar na zona sul aos 18 anos, onde teve mais acesso ao teatro. Começou a fazer cursos aos 25 e logo decidiu encarar a faculdade de Artes Cênicas. “Assistia às peças, me emocionava e sentia uma vontade grande de fazer aquilo. Nunca falei disso, mas quis parar de estudar na infância, porque tinha muita dificuldade de aprendizado devido à dislexia. Mas não podia decepcionar minha mãe, que trabalhava dia e noite para sustentar a mim e a meus irmãos”, recorda ela, que já fez Araguaia (Globo, 2010), Flor do Caribe (Globo, 2013), entre outras tramas.

“Adoro o meu cabelo”
Dona de cachos poderosos, Cinara não deixa de hidratar os fios. Quando não consegue ir ao salão, recorre ao truque de usar touca com creme durante o banho em casa. “Adoro meu cabelo!”, vibra. Um dos passatempos da atriz é colocar as suas ideias em um caderno – está escrevendo uma série e um longa. “Também adoro sair com minhas amigas, somos nossas terapeutas (risos).” Este ano, apoiou uma campanha contra o estupro, reforçando o empoderamento feminino. Para ela, a união faz a força e vai lutar o quanto puder contra o preconceito e mostrar que o lugar da mulher é onde ela quiser. “Cantadas indiscretas também são assédios e nos agride, e, infelizmente, recebemos sempre”, justifica.